Não sei se isso aconteceu somente comigo, mas nunca tive nada de sério com nenhuma garota que fiquei em boates. Logo, a conclusão que chego é que este deve ser o último lugar a ir quando você sente que precisa de um affair sério. Aliás, já escrevi em algum lugar que prefiro uma relação divertida a um namoro sério. E pensando bem, a grande maioria das relações amorosas que tive começou no verão. As que valeram a pena pelo menos foram – conforme corrige a minha memória.
Isso pode até ser machismo e talvez seja mesmo... Mas é só uma conclusão qualquer sem nenhum compromisso ideológico: nunca levei a sério as garotas que foram mais fáceis de conquistar. Porque não tem nada melhor que passar trabalho, o fácil não tem graça, a roupa em liquidação nunca é igual àquela peça especial que você pagou em seis parcelas sem juros. Até porque aquelas que demandaram horas de conversa, direta ou virtualmente (porque a internet é um atalho e tanto, não?!), acabaram se tornando mais inesquecíveis.
Acho que a diferença básica mesmo reside no fato de que as mulheres estão sempre procurando amor e nós simplesmente estamos por aí. Nem digo que os homens buscam apenas sexo, já faz tempo que não concordo mais com isso. Se bem que... Não, eu não concordo mais com isso, porém é claro que sexo é essencial. Já terminei relacionamentos porque o sexo era terrível, mas tive que mentir e dar outra desculpa, lógico. Fui cafajeste? Provavelmente, mas porque provocar uma guerra se simplesmente posso bater em retirada sem perder nada no conflito?
Mas é claro que os homens procuram amor por aí também. Não posso acreditar que aquela choradeira das músicas sertanejas não tenha um fundo de verdade. E os poetas, então... Bem, depois de ter um livro publicado com o título “Santo cafajeste” uma série de novos pensamentos em relação a isso pintaram, inclusive mais histórias contadas por amigos que serviriam para uns três livros mais. Ou não, vai saber. Mas eu também acredito em amor e não me envergonho disso nenhum pouco.
E eu já conquistei algumas meninas com textos como esses que aqui estão. Não como esse exatamente, mas alguns mais românticos, direcionados. Teve uma época que eu usava esse talento (?) para me dar bem com as meninas e na maioria das vezes era puro interesse mesmo. E confesso que não me arrependo disso. O que a gente vive vai servir de alguma coisa um dia, experiência, histórias para contar, textos para refletir ou novas mulheres para enganar (machismo!). E hoje percebo que mesmo as garotas que não tratei com a devida importância acabaram me ensinando algumas lições importantes, ou isso aqui nem seria escrito.
*Observação importante: provavelmente este texto é uma desculpa esfarrapada para vender mais livros!