quarta-feira, 10 de março de 2010

Cachoeira é uma ilha

As reuniões matutinas promovidas no gabinete da Prefeitura, exatamente na sala das fotos dos ex-prefeitos, provam muitas coisas. Existem várias pessoas com boas ideias na comunidade cachoeirense e com vontade de contribuir para o crescimento e desenvolvimento da cidade. Este é o lado positivo das reuniões até agora, sugestões reais e positivas que podem, sim, auxiliar o Governo Sérgio Ghignatti a seguir o caminho certo. O lado negativo é que alguns não entenderam ainda a iniciativa do prefeito interino Ronaldo Trojahn.

Ao iniciar as reuniões, após uma breve conversa informal com os líderes da cidade, Ronaldo faz o seguinte questionamento: “se você fosse prefeito a partir de amanhã, que medidas colocaria em prática pensando no desenvolvimento de Cachoeira?”. Alguns dos convidados propõe iniciativas que sejam ligadas às suas áreas de atuação e de certa forma isso está errado. Seria o mesmo que eu assumir a Prefeitura e dar emprego a todos meus amigos da imprensa. Ou seja, o mesmo procedimento político que é condenado pela comunidade, com preenchimento de cargos para a companheirada, é também sugerido por parte da sociedade organizada. A isso dou o nome de incoerência.

Este, prezados leitores, é o maior erro da política. Não, na verdade é o pior erro de alguns políticos. Seduzidos pelo poder, muitos deles esquecem de trabalhar pelo bem comum e passam a pensar apenas no seu crescimento político e egoísmo econômico. Isso quando não decidem entrar na onda do mensalão e colocar os seus impostos dentro das meias, cuecas e... Onde mais vão enfiar?

É por isso que pessoalmente estava esperando que todos que chegassem ao farto café da manhã oferecido pelo prefeito interino mostrassem sugestões abrangentes ao crescimento da cidade como um todo, e não pensando nos dividendos que poderiam ter no futuro. Nestes momentos é que parece que Cachoeira se tornou uma ilha. O bom é que esses são minoria pois há excelentes sugestões sendo dadas para a Prefeitura. E para aqueles opinadores de plantão que dizem que a iniciativa é balela política, minha resposta é bastante simples. Toda promessa política não irá passar disso enquanto a sociedade não se organizar e não cobrar resolução dos órgãos governamentais. Não existe movimento organizado da comunidade para protestos que não seja ligada a um partido político. O eleitor não pode exercer seu direito apenas no momento do voto, mas durante todo o mandato. Mais uma vez, só reclamar não adianta. É preciso participar.

Um comentário:

Telmo Padilha Cesar disse...

A sociedade é fingida. O colunista é ingênuo e o prefeito em exercício é esperto. Explico:
O coletivo de "eu" é a sociedade. Portanto primeiro "eu", depois os "teus", só então, os "nossos". Ingenuidade não quer dizer inocência, ignorância ou despreparo, neste caso, quer dizer "pureza". Ou seja, a leitura pura de fatos tramados e ardidos com intenções pré concebidas por atores estreantes em produções de ocasião e boa audiência.
Como se pode vencer uma campanha eleitoral sem conhecer os desejos, sonhos, projetos, propostas e problemas de seus eleitores? Confessar a todos, pela manhã, há apenas 1/4 do tempo de mandato que venceu sem saber nada.
Será que seria uma nova campanha?
Legal Vinícius, vamos aumentar estes comentários usando twitter? Um abraço.