sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Há vagas para o amor

A beleza de alguém é mais ou menos como o currículo, é a apresentação, um cartão de visitas, e deve ser também a primeira coisa que vai chamar atenção quando se procura uma vaga no concorrido mundo amoroso. Mas somente a beleza não vai garantir uma boa colocação e a durabilidade de um relacionamento, é preciso qualificação na arte de conquistar, experiência em relacionamentos interpessoais e até mesmo o chamado QI. Afinal, assim como no mercado de trabalho, as suas referências também são tomadas quando alguém está interessado em seus serviços. Por isso, se você traiu seu último chefe, tenha certeza que isso será investigado pelo próximo que vai te contratar.

Sempre vai haver aquelas figurinhas que estão simplesmente desfilando no mundo e que mentem até na sua apresentação, no currículo, para conquistarem uma vaguinha no coração de alguém. Contratar alguém para amar é um negócio arriscado, porque mais do que dinheiro e expectativas de um crescimento no futuro, há uma mistura de sentimentos e nuances que precisam de muito jogo de cintura, capacidade para dialogar e resolver problemas para que as coisas realmente dêem certo.

Todos sabem que existe amor à venda por todos os preços. Também há vagas, poucas é verdade, para aquele amor gratuito, aquela coisa de dar a sorte e descobrir um talento antes do mercado. Este amor gratuito, talvez o mais adorável, é aquele cego, mas consciente – aquela coisa cuidadosa que inicia de um jeito avassalador e resiste às discussões mais apaixonadas sobre a concorrência no mundo amoroso. E uma das diferenças das vagas do mundo dos apaixonados deve ser o fato de que nele, quando você encontra um emprego para amar, acaba aparecendo uma oferta ainda maior de oportunidades, como uma chuva de promoções de carinho por uma noite.

E aí, cabe a você decidir o que vale mais a pena no mercado do amor: ficar com seu emprego estável, que lhe garante uma felicidade, que se não é intensa diariamente, ao menos lhe faz sorrir com frequência – ou se joga tudo para o alto e arrisca uma aventura ao desconhecido, onde qualquer coisa pode acontecer e você não tem o controle de nada. A decisão sempre vai estar ligada diretamente ao tipo de profissional que você é.