segunda-feira, 29 de junho de 2009

As lições do Senado e a política no mundinho

Atos secretos lá, mas e por aqui?

Diariamente, as pessoas mais esclarecidas acabam estarrecidas com as notícias de atos secretos do Senado, ordens feitas na penumbra que ordenavam altos gastos com recursos públicos em benefício de nossos governantes. Para quem conhece o mundo político, isso nem mais surpreende. É até esperado, infelizmente. Pelo menos aqui no Brasil é assim, ou concluo que seja assim visto as últimas bombas que nos lançam na mídia. Isso talvez reforce uma tese de que a liberdade, seriedade e independência da imprensa está aumentando nos últimos anos, talvez... Só não acredito que esses segredos existam apenas no Senado, duvido que se revirar armários de algumas administrações não se encontre esqueletos bem guardadinhos.

Querem um exemplo?

Então, vamos lá. Por acaso os nobres leitores sabem exatamente quanto e onde nosso Governo Estadual gasta nossos recursos? Bah, né?! Mais perto então, alguém sabe quem e quantos são os CCs da Prefeitura de Cachoeira do Sul? Claro que não! Até saiu no jornal há alguns meses, mas de lá para cá muita coisa mudou. Diga-se nomes mudaram. Então, se não sabemos essas respostas, elas são segredo, certo? Desculpem, trata-se de um simples exercício de interpretação.

Transparência

Esse segredo pode ter fim de forma rápida e passa por um dever constitucional – a transparência que deve haver nos poderes públicos. Alguém repara na palavra público? Busca o significado no Aurélio então... A Câmara de Vereadores de Cachoeira é um exemplo, ela tem um portal de transparência, mas ainda incompleto. Pelo menos é um passo... Pior é gente tentando fiscalizar há meses uma situação que deveria ser de conhecimento de todos, como essa enrolação no Senado. Vi um político dizer que “ninguém poderia sair queimando bala em colega”, numa clara indicação de que vários outros parlamentares podem ter o rabo preso. Pois é, e para acabar com situações como essa se deve combater estes atos na sua origem, nas cidades, estados.

Curiosidades do mundinho

Aqui na cidadezinha o falatório é imenso ligado às esferas políticas. O interessante é que todo mundo critica, mas não dá a cara, ou não denuncia, ou não dá nomes. É um achismo e denuncismo vazios de mortos que teimam em não sair do túmulo. Até tentam com uma desculpa esfarrapada dizer que cumprem seu papel de cidadãos, mas deveriam dar um tempo em seus sarcófagos e pensar antes de sair garganteando milhares de bobagens. Os denunciantes do mundinho sabem que determinado procedimento está errado, mas não passam disso, não correm atrás e, muitas vezes, cabe à imprensa explorar estes casos e desvendar uma grande bobagem, ou então conseguir uma desejada manchete. Incrível, mas até os mortos contribuem indiretamente, portanto vamos os manter vivos...

O prestigiado PT

Pois vamos a uma análise política da terrinha. O foco é o prestigiado PT, um dos maiores partidos do país que em Cachoeira, com 90 mil habitantes, conta com 300 filiados. Algo está errado, não parece? Claro que está! Nem na primeira oportunidade de mostrar seu poder o partido sabe aproveitar. Foi o partido com o vereador mais votado, então existe alguma luz no fim do túnel. Isso não foi suficiente para ser valorizado politicamente. O partido ocupa apenas uma secretaria e só uma diretoria no Governo Sérgio Ghignatti, além de ter sido obrigado a trocar uma mansão no centro por um barraco perto do gabinete. Aqui, o PMDB não é um partido medroso e escorado como no cenário nacional. Ao contrário, esta figura, aqui, está sendo cumprida pelo PT. A perguntinha que não cala, porém, é até quando a relação de afeto irá durar? Será que até o PT perceber que depende dele basicamente o sucesso do Município na conquista de recursos do Governo Federal ou até o pleito daqui a pouco? Apostem suas fichas!

No Estado, o desenho

Por isso a definição das candidaturas do Governo do RS (acho que a Yeda morreu politicamente por uns 10 anos...) ganhou extrema importância para o mundinho. Pois vamos a hipóteses. Tarso deve liderar pelo PT, mas será que coligará com o PMDB? E se fizer isto, quem será o candidato? Ele ou o Rigotto, nome mais cotado pela legenda? E se nem ao menos coligarem, bom aí as consequências são imprevisíveis. Por isso, esta definição é importante para o mundinho aqui. Não é necessário nem explicar as razões. Ou é?

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