quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Mazelas contornáveis do serviço público


Um dos maiores problemas no serviço público tem relação direta com o preenchimento desenfreado de cargos na administração por um bando de incompetentes ligado à política. Existem funções essenciais que deveriam obrigatoriamente ser preenchidas por profissionais capacitados, pró-ativos e com disponibilidade de bem atender população e imprensa, além de manter um bom relacionamento com os demais servidores. No entanto, essa regra não entra na cabecinha furada dos nossos governantes. E aí, o que acaba acontecendo é o natural desgaste político-administrativo.

Não é necessário ser um gênio de análise política pra entender isso, basta observar como as coisas acontecem. Um secretário, ministro, diretor, assessor – principalmente quando ligados à sigla partidária que lá os colocou – deveriam ser cidadãos comprometidos com um bom trabalho, mas na verdade, seu comprometimento é apenas com o salário no final do mês, que não faz jus à sua atuação pífia, na maioria das vezes.

Existe um vício no serviço público que inicia desde o servidor de carreira desmotivado e passa pelo CC que pensa que se fez na vida e decidiu atirar as pernas pra cima da mesa. Esses profissionais são as ervas-daninhas que minam toda uma administração, seja pela sua incompetência no trato com a máquina, inércia ou muitas vezes má vontade em solucionar um problema simples da população como trocar uma lâmpada.

Um bom exemplo é o setor de comunicação, essencial para divulgar as boas obras de um governo, mas também para driblar com diplomacia os dissabores naturais de quatro anos de mandato. Os bons governos se destacam por seu bom relacionamento com a imprensa, seja despejando recursos em publicidade ou mantendo profissionais com boa penetração nestes meios. De qualquer forma, o bom atendimento neste setor sempre gera bons frutos. Um dia, os governos irão entender isso. Até lá, deixemos que sigam apanhando diariamente na mídia e criando uma imagem péssima perante seu eleitorado.

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