terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Mulher não sabe trovar

Talvez a revelação deste título não seja no fundo novidade nenhuma. A verdade, ou a tese mais próxima dela, é que o mundo é muito mais fácil com a mulher na arte da conquista. Ela não precisa ser dotada de inteligência para se dar bem e atrair o cara que ela deseja. Basta ser gata. Até porque provavelmente o homem muitas vezes não se importe com o que a menina tem na cabeça, mas sim com o tamanho do sutiã ou da preferência nacional.

Para o homem, é tudo complicado. Não basta ele ser um galã e ter grana (tá, na maioria das vezes isso basta).

Às vezes, o cara ainda precisa ser um especialista na arte de desenrolar, trovar, dissecar um assunto e até mesmo mentir. Ou vocês realmente acreditam que ele possa estar sendo sincero despejando elogios já no primeiro encontro? É claro que ele pode, mas isso não vem ao caso. O que interessa é que há estratégias e regras que os homens precisam seguir para fisgar a sua sereia.


O cara precisa agradar e ter um bom papo, ser engraçado, mas não do tipo palhaço. Um atalho para o interesse dela é arrancar alguns sorrisos. E decidir a hora certa entre demonstrar ou não que quer pular no pescoço dela com uma pegada no melhor estilo Robert Pattinson. Sim, para o homem tem uma série de variáveis em jogo e ele precisa raciocinar rápido e pensar se passa a bola para um companheiro melhor colocado ou se chuta pro gol.


Enquanto isso, a garota nem precisa trovar. Claro que não, ela só não pode ser uma tábua que tá valendo. Porque o esforço que a mulher precisa fazer é simples, básico. Se ela caprichar no visual (e se for bonita, claro) já conseguiu metade do trabalho. E tem o lance do olhar, de ficar jogando o olhar e mexendo no cabelo para provocar ou então com aquela dança sensual na pista como se estivesse sozinha dentro da boate, tão dona de tudo em seu salto de 12 centímetros. Pois é, mulher não sabe trovar. Mas também, nem precisa...




quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Vai rebolar em outro canto!

Festinha, sábado, música alta e muitas mulheres ao redor. Para ficar perfeito, só se você tiver um passe livre no bar para tomar cervejas. A verdade é que os programas noturnos em cidades pequenas são tão escassos que muitas vezes, ao invés de se divertir na festa você fica analisando o comportamento dos frequentadores. Isso se você não estiver bebendo, porque daí será você o analisado.

E a verdade é que você só vai parar pra analisar quando a festa estiver um lixo, o que também é bastante comum em cidades pequenas em que você vê sempre as mesmas caras nas festas. Enfim, há algumas figuras femininas que me causam um sentimento entre a repulsa e a incredulidade. Sabe aquelas meninas que ouvem um funk e se acham a mulher filé, mas no fundo não passam de carne de segunda? Pois é, aí elas começam a esfregar a bunda no chão sujo de cerveja da boate, descendo até o chão, chão, chão... Ah, vai pro...


Mas aí eu penso: opa, será que não estou exagerando? Sei lá, na minha humilde visão, essas minas que ficam rebolando pra chamar atenção são umas piranhas. Isso mesmo. E fiquei com essa definição por um bom tempo. Piranha, ora rebolar a bunda feito cascavel. E pra ver que não era exagero, consultei o sábio Sall, que sempre fala as coisas que pensa. O bom do Sall é que eu não preciso ficar desconfiando se ele vai falar uma mentira só pra agradar.


Pois perguntei pra ele, e a resposta foi: “pra mim, que vão dançar em outro canto. Mina dançando funk até o chão é trash (lixo). Bando de vagaba”. Agora, deve ter um punhado de mina revoltada lendo isso e louca pra criticar nossas opiniões. Pois bem, façamos um contraponto. Ouvi uma opinião feminina, da Tadi, que tem uma cabeça bem centrada e não me encheu de adjetivos do tipo machista imbecil, quando toquei no assunto.


Ela entende que não é simplesmente porque a menina rebola até o chão que ela seja piranha, embora muitas realmente o sejam (Rá!). Para ela, há garotas que são piranhas e não fazem isso e o lance depende de contexto e outras coisas que eu acabei esquecendo. Conclusão, por via das dúvidas, garotas que queiram ser levadas a sério por homens sérios e completos imbecis: não rebolem até o chão. A menos que esperem apenas um convite para transar e que só vai chegar depois das 3h da madrugada, porque ninguém vai querer chegar em vocês quando a boate estiver cheia. Salvo situação de desespero, mas isso é tema para outro dia. Ou continuem com essa merda e poderão ser famosas como a estrela da televisão, a Mulher Melancia... Nada mais.



quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Posso ser romântico?

E se eu pedir para segurar a sua mão, você deixa? Veja bem, eu não estou pedindo seu beijo, eu não quero avançar nenhum sinal, você já mostrou, ao desviar o olhar, que não está interessada mesmo então qual o problema? Ok, obrigado. Vou tentar não ficar nervoso, eu não estava olhando para o seu corpo, mas você parece tímida, o que está havendo? Está suando e eu nem acredito no quanto o esmalte de suas unhas brilha, nossa, devo ter exagerado na bebida. Seus olhos me encantam e sim, eu sei o quanto isso soa clichê, porém estou sendo sincero.

Mas veja bem, só quero segurar a sua mão e falar algumas coisas, depois vou embora e ainda banco o imbecil e pago outro drinque para você, como a maioria dos caras aqui fez. Eu posso pagar pau para você, mas vai ser intencional. Eu não vim aqui dizer que você é a moça mais linda da boate, aliás, aquela de branco ali dançando deve ser a mais bonita. Você é a que mais chamou minha atenção, entende?

E se eu pedisse para sairmos daqui e conversar em outro lugar? Você não pode estar achando que quero apenas um sexo casual como todos os outros que não tiveram coragem para chegar aqui. Se eu quisesse isso, jamais seguraria sua mão, eu apertaria seu bumbum. O que importa é que eu vou me despedir, isso mesmo. Eu só quero pedir para dar um beijo no seu rosto, você não vai se importar certo?

Na verdade, eu só queria pedir para ser romântico, será que posso? Eu quero o seu endereço só para enviar flores, quero seu telefone só para dizer bom dia e quem sabe aparecer lá qualquer hora com uma caixa de chocolates. Ah, eu sei que você adoraria isso, mas só pelos chocolates, não é verdade. Eu só quero que você entenda que estou interessado no seu beijo antes de ir embora e que acredite, eu vou ligar amanhã. E depois de amanhã, e depois...

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

O fracasso dos crisianos

Qualquer semelhança com a realidade vai acabar sendo mera coincidência. Existe um vilarejo pouco desenvolvido no planeta Seven - Crisis, habitado por seres que ignoram a existência de vida inteligente na Terra. Dizem que o destino, o futuro e o comportamento daquelas criaturas, muito parecidas com seres humanos, são reflexos de seu passado e que seu desenvolvimento está atrelado a uma época distante, onde os crisianos mais ricos dominavam o lugar.

Buscando na história, é possível descobrir como iniciou o processo de colonização do vilarejo Crisis. Quando um colonizador despejou suas tralhas ao descer de sua nave, havia desocupados sobrevoando o lugar. Judah iniciou a construção de seu lar, enquanto os viajantes espaciais começaram a colocar defeitos no projeto desenvolvido por ele, dizendo que não daria certo. Judah tentava não dar importância, mas as opiniões continuavam vindo como meteoros, e ele alterava sua idéia. Acabou demorando demais, e a casa ruiu porque ele não calculou os efeitos da gravidade. Os viajantes deram de ombros, então e voltaram ao seu passeio espacial.

Judah espalhou a notícia sobre Crisis, exatamente no centro de Seven, um lugar que tinha tudo para crescer e se desenvolver, pois poderia ser um ponto de distribuição espacial. Foi então que parentes dos viajantes começaram a habitar o lugar. Judah possuía um pequeno comércio de peças para naves e sonhava em crescer e ter sua própria fábrica. Ele então aceitou a parceria de um sobrinho dos viajantes - Kalil, que havia herdado uma fortuna. Kalil fez com que Judah desistisse de suas primeiras ideias para apostar em outro negócio. Como Judah aceitou a sugestão, que não vingou, acabou ficando sem nenhum trocado.

Kalil então aproveitou sua fortuna para roubar os projetos iniciais de Judah e tocar sozinho o negócio, se tornando um dos maiores empresários do espaço e dominando a via láctea. Amargurado, Judah começou a tomar porres astronômicos e ficou perdido no espaço. Atualmente, milhares de anos após, os herdeiros de Kalil seguem mandando no pedaço, alguns deles sempre colocam barreiras nos planos dos netos de Judah que apareceram tentando investir e trazer novas visões para o lugar.

Dizem que os habitantes de Crisis são resignados com sua situação e jamais pensaram em cobranças fortes pelo desenvolvimento do lugar, que apesar de todas potencialidades, viu suas áreas vizinhas, antes desabitadas, crescerem de forma magnífica. Outros creditam à inveja o fracasso daquele vilarejo, à cobiça de muitos em detrimento do crescimento social do lugar como um todo. Nem os próprios crisianos acreditam no sucesso do lugar e não investem seus proventos dentro do vilarejo, fazendo com a que a economia fique como a era glacial. Os crisianos preferem as festas e a vida social de Crisis, não se importando muito com o crescimento. Nem quando apresentaram um plano de crescimento estratégico do vilarejo espacial, a ideia foi abraçada. Há muita competição política em Crisis e as poucas forças lá existentes conseguem derrubar a voz dos poucos que se atrevem a questionar.

E os crisianos também não cobram investimentos do comandante espacial, não exigem melhorias e no fim das contas são obrigados a mandar seus filhos embora para a Terra, pois dizem que lá não há vida inteligente, mas sempre dá para arrumar uma boquinha com algum político.