Faz muito tempo que não tiro mais aquelas fotos de festa, cheio de gente com cara de alegre em volta, com latinhas de cerveja na mão e umas gurias lindas na volta. Também faz muito tempo que não faço festa como nos velhos tempos e por falar nisso, eu sinto que estou mais experiente do que parece. Não é por culpa da minha namorada (eu jamais diria isso, amorzinho), até porque ela adora fazer festa. O problema na verdade sou eu mesmo, ou a minha falta de tempo e de grana.Mas eu vou explicar e espero que todos entendam porque eu escolhi deixar de fazer festas há algum tempo. São pelo menos quatro anos em que as pessoas da cidade não sentem minha falta nas baladas. Primeiro, porque quando meu pai adoeceu, eu me dedicava 24 horas por dia a cuidar dele, era uma ralação desgraçada e pro meu desespero, o velho faleceu. Mas hoje eu encaro isso bem, então não sintam pena de mim, (esse sentimento não me ajuda em nada). Claro que teve um tempo até eu me acostumar e sair de novo. E logo em seguida, conheci essa guria que hoje é o amor da minha vida (e meu tormento muitas vezes. Acho que a gente se ama demais pra brigar tanto. Bueno, ela não gosta quando revelo nossas intimidades então deixa pra lá).
Mas nenhuma dessas desculpas aí de cima explicam porque eu deixei de fazer festas com a mesma frequência de antigamente, de altos porres e outros maus exemplos pra gurizada. Acontece o seguinte: eu administro os esparsos recursos que possuo e penso em gastar com coisas que sejam mais importantes, como roupas, contas de casa e tudo mais. As festas ficam sempre em último lugar. Isso explica porque eu jamais seria um político que agradaria o povo. Ah, não entendeu né? Simples, eu ia reservar 1% de grana pública pra festas de qualquer tipo, Carnaval, essas coisas, e investir o máximo em saúde, educação e infraestrutura urbana. Acho que dar saúde, informação e lazer para as pessoas permite que elas tenham condições de fazer as suas festas.
Não sei vocês, mas eu jamais dou dinheiro quando sou abordado na rua para dar esmola. Agora, quando aquele tio velhinho aparece lá na porta de casa, todo suado porque estava cortando a grama do vizinho, e me pede um prato de comida, eu atendo prontamente. Existe um abismo de diferença em entregar dinheiro para a pessoa fazer festa e alimentar a sua alma. Mas nem todos entendem isso, quem consegue, entende porque eu não ando mais indo em festas.
Um comentário:
Vini, que lindooo! Nossa, parabéns... pra variar né... huashuas, sempre arrasando em tudo que escreve!
Beijão amado!
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