sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Coca-cola nos lábios

Eu estava morrendo de sede, saí correndo do trabalho naquela tarde pra cobrir um acidente fora da cidade. Parecia que tinha morte, então era importante. Pra quem trabalha em jornal, por mais cruel que seja, quando acontece uma tragédia, a gente sabe que tem um prato enorme pra cidade no dia seguinte. E escrever sobre essas coisas motiva porque a gente sabe que todos vão querer ler. O povo adora uma tragédia. Eu queria parar o carro num bar qualquer pra tomar uma coisa, mas não conseguia. E o telefone tocava, mais gente avisando do local. “Vem pra cá, tem sangue por tudo”, diziam. A essas alturas eu já imaginava que era um massacre. Que nada, uma curva depois, aquela cena normal de acidente, apesar de ser no interior. Um mundaréu de gente em volta do corpo de um pobre coitado que foi atropelado por uma moto e uma menina que parecia estar na carona. Depois que comecei as entrevistas, descobri que a guria tinha sido sequestrada pelo cara da moto (que estava agonizando esperando socorro). Vi que precisaria entrevistar ela, e o melhor seria que fosse antes de ela ser levada pela ambulância. Crueldade, mas era meu trabalho, então tinha que ser profissional. Enquanto o cara não morria, falava com as pessoas na beira da estrada pra ver se alguém tinha um copo de água e pra minha felicidade, nada... Desisti de matar a sede e fui fazer umas fotos do cara no chão. As pessoas gritavam para eu terminar de matar o cara, que era um bandidinho conhecido na região. A gente aprende a lidar com os sentimentos pra não se envolver emocionalmente com a história na hora de escrever, mas não dá para dar o mesmo espaço para um assassino e para a família da vítima, por exemplo. A minha sede não passava e do lado do corpo do morto eu vi uma garrafinha de Coca-cola, se esvaziando. Puxa vida, que vontade que deu de arrancar aquela garrafa dali, mas os policiais não iam deixar. Passou um tempo e ouvi que a ambulância vinha chegando. No meio do barulho, o cara se entregou. Acho que foi o flash que fiz na cara dele que ajudou até, vai saber. Bom, eu tinha que entrevistar aquela guria. Aliás, era uma menina linda, uma bonequinha, bem vestida, cabelos compridos. Falei com o cara da ambulância que era meu chapa e consegui voltar com eles, pedi pro motorista voltar sozinho pro jornal. Enquanto aquela porcaria de camioneta velha chacoalhava, eu ia fazendo as perguntas pra guria. Uma hora, ela pediu pra eu segurar ela num abraço por causa daqueles solavancos. Bah, fiquei pertinho daquela boca e não aguentei aqueles olhinhos verdes me provocando. Tive que beijar aquela boquinha. Achei que ia tomar um tapa, mas ganhei outro beijo, agora mais apaixonado. O melhor era aquele gosto que matava a sede. Era um gostinho de Coca-cola.

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Os dois lados de um governo


E aí, você entende alguma coisa de política? Pouco e detesta falar do assunto, aposto! De qualquer forma, há algumas coisas bem simples que precisam ser esclarecidas para que simples mortais entendam e participem. A política divide todos os governos em duas partes bem distintas e usarei exemplos aqui pra embasar as minhas explicações. Bom, a parte mais nojenta e necessária dos governos é justamente o lado político – é de onde saem os roubos e armações pra desviar o dinheiro dos impostos que nós idiotas pagamos.

Aliás, sou capaz de apostar que se esse dinheiro realmente fosse tratado com seriedade o Brasil seria um país de primeiro mundo há muito tempo. Mas isso é apenas um sonho, porque os valores gastos com os apadrinhados políticos é enorme. Imagina quantas cidades são necessárias só pra bancar a família Sarney! Engraçado como nenhum instituto jamais fez este cálculo, que é simples. Quanto arrecada por mês e quanto gasta com os cargos de confiança (mamadores!).

O outro lado dos governos é a parte técnica. Esse lado pode contrabalancear os desmandos se for bem estruturado. Como assim? Simples, você coloca pessoas competentes para exercer funções nevrálgicas das administrações – como a Saúde. Em Cachoeira, essa é a principal diferença em relação ao governo anterior. Apesar de estarmos longe da saúde-modelo prometida, a população sente-se mais tranquila sob a coordenação de um médico, ao invés de um indicado político qualquer. De qualquer forma, já que estamos falando de Cachoeira, o ideal seria que todos os cargos fossem preenchidos por profissionais altamente gabaritados, só que isso é impossível quando você precisa preencher as vagas com “os companheiros de partido”, sacou?

Bom, é assim que funciona a política, basicamente: os filiados de um partido, depois de muito levantarem a bandeira defendendo um país, estado ou município melhor, vencem a eleição e finalmente usufruem do descanso – ou seja, pegam um carguinho na administração, compram um carro zero-quilômetro e se esquecem da metade das coisas que diziam pra enganar o pobre povo. Seguindo, o povo é um dos principais culpados pela corrupção por se omitir e não participar (só reclamar, como estou fazendo, não adianta!)


Para fechar, mais um exemplo. Pelo ponto de vista técnico, o Governo Lula é extraordinário – investimentos bilionários na educação, atenção às classes baixas com o Bolsa Família, incentivo a obras com o PAC e outros destaques. Mas o lado político deixa a desejar: tudo começou pelo Mensalão, com escândalos de dinheiros escondidos em cuecas (olha a criatividade dos bonitões) e agora a blindagem ao Sarney, acusado de todos os lados por atos secretos com o nosso dinheiro! Agora, jamais exijam de um político um compromisso fiel com a verdade, a menos que você acredite também em Papai Noel, coelhinho da Páscoa...

domingo, 23 de agosto de 2009

O último abraço


Depois de se preparar e escolher a melhor roupa para a festa daquela noite, Paulinha foi ao salão dar um trato no cabelo. Fazia tempo que não saía com o namorado Cadu e estava louca para fazer uma surpresa e entregar o presente que há tanto ele pedia... A noite teria que ser perfeita, como ela sonhava. Nada de magia, ela só queria encontrar a felicidade. Linda, esperava o amado chegar a sua casa para dividirem a grana do táxi e ir para a balada que agitava toda a cidade naquele final de semana.

Radiante, os segundos pareciam demorar a passar e ela mal via a hora de poder estar perto do seu amor naquela noite que tinha tudo para ser especial. Ao olhar pela janela, avistou aquele rapaz escondendo as flores e se preparando para tocar a campainha. Rapidamente Paulinha foi dar a última olhada no espelho para atender o amado, deu um toque no cabelo e pronto. Ao abrir a porta, lá estava ele impecável com um sorriso nos lábios, e sem pensar entregou a ela as flores. Há tempos Paulinha não se sentia tão feliz e não tinha como não transbordar de alegria com aquelas lindas flores. Ainda assim, sentia algo diferente no olhar de seu amado. Minutos depois saíram de casa e pegaram o táxi. As luzes da noite refletiam no seu rosto e abraçada em seu amor ela esquecia do mundo, aquele abraço a confortava tanto e o perfume dele amenizava a saudade que sentira nas últimas semanas.

Logo que chegaram à boate, Cadu logo abandonou Paulinha para se juntar aos velhos amigos e se agarrou a uma latinha de cerveja. A menina sentia que todo o encanto da noite começava a se dissipar, mas tentaria impedir o afastamento do amado ao tocar a música deles, uma canção pop antiga de quando se conheceram em uma viagem. Correu na direção dele e o abraçou dizendo: “lembra, amor?”. Ele mal respondeu e foi contrariado para a pista de dança com a namorada. Paulinha sentia Cadu longe e não entendia o que estava acontecendo. Na verdade, tinha medo de admitir o que sentia... Depois da dança em que deram o último abraço, o garoto voltou a se afastar e Paulinha ficou com suas amigas. As horas passaram e ela triste não sabia o que pensar, já tinha vontade de ir embora, quando uma das amigas avisou: “Paula, não é o Cadu lá com aquela menina?”. A menina ficou imóvel, apenas levantou-se e foi embora para casa, aos prantos. Depois de chorar e se trancar em casa, incomunicável por dias, uma mensagem apareceu no seu celular bem no momento que decidiu o ligar. Foi suficiente para ela entender aquela noite: “amor, me desculpa... Não tive coragem de confessar, estou com câncer e não sabia como te contar, por isso fiz aquilo. Espero que um dia me perdoe. Sempre teu, Cadu”.

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Se hoje fosse seu último dia


Pois é hoje eu tô cansado demais pra pensar em algo pra escrever e a semana tá quase acabando. Por isso resolvi colocar a tradução duma música que admiro um monte aqui. Abraços, camaradas!




Meu melhor amigo me deu o melhor conselho
Ele disse: cada dia é um presente, não um fato certo,
Não deixe pedra sem virar
Deixe seus medos pra trás
E tente ir pelo caminho menos viajado
O primeiro passo que você dá é o mais longo deles.

Se hoje fosse seu último dia
Se amanhã fosse tarde demais
Você poderia dizer adeus para o ontem
Você viveria cada momento como se fosse o seu último
Deixaria velhas fotos no passado
Doaria cada centavo que você tem
Se hoje fosse seu último dia


Ir contra o que é natural deveria ser um modo de vida
O que vale o preço sempre se vale brigar
Cada segundo conta porque não há segunda chance
Então viva, porque você nunca viverá duas vezes
Não pegue o "caminho gratuito" por toda a sua vida


Se hoje fosse seu último dia
Se amanhã fosse tarde demais
Você poderia dizer adeus para o ontem
Você viveria cada momento como se fosse o seu último
Deixaria velhas fotos no passado
Doaria cada centavo que você tem
E você ligaria pra todos os seus velhos amigos que você nunca vê
Lembraria-se de velhas memórias
Perdoaria seus inimigos
E você encontraria aquele que você está sonhando
Jurando "de pés juntos" ao Deus lá de cima
Que você finalmente se apaixonou
Se hoje fosse seu último dia

Se hoje fosse seu último dia
Você deixaria sua marca
Finalizando um coração partido
Você sabe que nunca é tarde demais
Para pedir para as estrelas
Esquecendo quem você é.
Então faça o que for preciso
Porque você não pode simplesmente rebobinar
Um momento na sua vida
Não deixe nada atrapalhar o seu caminho
Pois as mãos do tempo
Nunca estão do seu lado

Se hoje fosse seu último dia
Se amanhã fosse tarde demais
Você poderia dizer adeus para o ontem
Você viveria cada momento como se fosse o seu último
Deixaria velhas fotos no passado
Doaria cada centavo que você tem
E você ligaria pra todos os seus velhos amigos que você nunca vê
Lembraria-se de velhas memórias
Perdoaria seus inimigos
E você encontraria aquele que você está sonhando
Jurando "de pés juntos" ao Deus lá de cima
Que você finalmente se apaixonou
Se hoje fosse seu último dia.


sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Big Senado Brasil

Dia desses zapeando pelos canais da televisão parei numa das discussões do Senado e ali fiquei, observando aquele teatro durante mais de hora. Um dos que discutia era o Collor (ê, povinho...) Incrível como fiquei vidrado naquela ceninha lamentável... Indignado e revoltado ao ver os senadores dizendo que iam revelar os podres uns dos outros (nenhum jornal teria espaço pra contar tudo no dia seguinte). De certa forma, até me lembrou discussão de adolescente, só trocando os fdp por vossa excelência.

A verdade é que cada vez mais me sinto frustrado com os noticiários falando de escândalos dos nobres representantes do povo, mas não somente pelos atos secretos, compra de votos, mensalão, Detrangate e o que mais mesmo? O que incomoda é o distanciamento que a população tem dessas coisas, quando deveria cobrar e se manifestar (organizadamente, por favor). Por isso fiquei imaginando que aquela palhaçada ali ficaria bem mais interessante se colocada no formato de um desses reality shows como o Big Brother, transmitido ao vivo.

Só de imaginar poder eliminar um por semana e deixar eles angustiados com algum tipo de punição do paredão, já me sinto bem. No país em que a justiça se transformou em uma piada, seria pelo menos um entretenimento para as famílias logo depois da novela, assistir ao Big Senado Brasil. Claro, o programa teria que ter um apresentador destacando as principais façanhas do rapazinho em sua vida pública, os principais projetos para nomear uma rua ou criar uma data qualquer, o montante de dinheiro já desviado e as propinas recebidas. Seria recorde de audiência, tenho certeza. E, claro, que a família do bonitão ia aparecer pra torcer para que ele não saísse do programa, ou eles perderiam seus carguinhos obtidos graças a favores políticos.

Só uma coisa que acho que não cairia muito bem. Depois de tanto pedirem a cabeça do Sarney e ele continuar intacto, garantido pela força política do PT e o presidente Lula, vai que ele sai mesmo de lá e é convidado pra posar nu em alguma revista? Isso, sim, seria um escândalo, não concordam? De repente, o pessoal acaba descobrindo mais um ato secreto enquanto o presidente do Senado tira fotos pra uma revista gay.

Hermanos ou hormanos?

Que é isso, companheiro?
Olha só a cena amável dos nossos irmãos argentinos. Podia até colocar um tango de fundo pra animar o Maradona e seu atleta empolgadinho. Esses hermanos!

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Tudo que você precisa saber sobre a cerveja


*1. A CERVEJA MATA?
Sim. Sobretudo se a pessoa for atingida por uma caixa de cerveja com garrafas cheias. Anos atrás, um rapaz, ao passar pela rua, foi atingido por uma caixa de cerveja que caiu de um caminhão levando-o a morte instantânea. Além disso, casos de infarto do miocárdio em idosos teriam sido associados as propagandas de cervejas com modelos boazudas.
*2. O USO CONTINUO DO ÁLCOOL PODE LEVAR AO USO DE DROGAS MAIS PESADAS?
Não. O álcool é a mais pesada das drogas: uma garrafa de cerveja pesa cerca de 900 gramas .
*3. CERVEJA CAUSA DEPENDÊNCIA PSICOLÓGICA?
Não. 89,7% dos psicólogos e psicanalistas entrevistados preferem uísque.
*4. MULHERES GRÁVIDAS PODEM BEBER SEM RISCO?
Sim. Está provado que nas blitz a polícia nunca pede o teste do bafômetro pras gestantes. E se elas tiverem que fazer o teste de andar em linha reta, sempre podem atribuir o desequilíbrio ao peso da barriga.
*5. CERVEJA PODE DIMINUIR OS REFLEXOS DOS MOTORISTAS?
Não. Uma experiência foi feita com mais de 500 motoristas: foi dada uma caixa de cerveja para cada um beber e, em seguida, foram colocados um por um diante do espelho. Em nenhum dos casos, os reflexos foram alterados.
*6. A BEBIDA ENVELHECE?
Sim. A bebida envelhece muito rápido. Para se ter uma idéia, se você deixar uma garrafa ou lata de cerveja aberta ela perderá o seu sabor em aproximadamente quinze minutos.
*7. A CERVEJA ATRAPALHA NO RENDIMENTO ESCOLAR?
Não, pelo contrário. Alguns donos de faculdade estão aumentando suas rendas com a venda de cerveja nas cantinas e bares na esquina.
*8. O QUE FAZ COM QUE A BEBIDA CHEGUE AOS ADOLESCENTES?
Inúmeras pesquisas vinham sendo feitas por laboratórios de renome e todas indicam, em primeiríssimo lugar, o garçom.
*9. CERVEJA ENGORDA?
Não. Quem engorda é você.
*10. A CERVEJA CAUSA DIMINUIÇÃO DA MEMÓRIA? Que eu me lembre, não.

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Alguém aí entende de amor?


Amor não é uma simples palavra pra você sair por aí gritando, ela precisa de todo um planejamento estratégico pra ser dita no momento certo, lugar adequado e para a pessoa certa. Aliás, tem muito barbado por aí que acha que gosta de falar essa palavra só na horizontal pra ver se funciona como uma espécie de mágica para as meninas abrirem as pernas (sic). Até aí nada contra, cada um com sua capacidade intelectual, mas isso é no mínimo vergonhoso. Ou será que a mulher só vai se entregar se for enganada? Acho que não. Prefiro crer que elas ainda prefiram a sinceridade, o romantismo e outras coisas que andam fora de moda.

Eu defendo a tese de que a palavra amor precisa ser medida com muito cuidado, preparada, adaptada e dita bem baixinho, de preferência com um olhar direto e sincero, mirando os olhos da outra pessoa. Nada de falar no ouvido, o certo é deixar a outra pessoa ouvir e ver e sentir você falando aquelas palavrinhas tão mágicas: “eu te amo”. Não conheço ninguém que resista a essa declaração, quando assim pronunciada, com cuidado para não machucar, para não parecer precipitado, exagerado.
Se alguém aí acha que realmente entende de amor, mas nunca disse essa verdadeira poesia, sentencio: você não entende nada de amor.

Dia desses perguntei a uma amiga se ela preferia falar de amor ou viver esse sentimento. E para a minha surpresa ela veio com uma resposta que me pegou de surpresa: “as duas coisas”. Ora, eu havia dito OU! Mas tudo bem, a explicação foi boa e entendi perfeitamente o que ela quis dizer. De nada adianta viver o sentimento se não sentirmos ele, se não pensarmos. Por isso, antes de dizer que ama, tenha certeza de que impressão você quer causar. Amar não é beijar, nem abraçar, ou fazer carinho, mas fazer tudo isso intensamente...

domingo, 9 de agosto de 2009

Como seduzir um cara

Atendendo a inúmeros pedidos:
Não adianta, meu seleto público feminino reclamou e tive que preparar estas dicas que seguem aí. Elas são coisas que já são de domínio público, reforçadas pelo machismo enrustido, mas que faz parte de nossas vidas. Então, olha aí. Dicas de como seduzir por completo e enlouquecer a cabeça de um homem:

> Em primeiro lugar, se você for uma baranga, desiste. Nenhuma das dicas vai surtir efeito! Acalmem-se, acalmem-se. Nem tudo está perdido. Se você for esquisitinha, sempre tem esquisitos por aí. A única chance que você, menina gorda e de óculos, terá de achar um bom partido será lá pelas sete da manhã, no fim da festa e se aquele bom partido estiver bêbado. E é bom não fazer jogo duro. Abre as pernas mesmo e mostra tuas qualidades. Tens 5% de chance de agarrar o bonitão.

> Agora, se você é uma gatinha, saiba que a vida é uma barbada. Seduzir os rapazes é simples, guria: só um olharzinho já dá resultado (sabe aquele com os olhos meio fechadinhos e assim de lado. Ah, nooooossa, enlouquece na hora!)

> Nenhum homem (homem de verdade, não estou falando de guri bobo que brinca de médico) repara na roupa que vocês, beldades, usam e desfilam por aí. Na verdade, eles te imaginam nua. Pode até ser cruel, mas é assim mesmo. Isso, porém, não quer dizer que tu vai começar a andar por aí seminua. Te valoriza, perua!

> Ah, presta atenção. A gente não gosta de vagabunda. Digo: gostamos, sim, mas no lugar certo (sacaram?).

> Agora, a parte que vocês tanto esperavam: como nos enlouquecer. Isso é simples, basta tirar a roupa bem devagar ou bem depressa com a luz acesa. Simples, né. E pra gente gostar de verdade é só a mulher se transformar em um pedaço de pizza de madrugada.

Saudade eterna, pai

Nem parece que já passaram quase dois anos. Hoje eu tentei exatamente até as 21h37min não pensar nisso e deixar o Dia dos Pais passar despercibidamente. Mas a gente é feito de sentimento também, então acabou sendo inevitável chorar. Homem chora, sim, ao contrário do que dizem esses malucos que tomam bomba e ficam se adorando na frente dos espelhos. Até aquele maldito sete de dezembro de 2007 (e o sete era meu número da sorte), eu tinha o visto chorar diversas vezes e chorado junto tantas e tantas. Antes daquele dia, acho que não dava o valor devido a essa ligação familiar, de pai e filho, apesar de ter convivido, aprendido e me transformado em tudo que hoje sou.
Acabei chorando mesmo, pela data, pela simbologia da figura do pai, por tudo que há em volta, pelo clima, a impossibilidade de dar um abraço, ouvir uma voz... Por tudo, é muito difícil perder. A gente não se acostuma com a morte de um ente tão querido, ela maltrata pra sempre. A morte é inaceitável porque somos egoístas. Eu mesmo queria meu velho aqui do meu lado por todo o tempo, me esperando com aquele sopão no inverno e uma garrafa de uísque comprada em Rivera.
A verdade é que chorar fez bem, baguncei o cabelo e lembrei com carinho do velho. Com o carinho habitual, dos dias marcantes como quando tive de trazer ele para a cidade no carro para ir ao hospital. Coitado, ele nem desconfiava que eu pegava o carro escondido pra aprender a dirigir. Ou sabia e me escondia isso também. Tem tanta coisa boa pra lembrar, e essa nostalgia cresce e arrebata a gente. Ah, meu velho, não vou me alongar. Também não estou escrevendo pra ninguém sentir pena ou coisa parecida. Comecei a rabiscar mais meus papéis desde que tu se foi e hoje faço isso pra honrar a tua memória. Feliz Dia dos Pais, velhinho. Um dia a gente fica junto de novo, um dia desses. Espero estar te orgulhando daqui, pai.

sábado, 8 de agosto de 2009

Dicas úteis para comer alguém!


Em primeiro lugar, isso aqui não é canibalismo. E se tu for menor de idade, sai fora, volta pro banheiro. Isso é uma coisa séria (por incrível que pareça). Todo homem deveria saber cinco coisas que são capazes de levar uma mulher para a cama, então anota aí e escolhe a que se encaixa melhor à sua vida!




> A primeira é quando ela chega em casa tarde: aproveita o cansaço dela e leva ela pra cama logo! Dá pra aproveitar enquanto ela dorme. Os necrófilos (alguém sabe o que isso quer dizer?) adoram!!!!!!




> Uma boa opção é deixar a coitada encher a cara, de preferência com algum destilado. Nada de cerveja senão tu não vai aguentar o bafo dela (sério, é brochante, velho!). A dica é simples, depois que ela já tiver meio zonza, tu coloca uma música qualquer e vai dedilhando, como quem procura algo numa gaveta, sacou? Se não, sai fora. Tu não é homem mesmo




> Tem cara que gosta de encher de carinho e falar palavras bonitas. Elas vão se derretendo aos poucos, demora só uns 15, 20 dias pra conseguir levar ela pra cama. Depois, mais uns 30 dias até que ela faça alguma coisa na cama. Observação, o tempo pode ser maior ou menor de acordo com a mina que tu escolheu!




> Tem um truque que não falha: dinheiro. Dá pra levar pra cama, escada, mesa, onde tu quiser mermão, basta uma oncinha soltando o cheiro...




> O último é uma sacanagem total, mas tem cara que gosta. Diz que foi chifrado. Cara, sério, mulher adora uma história triste. Ela vai te abrir o coração e tudo mais. Vai por mim.






Agora, se nenhuma dessas dicas der resultado para você, aguarde as próximas. Vou revelar como entender uma mulher. Uma dica:


Se ela disser não, significa TALVEZ


Se ela disser talvez, significa SIM


Se ela disser sim, só pode ser TRAVECO

Enquanto chove ali fora



Pini: prevenido da gripe de incompetência...
Escrevi todas as matérias que minha mísera capacidade intelectual me permitiu antes de começar a massacrar o teclado com o peso das minhas mãos para atualizar esse blog. Esse maldito blog. Ah, e vou escrever sobre o quê? Sobre a bagunça da minha mesa, um pacote de Halls, um bloco com entrevistas de políticos de pouca expressão, meu casaco, a caneta, um copo vazio, um monte de papel revirado e o meu celular, sem serviço, aberto sobre o bloco. Acho que não esqueci nada, além da raiva. Esse sentimento que acompanha pessoas que se acham capazes, mas na verdade só se matam trabalhando para olhar TV a hora que chegam a suas casas. Escrevo enquanto chove ali fora e o player solta a voz do Axl Rose, nos bons tempos, uma versão ao vivo do clássico “Sweet child o’ mine”. Chega a ser nostálgico se meu dia não tivesse sido trágico.

Vossa excelência é o c@k% &#!

Ah, melhor nem falar. Isso aqui não é uma porra de um diário, sacou?! Eu ainda não sei se falo do que aconteceu essa semana, daquela gaiola das loucas ou boteco em que o Senado se transformou. Afinal quanto aqueles caras ganham pra protagonizar aqueles espetáculos circenses? Agora, os senadores ameaçam um ao outro jogar toda a merda no ventilador, como se as pessoas ainda fossem perceber ou se importar com alguma coisa... O que eu acho mais legal nisso tudo é que mesmo se chamando de filhos da fruta, eles pronunciam o vossa excelência. Vossa excelência é um cangaceiro, disse um essa semana. Deplorável.

Operação Rodã (Rodin é coisa de veado)

Mas e aqui no sul, então. A pobre Yeda, injustiçada, difamada pelos procuradores da república. Tadinha, né. Eu só fiquei frustrado que não se saiba realmente do que ela é acusada, mas que a cuzada vai ser grande, ah pode esperar! O MPF criou um subterfúgio pra todos os envolvidos: “eu não sei porque estou sendo acusado” (declaração na mídia), “será que é por causa do desvio do Detran ou daquele escândalo na zoninha semana passada?” (indagação em pensamento).

Metralhando!

Ah, mas não quero falar nada disso. Coitados, tantos problemas. Ainda se eles fossem ler essas bobagens e me processar, mas não... Ao menos teria meus cinco minutos de fama que nem aqueles big brothers que falam um besteirol, dão uns beijos em qualquer um e depois tiram a roupa por aí! E ainda nem pensei na nossa linda Cachoeira... Ah, o mundinhooooooooooooooooooo! Fim de mundo.

Há vagas

Isso é uma coisa que não se vê muito por aqui, no mundinho. Apelidei a terra dos cricris de mundinho. Liberdade poética, quem não gostar azar. Não é em tom pejorativo, pelo contrário: mundo pequeno poderia ser bom! Na real, dá nojo ver o que está acontecendo na cidade, parece que o surto não é de gripe, mas de incompetência. Só que não é passageiro e os infectados não morrem, então imagina a porcaria. É, isso mesmo: o caos. Quero ver quem diga duas coisas boas que aconteceram na cidade esse ano.