quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Ambientes profissionais

Existe um lugar em que as pessoas são amordaçadas, apesar de culturalmente se pensar que a liberdade de expressão é um direito de todos. Mentira! Duvido que todos sejam absolutamente sinceros em seu trabalho, que já tenham aberto a metralhadora da opinião e divergido com seus chefes. E por que isso não acontece? Porque os empresários tornam seus subordinados verdadeiros escravos em pleno século 21, os submetendo às suas normas e seus devaneios. O funcionário muitas vezes precisa se moldar e acreditar na verdade que os patrões dizem. Os senhores da verdade!

Se eles soubessem na verdade como são criticados, pisoteados e até debochados nos corredores, não andariam sorrindo pelos quatro cantos da empresa. Acreditem, prezados leitores, a cabeça deles é estúpida o bastante pra acreditar que os servidores são como esposas zelosas que ficam esperando o maridão chegar. E na verdade, elas passam o dia todo com o Ricardão falando que seus maridos não valem nada, exigem demais e não as respeitam. Se eles ouvissem seus funcionários, poderiam encontrar maneiras de contornar a crise, que é natural a qualquer relacionamento. Até por que, é mais caro demitir e contratar outro funcionário do que dar um simples aumento. Quem não entende isso é um péssimo administrador.

Bueno, mas a reclamação principal é quanto à repressão à liberdade de expressão. Nos ambientes profissionais, não existe honestidade, respeito ou qualquer tipo de boa relação. O que existe são relacionamentos de máscaras, relações de conveniência para manter empregos, contas e vidas. E isso não acontece somente na iniciativa privada. No serviço público as relações são ainda piores, porque existe a detonação e a perseguição, ainda mais pelas divergências de siglas e ideológicas. Não adianta mais o profissional ser muito bom de debate, porque o debate não é aberto, os chefes estão armados e o pessoal acaba se rendendo. As armas estão prontas para disparar e sempre sobra uma bala perdida para os mais fracos. Adivinha quem vai ser alvejado se abrir a boca pra reclamar?

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