Esta semana apareceu no Jornal do Povo uma nova estagiária. Cabelos lisos, curiosa, normalmente sorrindo, pedindo ajuda... Deve ser complicado ser estagiário, eles começam tropeçando, mas ela não. Mesmo com o mau tempo (horrível mesmo, faz um frio terrível), ela encarou o desafio de produzir reportagens e começou emocionando Cachoeira escrevendo uma matéria sobre o manifesto do Imama. Poderia ser apenas mais uma reportagem sobre uma caminhada, mas não é que a estagiária em seu terceiro dia surpreende a todos e apresenta um texto leve, bem escrito e detalhado, que transborda emoção para quem lê.
Foi uma surpresa, mas não apenas por esse desdobramento. Inicialmente, o desfile de roupas elegantes, com botas da moda, lenços extravagantes, acessórios como anéis dourados e unhas no estilo francesinha, a impressão que deu, exibindo seu quiche (que diabos é isso?), era de que não passava de mais uma patricinha mimada.
Extrovertida, como toda mulher bonita, também surpreendeu por seu jeito delicado, educado e suas caretas indecifráveis, que mostrava enquanto tentava desvendar os mistérios de uma pauta qualquer. Não dá para entender por que essas meninas chiques subestimam a nossa inteligência. Acreditam que ela disse que a maioria dos homens não sabem o que é uma francesinha... Não sei com que tipo de homem ela está acostumada a conviver, mas nós notamos, sim.
De qualquer forma, a estagiária deu um novo colorido ao ambiente cinza que pairava nos últimos dias sobre a misteriosa e meticulosa redação do Jornal. E para a tristeza daqueles que se emocionaram com o texto sobre o câncer de mama, provavelmente a estagiária não deve continuar na área do jornalismo. Não posso deixar de lamentar, ainda mais porque ao contrário deste que escreve a estagiária possui toda uma base teórica para emplacar na profissão. Mas tomara que assuma tribunais e não tire bandidos ou traficantes da cadeia.
A estagiária está nos abandonando. E embora sua passagem meteórica, conseguiu deixar sua marca e pessoalmente posso dizer que vou sentir falta do seu sorriso e seu olhar de indagação e dúvida e do seu aguçado faro jornalístico, que ela nem sabia que tinha. Boa sorte, Flávia.
2 comentários:
Quando estagiei, ninguem escreveu texto sobre minha passagem! Tá certo!
P?
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