Foi em uma tarde de domingo que eles realmente se descobriram. Algo em torno de vinte minutos em que se olharam e trocaram palavras corriqueiras. E ninguém saberia descrever com exatidão o que ocorreu naquele dia, não haveria explicação racional capaz mostrar porque as coisas foram terminar tão naturalmente perfeitas. Quando ela se aproximou, ele pediu que ela se afastasse, e isso ia contra todas as regras de qualquer início de uma possível relação. Talvez por isso o desfecho tenha sido mágico, ou talvez porque algo realmente precisava acontecer.
Sem planejar nada, ele pediu que ela se aproximasse e segurou sua mão carinhosamente. E em um milésimo de segundos, sentiu que aquela pequena mão poderia ser aquela que ele desejaria segurar em um passeio pela rua ou em outros momentos. Foi como se flashes do futuro inundassem sua cabeça apenas por ter segurado a pele daquela menina. Quando ela se aproximou, para ver algo que ele queria mostrar na tela do computador, com palavras irônicas e ao mesmo tempo sinceras, ele pediu para ser beijado, enfatizando que precisava experimentar o sabor dos lábios da jovem.
Como em um filme, mas sem trilha sonora, seus corpos se inclinaram em câmera lenta e as pálpebras se fechavam exatamente no mesmo instante, como se fosse um movimento ensaiado exaustivamente. E um beijo nasceu, dando vida a outro, mais demorado. A primeira impressão de ambos era indescritível, e isso era descrito no olhar de cada um. Atônitos, pareciam perdidos, mas encontravam-se exatamente um no coração do outro, trocando carinhos em beijos lentos. As mãos dela procuravam o pescoço dele, enquanto o rapaz afagava as maças do rosto da menina.
E quando pararam as carícias, não pediram desculpas por algo que antes parecia impossível acontecer. Nem quiseram explicações, nada disso era necessário. Aquele momento foi apenas uma casualidade, um encontro às avessas, ou talvez um sonho muito próximo à realidade. E às vezes, quando se sonha algo muito bom as pessoas desejam dormir logo e voltar ao ponto onde a magia iniciou. E nem sempre isso é possível porque o amor é mesmo inexplicável, ele existe para ser aproveitado e jamais entendido. Por isso esteja atento aos acasos...
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