domingo, 28 de julho de 2013

Não gosto de fazer compras em Cachoeira

Não me sinto bem fazendo compras em Cachoeira. Talvez por isso a variedade de peças em meu guarda-roupa seja pequena, vai saber. Por vezes sou obrigado a ir às compras. Meu irmão vai casar neste sábado, tanto que há um planejamento logístico para a viagem e então tive de fazer compras esta semana. Diferente de todas as outras vezes, fui muito bem atendido, pela gerente da Franco Giorgi. Pendurei duas camisas em quatro vezes, que acabarei pagando em duas por um costume próprio, só que isso não interessa.

Não gosto de comprar aqui porque na maioria das vezes sou mal atendido, diferente do que ocorreu na quinta. Detalhe: naquele dia, fui à loja ao meio dia. Só um empreendimento diferenciado para abrir nesse horário. Há vendedores despreparados que não sabem responder a questionamentos simples. Cachoeira tem lojas de dondocas que devem acreditar que são mais importantes que o produto e mais ainda que os clientes. Eu não entendo tecnicamente sobre “como conquistar um cliente”, mas eu sei como eu quero ser atendido. Primeiro, com atenção.

É impressionante registrar que boa parte dos estabelecimentos a gente espera um vendedor por mais de cinco, 10 minutos. Conheço um homem que veio comprar um carro para dar de presente para a mulher. Entrou em duas revendas. Na primeira olhou todos os veículos sem receber nem ao menos um “bom dia”. Na segunda, gastou uns R$ 100 mil e fez a alegria da patroa. Já assisti a uma palestra em que o cara, acho que era do Tevah, dizia que os vendedores deveriam cair do céu. Eu sei que a culpa não é dos vendedores, só que eles poderiam também se esforçar um pouco mais, em vez de apenas reclamar de salário (ninguém nunca está contente com sua remuneração).

Não gosto de fazer compras em Cachoeira porque os empresários não criam uma promoção inovadora, como um dia sem imposto – apenas para dar um exemplo. Os empresários, eis os grandes culpados, deveriam capacitar seus funcionários, e não tentar encontrar em meio aos currículos o mais novo sucesso de vendas da loja. E, claro, deveriam valorizar os profissionais que vendem mais. Quem sabe um concurso na loja, uma viagem de fim de ano com tudo pago para quem somar mais vendas? Fica a sugestão.

Muitos amigos contam que foram mal atendidos por estarem mal vestidos. E isso é uma realidade, já tirei a prova. Certa vez fui procurar um tênis com uma daquelas camisas de banda bem velha, desbotada, eu era adolescente e fui ignorado completamente, como se tivesse uma doença contagiosa. Até imagino que isso não seja exclusividade de Cachoeira. O que não desfaz minha vontade de reclamar.

Agora, um lance mais pessoal. Quando vou fazer compras, não quero que o vendedor finja ser meu amigo, espero que ele seja natural, que mostre o produto, que até insista em outras compras, mas que saiba dosar isso. Só uma reflexão final agora.

Dia desses um amigo com formação na área comentou sobre a estratégia do pós-venda. Parei pra pensar e percebi que nunca recebi na vida uma ligação depois de fazer uma compra, para saber se estava satisfeito com o produto. Mas tenho esperança, ainda sou novo. Quem já passou por isso acaba fiel ao empreendimento, fala bem dele. Quem é bem atendido também. Então por que acontecem convenções e mais convenções e eventos e o atendimento de forma geral não melhora?

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