terça-feira, 5 de março de 2013
Pra sempre
O pra sempre é só um clichê que funciona. Eu não quero alguém pra sempre.
Quero alguém que esteja lá quando estiver chovendo e a cidade estiver um saco. Alguém que não fique o tempo todo por perto, mas que me ligue do nada implorando pra sonhar por aí. Não precisa fazer tudo por mim, mas entender que eu não quero conversar quando não estou legal.
O pra sempre é só uma promessa. Eu não quero alguém que faça promessas, para isso temos os políticos. Quero alguém que se faça presente nas festas, que agite comigo e me deixe entortar todas as garrafas durante a madrugada. Alguém que entenda meus erros, todos eles. E que não me perdoe.
Alguém que não vai estar para sempre ali do meu lado. Mas alguém que seja de verdade, crítica, parceira, engraçada, maloqueira, disposta a dançar no meio da rua, a falar com boca cheia, falar palavrões em público e dizer que não quer mais ficar comigo pra sempre, mas que apareça no outro dia para me dar um beijo. Mais um. Porque amar pra sempre é muita pretensão, e eu só quero que me abrace um pouco. Mais um pouco.
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