segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Uma guerra sem fim



As estatísticas já devem ter mostrado às pessoas que os acidentes de trânsito matam mais do que uma guerra. Só que é inútil, os governantes também sabem que as guerras destroem e trucidam países e nem por isso deixam suas divergências no campo da diplomacia. E lá vão nossos irmãos brigar pelo seu país, defender a bandeira, defender na verdade a posição de seu presidente. Mas não vou fugir para a guerra. O que me incomoda hoje ainda mais é essa guerra do trânsito, que não tem fim e talvez nunca tenha.


O pior de tudo é a irresponsabilidade de uma boa parcela de nossos motoristas, além das tragédias causadas por imperícia, descuido ou falha mecânica. Muitos querem ser pilotos pra se exibir pra alguma mulher, então que vão para as pistas! Essa guerra não vai acabar enquanto alguma medida eficaz não for tomada e os jornais noticiam cada vez mais a morte de jovens que tinham toda vida pela frente. O que resta para a família que esperava seu filho chegar depois de muito tempo sem o ver e encontrá-lo em uma cama de hospital com um fio de esperança de vê-lo vivo? Nada, absolutamente nada. Só a tristeza, o desespero, a incredulidade...


Viajavam de moto, cruzando parte do estado quando um irresponsável simplesmente não olhou para a pista antes de fazer uma manobra e os atirou da moto, ao chocar-se contra o veículo. E se fosse um caminhão, será que ele teria visto? O resultado seria bem diferente. Infelizmente, a vítima namorava minha prima e por isso a indignação é ainda maior. Todo mundo só percebe a raiva do trânsito quando o acidente fere algum parente seu e comigo não está sendo diferente. Mas o que fazer para diminuir isso? A Lei Seca minimizou o problema? Qual a segurança dos nossos veículos, das motos principalmente...


Deve existir uma estatística, mas em um acidente de moto, no mínimo uma fratura vai acontecer. E aí, vão fazer o que? E tem um bando de guri que se acha o super-homem que fica correndo que nem louco nessas ruas, se matando. Perdi a conta de quantas reportagens fiz sobre jovens que perderam a vida no trânsito, mas o que fazer? Será que a solução desses problemas não passa diretamente por um aumento maciço da fiscalização ou diminuição de limites de velocidades? Tenho certeza que um pai preferiria que um filho retornasse para casa com uma multa do que num caixão.

Um comentário:

Equipe A voz da vez disse...

É...infelizmente essa é a nossa triste realidade...pessoas inocentes perdem a vida por causa de irresponsaveis dessa estirpe. Essa pessoa que matou aprendeu a liçao meu amigo.Mas infelizmente alguem tem que morrer para que isso aconteça.