Foi o nome Wendy que provocou tudo isso. O nome dela, embora eu não saiba afinal quem ela é... A sonoridade desse nome me fez lembrar aquela história do Peter Pan, e de como ela pode estar relacionada com a vida que levo. Não gosto de falar histórias pessoais, isso é como insistir para ser convidado a ir a uma festa, ainda que seja completamente diferente. De qualquer forma, parece uma apelação, entendam. Wendy, eu li seu nome.
Nunca li a história original de Peter Pan, somente a que foi adaptada aos cinemas e certamente não deve chegar nem perto da qualidade do trabalho do escritor, mas admito que isso é preconceituoso. Pan não envelhecia vivendo na Terra do Nunca, e estava envolvido em aventuras de todos os tipos, todas mágicas, fantásticas. É mais ou menos isso que o jornalismo faz comigo de vez em quando. Apesar dos (puxa vida) 29 anos, me sinto ainda adolescente, acho que ainda penso como um garoto na maior parte do tempo, inclusive nalgumas utopias aí que é melhor deixar quieto pra não parecer bobo.
A minha Terra do Nunca é o ambiente de redação de jornal. É algo que amo tanto que já deixei de lado propostas para atuar em outros segmentos com remuneração mais interessante. É que na redação fico mais novo a cada dia. A rotina de estar sempre informado, inconformado também, é uma fonte da juventude. Depois que experimentei, não consigo mudar. Talvez isso explique a imaturidade para algumas situações.
Não descobri nada sobre Wendy, que seria a companheira de aventuras de Peter, algumas vezes até esquecida completamente por ele. Peter não deveria ser apaixonado por Wendy, por mais que os dois nomes constem no original do livro de JM Barrie. Na real, só Peter Pan ficou famoso ao que parece. Também confesso que preferi não pesquisar muito sobre ela. Prefiro pensar que Wendy é uma projeção do que desejo para a vida, alguém que me provoque sorrisos e que me faça manter a vontade de ser eternamente jovem. Uma garota capaz de extrair de mim as coisas boas da juventude, como a curiosidade e aquelas paixões infantis... E quem sabe se aventurar e poder voar seja no pensamento, com Wendy do lado.
E um agradecimento a Karine Naue, que colocou o nome Wendy no meu caminho e me fez escrever isso aqui. Muitas aventuras e que tu não envelheça jamais.

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