A melhor tradução da vida é que ela é uma gangorra, aquele brinquedo infantil em que às vezes você está por cima, e noutras horas lá embaixo. E seus sentimentos fazem isso, às vezes impulsionado ou não pela força que você faz contra o mundo do seu lado da estrada, ou que o mundo faz contra ou a seu favor te colocando pra cima ou o contrário.
Quando você está por baixo, tem que lembrar que logo vai subir de novo e não ficar mal. A mesma coisa quando está por cima, e não ficar pensando ser um ser superior. E infelizmente precisa perceber que nem todo mundo pode estar lá em cima. Talvez por isso seja incrível quando a gangorra se equilibra e você vê o outro com as mesmas condições que você, mas vulnerável já que um movimento pode colocar tudo em outros lugares.
Seria um mundo ideal se a gangorra ficasse parada e todo mundo no mesmo lugar? Ou seria injusto já que alguns se esforçam mais para subir, enquanto outros esperam que o impulso de sua vida seja dado por terceiros? Não seria, porque a gangorra é um brinquedo. Um brinquedo feito para se divertir, como a vida. Todo mundo sabe como se brinca na gangorra, mas a vida ninguém conhece e cada um brinca de uma forma, ou nem brinca.
O problema é com quem você entra na brincadeira, quem vai te colocar lá em cima e fazer se sentir incrível e que se um dia se for, fará parecer que essa gangorra da vida perca muito de sua graça, porque ficou muito claro que sem ela será impossível brincar de novo de verdade. A gangorra fica sem graça sem gente divertida. A vida também.
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