O Obama recebeu o prêmio Nobel da paz. Ótimo, de verdade. Pena que ainda estejamos longe da tão sonhada paz. O Obama mereceu o prêmio, segundo o nosso presidente Lula, por ter combatido o uso de armas nucleares. E ele está certo nisso também. Mas na hora que li a notícia sobre a concessão deste prêmio, me lembrei dum filme que vi recentemente. Trata-se de “Truman”, que conta a história de um ex-presidente americano. É um belo filme para quem quer entender um pouco de política, conhecer os bastidores e compreender que muitas vezes, a corrupção é inevitável.
Esse filme mostra também como foi a decisão de usar a bomba atômica contra os japoneses. Foi fruto de um pensamento do tipo: “ou fazemos isso, ou mais dos nossos vão morrer na guerra”. Quando se fala em paz, é incrível pensar que as guerras possam ser motivadas por interesses econômicos, políticos e até religiosos. Chega a dar vergonha de sonhar com a paz quando na terra em que dizem que Jesus viveu e pregou é uma das mais violentas.
Mas muitas coisas levam a uma guerra, a falta de tolerância é uma delas. E não é nada de bombas, mortes e ataques nucleares. A intolerância pode iniciar uma guerra em qualquer lugar. É por isso que conhecer o seu inimigo é essencial para se vencer uma guerra. Às vezes, a melhor forma de vencer uma guerra é desistir dela. Assim, ninguém morre, ninguém sofre, ninguém chora a perda de seu filho, seu irmão, seu pai. A única perda é o orgulho, que pode acabar ferido. Mas o que é o orgulho quando coisas mais importantes estão em jogo.
A paz é uma realidade distante porque muitas pessoas ainda preferem ser intolerantes e individualistas. Ela deixou de ser um sonho porque os sonhos foram deixados de lado. Mas se um negro é capaz de chegar à presidência dos Estados Unidos, transformando a história e fazendo justiça aos anos de escravidão e perseguição que sofreram, por que a paz precisa parecer impossível? É algo a se pensar...
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