Das coisas idiotas do mundo masculino, talvez a necessidade de contar sobre suas conquistas seja uma das mais interessantes. Para um cara, às vezes, é mais importante contar que ganhou uma garota do que ter a conquistado efetivamente. Ficar com uma modelo, atriz ou uma dessas capas de revistas não teria nenhum sentido se o homem não puder divulgar seus feitos, só pra contar vantagem. Não tem graça levar a Megan Fox para uma ilha deserta – a menos que o celular funcione lá e possamos ligar para alguém e contar como foi.
É uma prática antiga, é um costume que passou de pai para filho e que foi se perpetuando ao longo dos anos. Não que as mulheres não façam isso, até porque elas vêm até tomando a dianteira das ações ultimamente e até a iniciativa, mas segue sendo mais comum entre os caras. E existe um ritual todo especial para contar os grandes feitos, é como passar conhecimento, é como detalhar a jogada que culminou em um gol. Na maioria das vezes, inventamos algumas coisas, aumentamos detalhes que com certeza tornam a história mais interessante.
Todo cara pegador tem um pouco de cineasta, com sua capacidade de criar falas, lugares inusitados e situações cômicas que acabam se transformando em momentos marcantes. Esse tipo de história só pode ser contada entre amigos, e normalmente em mesas de bares, com algumas garrafas decorando o ambiente. No meu passado, há algumas histórias que renderiam um livro, aliás renderam o “Santo Cafajeste” (comprem!). E se muitas delas não foram como vencer a Copa do Mundo, valeram a pena pela dificuldade do jogo, se é que vocês me entendem.
Outra coisa idiota que o mundo masculino cultiva é que a trova, muitas vezes, é mais importante do que a sua consequência. Não para a maioria, mas nem toda regra deveria ser baseada no comportamento da maioria. Até porque a maioria elegeu o Tiririca. Mas concordo com quem disser que os homens têm manias engraçadas, confusas e nada ortodoxas. Só que por mais malucas, estúpidas e incríveis que essas coisas de homens sejam, elas sempre funcionam e estão resistindo ao tempo e às críticas femininas e feministas.
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