quinta-feira, 12 de julho de 2012
A sinfonia do salto alto
Toc, toc, toc. Não pergunte quem é. A onomatopeia não é de batidas na porta. O chão, provocado, está produzindo a sinfonia de cada passo. A música do salto alto é viciante e produz efeitos instantâneos. O primeiro é atrair olhares, para logo entortar pescoços e provocar ciúmes naquelas que decidiram ir para a rua usando uma sandália qualquer. Altamente sensual, o salto alto cumpre também uma missão social no mundo feminino, de levantar egos maltratados por machos que mereciam ser pisados. Não, não somente a bunda que fica empinada, as pernas mais atraentes. Lá de cima de seus saltos, elas nem sonham como aquele salto mexe com nossa imaginação.
Há algum mistério no salto alto que faz dele uma peça chave na composição da beleza de uma mulher. Não é a toa que nos filmes eróticos, mesmo depois de completamente despidas, as atrizes continuam usando os saltos... O utensílio é tão importante que virou até jargão de futebol, quando seu time perde um jogo fácil costuma-se dizer que os jogadores entraram de salto alto. É preciso elegância e experiência para andar de salto. Perder o equilíbrio é imperdoável. Há outra expressão, já que as mulheres com mais esplendor são as que “não descem do salto”.
Imagine a seguinte cena. A mulher que você está louco para abraçar, para estar junto, para passar a noite entra no restaurante ou na festa em que você está. Linda, vestido preto curto e um salto de fazer inveja. Praticamente todos os homens do lugar a admiram, mas ela está indo até você... Toc, toc, toc. Ela para ao seu lado e pede uma taça de Martini ao garçom, enquanto você simplesmente se perde na imagem ao seu lado. Ela se vira para você, um giro bailarino sobre o salto, sensual e direta. E nesse instante, só uma frase vai funcionar... Nada de cantada manjada ou elogio exagerado. Você sabe que ela está acostumada com isso. Ignorar uma mulher que usa um salto daqueles também não vai funcionar.
Toc, toc, toc... Não importa o que você falou, ela está saindo com você dali. E não há sinfonia melhor para esse momento...
Agradecimento especial ao amigo Loir Oliveira, que deu a ideia desse texto. Espero ter traduzido um pouco do que conversávamos.
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