E a pedra vira bife
É esta a tarefa árdua de quem precisa contar os fatos do dia-a-dia da nossa adorável administração, enfeitada com coraçõezinhos (alusão à campanha?) e cheia de boas intenções como o inferno. Difícil deixar a maldade de lado, mas a cada dia que passa tem sido mais complicado obter informações com determinadas fontes do Município. E daí os profissionais mais comprometidos com a informação nesta cidade precisam transformar pedra em bife, ou pegar uma pequena fala e fazer dela uma manchete. E não posso negar que este trabalho quase destrói a humildade de quem o exerce.
Fugindo do trabalho
Problemas pessoais me impediram de trabalhar ontem, e não foram pequenos, muito embora não goste de falar deles ou misturá-los com a vida profissional. O ideal é separar e dar o valor certo para cada coisa e foi só porque não vivi os últimos momentos de vida de uma pessoa importante que decidi fugir da realidade do trabalho para me esconder com meus pensamentos. Agora, preciso organizar esses pensamentos, mais uma vez...
Voltando ao trabalho
Incrível como revigora sentir o cheiro da redação e ver as coisas bagunçadas ao lado do computador. Nada se compara ao papel rabiscado e à correria para construir o que as pessoas vão ler no dia seguinte. A gaveta eternamente entreaberta e o som das vozes dos colegas dando risada sobre qualquer assunto são situações únicas e insubstituíveis.
Sonhando alto demais
E a internet anuncia a morte do Michael Jackson, minha mente viaja imaginando o clima em uma redação norte-americana mobilizada para noticiar no dia seguinte tudo que aconteceu. Esse tipo de reportagem deve mobilizar muita gente, os repórteres vão fazer um histórico dos primeiros passos do ídolo pop, uma das personalidades mais controversas por suas atitudes. Aliás, isso deve ser muito explorado jornalisticamente, como as cirurgias, a suposta pedofilia. De repente, me imaginei noticiando isso e lembrei do quanto é triste ter que contatar os familiares em uma tragédia... Alguém precisa fazer este trabalho, ora.
Voltando ao mundinho
Um colega está extremamente decepcionado com a total falta de informação de nosso prefeito. Pode até ser briga política por ter trabalhado em outra campanha, mas em boa parte ele tem razão. Sérgio Ghignatti entende tanto do trabalho administrativo que precisa muitas vezes que as coisas sejam explicadas mais de uma vez para entender. É natural, o homem é médico e político, não um administrador nato, longe disso. Aliás, ninguém nasce prefeito, jornalista, advogado ou médico... Claro, ele pode aprender. Vamos ver aqui, nesse mundinho, quanto tempo demora.
Missão impossível
O trabalho do GG precisa, sim, ser admirado. Não estou falando de limpar a cidade e a deixar mais bonita (aliás, isso para mim é obrigação de qualquer governo). O nosso gestor tem uma missão ingrata nas mãos, tal qual a maioria dos principais líderes de municípios, estados, nações. Lidar com as vontades de milhares de pessoas não é nenhuma barbada. Decidir priorizar a saúde e esquecer do desenvolvimento não é fácil, tem que ter pulso firme para desistir de investir pesado nas criancinhas e oferecer o básico. Tem que ter muita sabedoria para colocar dinheiro numa ponte que vai servir para meia dúzia de pessoas mesmo!
Papel para agradar o povo
É por decisões equivocadas administrativamente que chego à conclusão que plano de governo é uma piada inventada para ganhar eleição. O cara promete (hahaha, eu acredito em Papai-noel) uma coisa maravilhosa que não depende unicamente dele dar certo. E ganha a eleição com o povo caindo como um pato (de onde vem essa expressão?). É simples, o cara mente, o povo acredita, o cara rouba e não faz nada e o povo assiste futebol. E o time perde. Bom, aí, sim ele passa a ver que alguma coisa está errada...
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