Rodrigo sabia que não seria nada fácil conquistar aquela menina. Nova na escola, os boatos davam conta de que era uma verdadeira patricinha. Nos primeiros dias de aula, essa impressão não foi se desfazendo, mas Paulinha não se importava nenhum pouco com o julgamento que os colegas de turma faziam dela. Mesmo despreocupada, seu estilo despojado misturado com um jeito de menina indefesa fizeram com que Cadu se interessasse em conhecer a verdadeira menina por trás daquele jeans desbotado.
Atento a cada pequeno movimento e escutando com atenção as palavras da jovem, ele notou uma garota inteligente e de personalidade marcante. Mas por que Paulinha teria olhos para ele, que provavelmente era apenas um playboy a mais na escola.
Ele ainda não tinha resposta para isso, mas o destino se encarregou de dar uma mãozinha quando a professora ordenou que fizessem um trabalho juntos. A tarefa era complicada, escolher um tema polêmico para defender para os colegas.
Marcaram um encontro à tarde, na biblioteca da escola, para discutir o assunto que iriam abordar.
Rodrigo queria defender a pena de morte, mas Paulinha achou que seria mais interessante colocar em discussão o aborto e sua proibição. Para piorar, eles divergiam em todos os temas que estavam sendo sugeridos. “Se eu soubesse que você seria tão teimosa, teria pedido para a professora para fazer o trabalho com um dos guris”, disse ele. “Quem está sendo intransigente é você, Rodrigo. Como você pode defender a pena de morte?”.
“O que tem de errado nisso?“, perguntou ele.
“Ora o que tem de errado. É frio, é típico de alguém que não tem um pingo de sentimento”, disparou a garota. Foi então que ele enxergou uma oportunidade para mostrar que sentia algo especial por Paulinha: “Se você soubesse o que sinto quando te vejo, não diria nada disso”.
No exato momento em confessou o que há tempos sentia, viu-se envergonhado e sentiu nas bochechas um calor tão grande quanto o de suas mãos, que estavam suando frias, fazendo com que ele percebesse que estava apaixonado.
Depois de ouvir aquelas palavras de forma tão inesperada e direta, Paulinha não pensou em nada, permitindo que o silêncio tomasse conta do momento. O garoto ficou visivelmente perturbado com a reação intrigante de Paulinha, não sabia o que fazer, seu olhar demonstrava sua aflição. Ela percebeu então que por trás daquele playboy que se vestia com roupas de marca e era conhecido por toda a escola, havia um garoto romântico e tímido. “Olha, Paulinha, me desculpa... Eu não queria...”. Paulinha não deixou que ele terminasse aquela frase e apenas disse “Agora fica quieto e me beija”.
Por Priscila Goulart e Vinícius Severo
4 comentários:
show! adoro esse tipo de historias, que lindo...e assim que vemos que nem tudo é como imaginamos que seje...realmente adorei!
bah muito bom mesmo...
nossa estorinha ficou tri *-* uahsuahsaauhsu mas ainda vamos fazer outras melhores ainda, né ?!
Nossa muito tri,continua escrevendo histórias assim!
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