Ela me falou que sabia controlar sentimentos e imediatamente perguntei para que fazia isso. Ora controlar sentimentos. Mas pensando bem, depende. Pode ser como diz aquele personagem cômico, “Maissssssss ou menos, mais ou menos”. Pois é.
Se for amor, não dá para controlar. Não confio em quem diz que consegue se impedir de gostar de alguém, porque se estamos tendo esse trabalho, de mentir para nós mesmos e negar o sentimento, não é controle. É estupidez. Como dizer para nosso coração que durante determinado período de nossas vidas não vamos nos apaixonar.
Fico imaginando a pessoa sentada, em frente ao espelho, se encarando e avisando. “Olha bem aqui, se você se apaixonar por alguém e se ferrar não será por falta de aviso”. Seria interessante, mais ainda se alguém fizer algo parecido com isso. Ou então, depois, quando está na fossa, ficar repetindo. “Eu avisei, eu avisei”. Mas amor não pode ser controlado. Nem colocado em segredo.
É melhor se jogar. É isso mesmo. Dá medo no início, mas a experiência sempre é maneira. E toda experiência vai acabar, não importa o tempo. O fato de a vida ser passageira ilustra isso. Você não vai viver para sempre, portanto não haverá amor eterno, por mais que as fábulas e filmes insistam nisso. Por isso não me manda controlar nada, se for pra amar, tem que ser intenso, tem que ser até tenso. Mas tem que ser sem controle.
Por outro lado, acho importante que tenhamos a condição de controlar a raiva, porque ela brota de uma forma tão sincera e verdadeira que nos corrói, e vai minando a nossa paciência. Então, é um sentimento que precisa ser controlado e domesticado.

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