segunda-feira, 22 de julho de 2013

O que uma mulher deve fazer?

Nos últimos dias tenho sentido um machista saindo de dentro de mim. Por favor, não sejam imbecis de maliciar a frase, ainda que eu tenha feito isso de propósito apenas para provar uma tese de como a interpretação às vezes é previsível. Sinto que a personalidade machista de tempos atrás tem deixado de existir, basicamente. No fundo eu sempre soube que era feminista porque acho que elas devem ter os mesmos direitos que a gente, e toda aquelas paradas maneiras. Eu sei que muitas mulheres devem pensar que os homens as enxergam apenas como um objeto qualquer. Na verdade, a maioria as vê como um BELO objeto! 
Quem começou a ler minhas colunas agora não sabe há quanto tempo escrevo exatamente. A mania iniciou por volta dos 13, 14. Quando comecei a escrever um pouco melhor (e não acho que escreva bem ainda), lembro de diversas vezes postar no blog crônicas sobre as formas como as mulheres deveriam se comportar, se vestir, agir, essas coisas. E eu nunca pensei no quanto estava sendo preconceituoso em relação a elas, vejam só! Ainda tenho alguns preconceitos, entendam que não é assim tão simples deixar a imaturidade de lado. 
Esta semana pensei:
“Uma coisa que toda mulher deveria fazer: o que ela quiser”. 
Sim. E me perdoem quem acha que falo demais sobre elas, mas nunca senti nenhum tipo de atração, nem interesse pelo universo masculino. Como diz um amigo, se não existissem mulheres no mundo, os homens nem trabalhariam e viveriam pescando e jogando bola. 
Como jornalista formado e forjado dentro de uma redação, uma das coisas que mais defendo profissionalmente é a liberdade da imprensa e também de pensamento. E eu seria incoerente demais (como já fui, e ainda sou às vezes) se não pregasse que mulheres devem, sim, fazer o que elas quiserem.
Quer ir pra balada e passar o rodo? Se joga, garota! Quer usar roupas coladinhas e decotes mostrando os seios? Manda ver! (Aliás, por favor). Quer namorar e mesmo assim ter outros lances? Pois, faça, minha querida. Está pensando em usar aquela cinta-liga sensual que viu na vitrine da loja, mas não teve coragem? Pois tenha coragem! Tenho inúmeras amigas que são assim, que agem sem ligar para o julgamento dos outros e eu as admiro por essa autenticidade. 
Só tem uma parada que eu não curto, e aqui não é uma crítica às mulheres, mas em geral: não paguem de inocentes. Se você quer ser livre pra fazer o que quiser, seja também autêntico e não fique criando um personagem perfeitinho pra aparecer legal pra sociedade. Sei que isso se torna incoerente diante do que vinha escrevendo antes. Só que eu não sou reto, tenho defeitos e quer saber, dane-se. 
É isso, tem uma coisa que toda mulher deve fazer: o que ela quiser, a hora que quiser, como ela desejar e com quem ela pretender.

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