Ela não vai dizer sim, pra nada que convidar, pra nada que perguntar.
Nunca será assim, um sim direto, um papo reto. Ela nunca vai agradar de propósito, mas falar com a doçura do coração, do tipo que faz nascer uma canção. Do tipo sem sentido, daquelas que nem precisa rimar.
Ela não vai saber o que dizer, ou vai se perder e se constranger. Ela não vai dizer sim.
E vai guardar essa palavra pra alguém especial, e talvez você não seja. Se perde por aí na mesa de cerveja. Mas ela vai te fazer bem, e provocar o riso solto. Ela vai fazer aquele som velho ter graça, fazer sentido toda vez que ela passa em seu pensamento. Ela vem e volta, como o vento. E encanta, e te faz cantar, e escrever sobre qualquer lembrança que inspirar.
Ela não vai dizer sim, não adianta convidar. E quando der um sorriso, você vai querer beijar, mas se pedir, não vai ter o que comemorar. Mas ela vai demonstrar, de um jeito doce, que está pronta para amar. Porque é feita de encantos, e uma sinceridade que dá vontade de abraçar.
Mas ela nunca vai dizer sim. Não antes de a conhecer, não antes de a fazer acreditar. Que tudo era verdade, que não era só mais um, querendo se aproveitar. Você vai se inclinar, como quem se prepara a um sonho. Ela vai fechar os olhos e você vai encarar. É a sua hora, ela não vai dizer sim. Mas você sabe nessa hora que pode a beijar.
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