domingo, 27 de setembro de 2009

Um drinque no paraíso



Eu conheci uma guria numa festa a semana passada, ela dançava de um jeito totalmente louco, parecia estar sozinha na pista. Ela sorria e olhava para os lados com uma carinha provocativa, isso chama atenção de qualquer cara. Eu vi um bonitão chegando pertinho dela, todo arrumadinho e de cabelo arrepiado – típico playboy - e pensei na hora que ele ia catar a guria. Ele se aproximou do ouvidinho dela, que tinha um piercing lindo, uma rosinha bem pequena, mas não deu certo, pra minha alegria. O mané tomou um toco, dos mais bonitos de se ver (aquele tipo empurrão, sabe?!).



Eu tava perto, falando com uns amigos sobre trabalho (aliás, não acredito que eu tava lembrando disso em plena festa, mas deixa pra lá), e quando vi aquela ceninha, não me segurei e comecei a me finar rindo. Pobre coitado, mas é o que acontece quando o cara se encanta assim com uma deusa. Nossa, ela era uma deusa. Não tava vestida que nem uma patricinha, o lindo era o jeitinho dela sorrir perto das amigas e de brincar com os passinhos de qualquer música internacional.



Ela notou que eu ri da cena e me lançou um olhar. Não qualquer olhar, foi o olhar. Bem daquele jeito, meio de cantinho, saca?! Pois é, aí ela olhou pra baixo, deu uma risadinha e falou algo pra uma amiga. E eu só queria chegar pertinho e falar pra ela que tava adorando aquele jeito dela dançar. Mas fui sequestrado por dois amigos que queriam tomar uma ceva e conversar sobre qualquer coisa que não lembro mais. Me desliguei da linda por uns instantes pra tomar um drinque, tava falando bem faceiro com os caras, dando risada e do meu lado quem aparece?



Não, não era ela. Era uma amiga que eu não via há muito tempo, dei um abração nela de levantar no ar e dar uma rodopiada, maior comédia. O legal foi que ela me disse que conhecia a guria e que ela queria falar comigo. Aí veio aquela insegurança misturada com excitação percorrendo a espinha. Tomei mais um drinque e coragem pra chegar na lindinha (não que precisasse do drinque pra ter coragem, mas rola um charme dizer que tomei o drinque...kkk). Mal cheguei perto da menina, ela se virou rápido e igual um delegado me interrogou: “Posso saber do que tu tava rindo tanto agora há pouco?” Eu disse não, não pode, e convidei ela pra conversar lá na beira do bar, que não tinha tanto barulho. Tomamos um drinque juntos, eu reparava na covinha que ela fazia quando sorria e no jeito de mexer as mãos enquanto falava. E fui me encantando com aquele drinque no paraíso.



É lógico que eu precisava beijar ela, mas não forcei. Pedi o telefone pra ela e falei uma estupidez. Disse que tava um pouco alto e que não queria ficar com ela e nunca mais ver aquelas covinhas na minha frente. Por incrível que pareça, ela gostou. Sorte minha, o drinque estava mesmo ótimo.


Um comentário:

Rogerio Colombelli Mielke disse...

Excelente descriçao...isso mostra como as vezes nos subestimamos e pensamos que é muita areia auhuahuah...isso aconteceu cmg, sorte que estava enganado e hoje namoro com a menina mais linda que jah vi...abraçao vini, adorei