domingo, 26 de junho de 2011

O que elas gostam em um cara

Se eu fosse escrever as qualidades que um cara precisa ter para agradar a uma mulher com pensamentos próprios, diria muitas coisas diferentes das que seguem. Por isso, usarei a técnica dos parênteses para colocar o que vem da minha mente machista, já que este texto foi provocado junto às mulheres, estes seres que tanto nos encantam (e que um dia podem acabar nos incomodando).

Primeiro e básico, mulher gosta de ser bem tratada. Não precisa parecer um mordomo inglês, mas esse lance de ser gentil agrada. É importante ser educado, falar bonito, saber se expressar e tentar ser bem humorado (você não precisa eliminar do dicionário todos os palavrões que conhece). Em qualquer lugar do mundo, a mulher vai preferir o cara que dá uma atenção diferenciada a ela quando está a fim. E olha que os teóricos de plantão dizem que o certo é não dar moral, mas pelo contrário. Elas gostam do cara que mostra que elas é que são importantes (e isso não sou eu que estou dizendo, mas uma lindinha – essa da foto).

Outra coisa básica é não ser exagerado em nada. Tudo que é demais atrapalha (menos dinheiro, provavelmente), principalmente carinho em excesso. Mulher não quer nada que grude, tanto que a maioria delas detesta mascar chiclete (isso eu inventei, mas é pra ilustrar que ficar na cola enchendo o tempo todo cansa). Até mesmo a mulher mais apaixonada do mundo precisa de espaço, precisa respirar, e cabe ao cara saber respeitar isso, enxergar que elas precisam de um tempo para elas (mesmo que seja para ir ao salão e ficar com aquelas fofocas).

Mas mais importante de tudo: mulher gosta de ser amada. Não interessa se você é um pobretão desarrumado ou um playboy. Ela vai querer amor, em pequenas doses, pode ser até uma vez por semana. Dose atenção e um pouco de carinho. De vez em quando, uma briga também é prova de afeto (e se isso for regra, tem gente que tem muito afeto, porque né...). E se todo esse texto ainda não for convincente para vocês acharem que já são suficientemente instruídos sobre o assunto, vejam a resposta da Jéssica lindinha, quando perguntada sobre o tipo de cara que ela prefere...

“Gosto do cara que faz tudo por mim e que seja carinhoso. Mulher não gosta de homem que se acha superior a ela e se tu é a fim da pessoa não pode igualar ela as outras, porque ela é diferente. Mas isso não pode ser exagerado, porque às vezes sufoca e por mais que tu goste não aguenta”. Jéssica Soares

domingo, 19 de junho de 2011

Internacional e a vontade

Primeiro, vamos começar pelas coisas positivas da partida deste domingo contra o Coritiba, um empate que a equipe do Internacional encontrou no Couto Pereira. O destaque, já repercutido pela mídia, foi o goleiro Muriel, que até pouco tempo era o terceiro na hierarquia colorada para atuar debaixo das traves. Mostrou segurança quando exigido e acho que foi o responsável pelo único momento de vibração dos jogadores colorados em campo, ao fazer duas defesas incríveis no primeiro tempo após uma jogada envolvente do time do Coritiba.


O principal problema que vejo no time colorado hoje é justamente essa falta de brilho, de vontade, de inspiração. A equipe só empatou a partida porque o volante Glaydson, que incrivelmente até pouco tempo nem fazia parte dos planos do time, acertou um chute raro, tão raro quanto um gol dele, já que foi o seu segundo na equipe em mais de setenta jogos. O Coritiba pressionou durante todo o jogo e só não fez outros gols porque Muriel realmente esteve bem, e também por imperícia do ataque adversário.


O que acontece quando os volantes do Inter recuperam uma bola? Nada, absolutamente nada. O meio de campo não tem velocidade, criatividade e não sabe nem mesmo fazer a jogada que os argentinos nos ensinaram: toca e sai pra receber. Não há ultrapassagens, passes de morte no vazio e nem bons jogadores para conduzir a bola sobre os marcadores.


Quando a equipe ganha um lateral na defesa, a forma encontrada para avançar é atirar a bola forte pra frente, para que o adversário coloque-a novamente pra fora. É um time preguiçoso esse do Inter. O argentino D’alessandro, que deveria ser a reserva técnica do time, está revoltado com a bola. Nem entrou em campo neste domingo. Discute com os colegas em campo, não ajuda na marcação, e faz tempo que não é um jogador decisivo. Lembro do Uh Fabiano, que só destruía mesmo em grenais. Não sei onde foi que a equipe deixou a vontade, se foi lá no Mundial contra o Mazembe e aquela vergonha difícil de esquecer. Ver o Inter jogar hoje só tem graça no Playstation.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Maconha liberada?

Como jornalista, sou obrigado a gostar de polêmicas, mais ainda quando os assuntos são debatidos de forma séria e técnica. Nada de julgamentos moralistas ou opiniões vazias que nada contribuem para o processo de crescimento. Uma discussão para ser boa precisa de argumentos! E os argumentos precisam ser sólidos. Você não pode justificar que bateu em alguém somente porque estava com vontade, pode inventar uma desculpa, dizer que foi ofendido, mas precisa de um motivo.

Dito isso, vamos ao tema principal do Formigão que será publicado na próxima segunda-feira. Depois de explodir na internet com o anúncio do documentário “quebrando o tabu”, o tema da descriminalização da maconha parece ter voltado à moda. Ou ao menos à pauta de discussões. Pelo Brasil, muitas marchas causaram polêmica, mas acabaram, esta semana, sendo liberadas pelo Supremo Tribunal Federal. Está garantido o direito de se expressar (como se isso fosse necessário), mas ainda é cedo para se pensar que a maconha será liberada. E talvez liberada ela jamais seja, já que a proposta é regulamentar o seu uso.

Hoje, se eu for pego usando maconha, não vou preso. Há um desconhecimento em relação a isso, pois só vai ver o sol nascer xadrez quem for descoberto pela Polícia com grandes quantidades. Assim, será considerado traficante. O debate que se propõe tem alguns argumentos interessantes a favor da descriminalização, como reduzir a violência causada pelo tráfico (a maconha é uma das fontes de renda dos traficantes, ainda), usar os impostos de sua venda em campanhas de conscientização (ainda que os políticos teimem em desviar impostos) e a comprovação de que a planta Cannabis sativa é menos pesada que outras drogas, como o cigarro e o álcool.

Do outro lado, também há opiniões que merecem uma análise aprofundada. Muitos insistem que a maconha é uma porta de acesso a drogas mais pesadas, como a cocaína e o crack. Há exemplos de todos os tipos, de quem só fume maconha, mas também há casos de quem começou “dando uns tapas” e acabou escravo da “pedra da morte”.

Pessoalmente, tenho um único pensamento. Minha cidade nunca me impediu, enquanto eu era menor de idade, de comprar bebidas alcoólicas. Hoje, a gurizada ainda consegue comprar álcool e cigarro. E mesmo que não consiga, sempre tem um amigo mais velho para dar um jeito. E você pode pensar que não há nada de errado nisso. Como eu acho que não há. E se mais pessoas começarem a usar porque liberou geral? E se a maconha, vai saber, faz mesmo mal à saúde? E se... Bem, é isso. Me julgo incapaz ainda de ter opinião sobre este tema, mas acho que estamos maduros o suficiente para discuti-lo. É isso. Aguardem o Formigão.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Nada precisa fazer sentido


É nessa hora que você começa a pensar em fazer a coisa errada só para ver se vai dar certo. Afinal, você pode tentar e conseguir. Pode arriscar e se dar bem. Ou não, e sempre vai existir a dúvida, o medo, a covardia que separa a vitória do fracasso eterno. Ou da derrota humilhante que se esquece a partir do primeiro sorriso depois da despedida. A partir de tudo que você precisava fazer certo para que nada desse errado.


E nada precisa fazer sentido para ninguém, desde que você entenda, afinal é só o seu coração, seus sentimentos e você e essa massa aglomerada nas ruas despejando impostos. E quem vai desviar, quem vai fugir do debate, quem vai se acovardar e se esconder? Até pouco tempo, tudo estava certo em um mundo construído com as estruturas erradas. E de repente tudo está ruindo, reconstruindo a verdade com sólidas mentiras, o mundo está perto do fim, dizem as previsões. E você não acredita em nada ao mesmo tempo que teme tudo.


E nem adianta começar tudo de novo, se o fim está perto. Para que objetivos você se prepara e até que ponto isso tudo faz sentido e de que adianta questionar a razão da vida se você não tem razão em nenhuma discussão? Fazer tudo certinho parece inútil enquanto do seu lado estão corrompendo a multidão e se dando bem, você não precisa compreender, nem precisa se importar, mas se for capaz de se indignar, então não é igual ao resto que chora escondido e que aparenta ser fortaleza quando a tempestade chega.


Não, nada precisa fazer sentido, que entenda quem for capaz de ler as entrelinhas. Que entenda quem for capaz de ser louco em um mundo onde poucos têm privilégio de compartilhar tudo e não repartem nada com os outros. Que entenda quem quiser fazer a diferença, provocar a mudança, levantar bandeiras sem empunhar espadas, pedaços de paus e sem gritos. O protesto silencioso, a omissão e os braços cruzados nunca adiantaram nada. E quem não pode estar na linha de frente está em permanente briga contra seus próprios demônios, sua própria prisão.


Uma cela solitária de onde ecoam pensamentos e voam através de um céu repleto de poluição, de destruição do meio ambiente. E ousado será quem colocar a cara na frente da tropa de choque, que reclama aumento para não aceitar o suborno e que faz a sua chantagem digna para que o engravatado faça valer os direitos. E vamos todos brigar, feito cães sarnentos no meio do nada, porque tudo fica para eles. E eles mandam no mundo e lhe roubam suas roupas, suas atitudes, suas ideias, até isso. E querem levar tudo, ensacar e colocar dentro de seus cofres invioláveis, mas ainda não irão descobrir qual, afinal, é o segredo para se ter honra, agindo errado para fazer as coisas certas. Não, não mesmo. Nada disso precisa fazer sentido algum.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Manual da política corrupta

É claro que nem todo político é corrupto, mas os que são aprenderam técnicas em um manual para se manterem no poder. Aqui está um resumo destas técnicas para que você entenda como eles conseguem essa proeza da reeleição eternamente. Tudo o que está escrito é baseado no nosso noticiário nacional. Qualquer semelhança com a realidade não é mera coincidência.



Primeiro você precisará aprender a ser político. Portanto, jamais demonstre publicamente fraqueza, raiva ou parta para a discussão com alguém, mesmo que seja um adversário político. Isso vai fazer você perder votos. E todos nós sabemos que a única coisa que importa mais do que dinheiro e poder para um político são os votos.



Aprenda a contornar todas as situações, tenha sempre capacidade para desviar o foco quando estiver sendo pressionado. Treine em casa, mentindo para sua mulher, engane-a sempre que possível. Nunca esqueça do mais importante: mentir, mentir, mentir. E quando não funcionar, minta de novo. Aquela história de que mentira tem perna curta é desculpa para quem não tem habilidade e inteligência para inventar uma história.



Jornalistas vão te pressionar, adversários vão te provocar, mas só uma pessoa poderá ser capaz de fazer você conhecer uma derrota eleitoral: você mesmo! Não fraqueje, minta, roube, desvie. Quanto mais dinheiro você acumular, mais poder terá para seguir no topo e rir de quem está embaixo. Você só precisa sorrir, ir a eventos, prometer o impossível e de vez em quando aparecer em uma inauguração.



Na eleição, o mais importante: tenha conhecimento de seus objetivos, planejamento e estratégia são essenciais. Não se trata de moda de empresário. Se por algum motivo parecer que não vai se eleger, compre mais votos! Agarre algumas crianças no colo, tire fotos com o povão, abrace-os. Não esqueça que é preciso pisar no barro de dia para dormir em um lençol de seda à noite.



Não esqueça de comprar um bom advogado, ou de preferência um péssimo advogado, do tipo que vai inventar todo tipo de magia para impedir que você acabe atrás das grades. Não esqueça que ser político no Brasil é garantia de jamais ser condenado. O STF nunca condenou nenhum das centenas de políticos que respondem a processo.



Você não vai querer ser o primeiro imbecil. Então, compre alguém aqui, outro ali, minta um pouco mais, declare-se louco, contrate um psicólogo para atestar sua loucura, promotores para e juízes para inocentá-lo. E não se esqueça de entregar uma obra a cada três anos, de preferência na véspera da eleição. E jamais vire as costas para o pessoal do seu partido, pois se não se eleger, sempre sobra uma teta política.



sábado, 11 de junho de 2011

As pessoas estão mudando e não sei por quê



A minha criatividade anda tão abalada que nem mesmo esse título aí é meu. É a tradução de um refrão de uma música do Keane que me veio agora para ilustrar um pensamento sobre tudo que vem acontecendo. E enfim... Não sei se isso merece uma reflexão profunda. Vou usar como exemplo um cara que admiro, não é artista, nem político, nem um desses malas engajados socialmente em uma causa que depois vai virar palanque político. É um cara simples, estudante de Letras.



Tiarles ou simplesmente Sall, para os amigos. É um cara marcante de personalidade bem estranha. Não, eu não vou te sacanear, parceiro. Na verdade, é só uma coisa que vem me ocorrendo e que vou acabar pessoalizando em ti. Incrível, mas há uns 10 anos eu escrevia textos assim sobre mulheres, e agora é sobre um amigo. Aliás, um dos poucos com habilidade suficiente para me vencer em um jogo de vídeo game. Até pouco tempo, eu e o Sall falávamos sobre o futuro perfeito: um emprego maneiro, umas minas de vez em quando e um barzinho no final do dia para comer um lance (eu) ou só fumar um cigarro às vezes (ele).



Eu já havia abandonado a vida de procura por algumas mulheres para me concentrar em apenas uma, e pensar que achava isso muito impossível até pouco tempo atrás. E o Sall acabou fazendo o mesmo, justo o cara que jamais imaginei que fosse ficar numa sexta-feira à noite em casa porque a namorada mora em outra cidade. É, talvez o amor seja mesmo estranho, tanto que o cara fala da mina de um jeito que me faz pensar: “as pessoas estão mudando e não sei por que”.



Porque talvez a figura do Sall fosse a do herói que eu admirava até pouco tempo. O cara independente, que mora numa cidadezinha desconhecida, que roda o mundo com a desculpa de estudar, mas que no fundo anda só se divertindo, bebendo e sendo um canibal (só os loucos sabem). Mas o cara que “só serve pra buscar o refrigerante” também mudou e justo quando alcança a condição de alfa, decide atar-se. Não, tem coisas que é melhor nem buscar explicação e deixar que fiquem assim subentendidas, como já disse uma música.



É, mermão, enquanto o mundo muda, o mais legal é envelhecer e ficar lembrando cenas como quando você me deu dicas sobre como ser um bom jornalista, lá quando eu engatinhava na profissão. Ou lembrar as gurias que acreditaram que você era um zagueiro argentino e nem sabiam pronunciar teu nome. As pessoas estão mudando e eu sei por que, mas é melhor não ficar falando muito de amor, senão as minas começam a se achar demais.

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Táticas de pegada (infalíveis)

Esta coletânea de dicas foi feita com base em frases ditas pelos maiores pegadores do mundo em conversas com amigos. Tudo foi anotado por um cara que andava com essas celebridades e os conselhos podem ser usados para quem tem dificuldade para trovar as moçoilas.



Para que o dono deste blog não sofra nenhum processo, as frases serão postadas sem o nome de seus donos, mas são trechos de sabedoria de jogadores de futebol, ex-BBBs, artistas, diretores de televisão, políticos e empresários.







“A melhor forma de conquistar uma loira exige muita estratégia, paciência e lábia. Aproxime-se dela e diga o seguinte: oi”.





“Pense em quanto você tem na carteira e em quanto tempo pode perder largando elogios tentando convencer ela do que você quer. Divida seu dinheiro pelo valor que este tempo lhe renderia em seu trabalho. Se a soma der mais de R$ 50,00, procure uma zona”.




“Faça uma poesia, compare os olhos dela com qualquer coisa da natureza que possa parecer bonitinha”.




“Convide a para um jantar romântico. Se não funcionar, pelo menos você comeu alguma coisa”.




“Elogiar uma amiga dela sempre funciona”.




“Pegue uma música desconhecida em outra língua, faça a tradução e escreva num papel. Diga que fez para ela”.




“Dê um cargo para alguns familiares dela”




“Pergunte para ela: você viu as chaves do meu Porsche, acho que deixei cair por aqui?”.




“Na cama, troque o nome dela pelo de uma amiga. Ela com certeza vai ficar louca”.




“Você deve ficar linda na horizontal”.




“Puxa, você engordou”.




“É claro que eu te amo, Be... Benzinho!”




“Ofereça Martini. Li na Playboy que essa bebida funciona. Se não der certo, ela vai acabar dormindo e você pode fazer o que quiser”.




“Eu disse que amava, sim. Depois, nunca mais liguei”.




“Falar a verdade nunca funciona, caso contrário eu jamais mentiria. A culpa é delas mesmo”.




“Você adorou a bunda, os seios são maravilhosos, mas é melhor elogiar só o sorriso dela senão ela se ofende. Mesmo que o sorriso seja péssimo, é melhor...”.

terça-feira, 7 de junho de 2011

Ronaldo: o craque entra para a história

Terça-feira, 7 de junho de 2011. Neste dia um dos maiores craques de futebol dos últimos tempos fez seu último jogo oficial, despedindo-se da camiseta da Seleção Brasileira - a amarelinha que tantas fezes brilhou em seus gols. Recordista, craque, goleador, exemplo de determinação, garra, talento e dedicação. Talvez qualquer qualidade que seja destacada possa acabar parecendo clichê, mas em um país que ao longo dos anos vem enfrentando uma carência de heróis, Ronaldo foi um.



As chuteiras que tantos cortes deram em adversários, deixando-os caídos no chão, perdidos em movimentos diretos e objetivos rumo ao gol, também acariciaram muitas bolas, levando-as para o fundo das redes. Não foram poucas vezes, Ronaldo foi o maior das copas, foi melhor do Mundo no futebol. Levou o Brasil ao lugar mais alto da sua área de atuação. Fui um dos que assistiu à derrota para a França e poderia ficar aqui citando teorias da conspiração, mas prefiro aceitar simplesmente que sejam coisas do futebol.





Ronaldo foi dado como acabado após as fraturas sofridas nos joelhos. Não acreditavam mais nele, não voltaria a jogar futebol. O problema de duvidar dos herois é que eles são invencíveis e Ronaldo voltou. E assombrou, calou críticos e fez um país sorrir novamente com o pentacampeonato. Ronaldo será lembrado pelos gols, pelas jogadas, pelos dribles. Mas eu vou lembrar também de como ele reagiu aos críticos, sempre em silêncio e com trabalho. Poucos perceberam essa lição e para mim isso ficou como exemplo de humildade de um cara que poderia mandar todo mundo para o inferno.





Acho que Ronaldo deve e merece ser lembrado pelas vitórias que conquistou ao se aposentar do mundo da bola. Até mesmo longe de sua forma ideal ao jogar no Corinthians ele levou a equipe a conquistar títulos importantes. É esse resultado, no final, entre as derrotas e as vitórias que mostra o quanto alguém conseguiu ser grande. É o que você deixa para a história que marca a sua passagem. Ronaldo marcou sua história com gols, com uma trajetória de sucesso e alcançou muitas vezes o lugar mais alto. Ronaldo alcançou a marca de incontestável do esporte. E isso não será nunca mais tirado, está escrito. Terça-feira, 7 de junho de 2011, um dia para a história.





domingo, 5 de junho de 2011

Algo para acreditar

Como a política é feita e a que interesse ela se curva? Quais são os objetivos de quem ingressa nela e será que no fundo são sinceros? No que podemos acreditar se temos tantos motivos para desconfiar? Até bem pouco tempo, uma certeza habitava no meu coração, de que a política é a grande responsável pelo nosso futuro.


Esta convicção permanece, mas de uma forma estranha e assustadora. A política segue sendo a única área responsável pela transformação social, econômica e cultural de um espaço. Mas os interesses que estão por trás dela fazem com que essa transformação seja imensamente menor do que poderia ser. Basta pensar em quanto o país gasta em impostos e na forma como somos atendidos pelo poder público.


Talvez a corrupção esteja mesmo enraizada no nosso DNA desde que as crianças aceitam se comportar somente para não serem castigados. Ou quando fazem as tarefas para garantir a mesada. Provavelmente a corrupção vem de berço mesmo, e por isso regras como a lei antinepotismo são tão válidas por aqui. A verdade é que não consigo mais acreditar na política e suas falsas promessas. Não neste momento...


É difícil acreditar em uma política feita de negociatas em troca de apoio, em uma política onde é preciso ser político para se manter rico, poderoso, ou numa política que tira centenas de vidas em troca de barris de petróleo. E no que acreditar, em promessas vazias ditas da boca para fora em troca da vitória? No que acreditar?