Responsabilidades, horários, agir com educação, evitar piadas de todo tipo, estar sempre sorrindo, trabalhar e tolerar críticas. Essa coisa de envelhecer não é assim tão maravilhosa quanto o pessoal da adolescência pensa. Se você tirar a suposta liberdade, a verdade é que sobram poucos motivos para se orgulhar de ser adulto.
Talvez a percepção do mundo entre no rol do que fica mais interessante depois que a idade vai avançando. Só que esse entendimento pode ser subjetivo, então enxergar o mundo também pode ser decepcionante. Essa coisa de envelhecer é estranha porque você acaba admitindo que no fundo tudo tenha dois lados, ou mais...
Envelhecer não significa necessariamente amadurecer, pode ser apenas o tempo passando, as pessoas mudando e o mundo te observando. Ou então, essa coisa de tempo seja, no fundo relativo e tão sem sentido quanto um parágrafo de um livro de ficção que você precisa reler para entender. Aliás, a leitura é interessante em relação a isso: o livro que você devorar com 15 anos poderá te dar outra visão de mundo aos 18...
Uma coisa é certa: essa coisa de envelhecer só é fantástica pelo conhecimento que as pessoas podem agregar. Porque no final das contas, poucas coisas além do amor vão marcar essa viagem da vida, em que na maior parte do tempo estamos nos lixando pro cinto de segurança enquanto aceleramos. E daí, você percebe que envelhecer é só mais um verbo, como dirigir um carro a toda velocidade, como se atirar de uma torre para cair no rio e sentir a adrenalina te impulsionando pra fazer tudo de novo. Porque depois da primeira vez, você já é mais velho, já sabe como é. E o mais interessante é que essa coisa de envelhecer é constante...
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