segunda-feira, 14 de maio de 2012

A minha versão sobre a inversão


Estou viciado. Sim, eu assumo e me envergonho porque não consigo mais largar a droga. A droga do Facebook. Já tentei tratamento, mas o máximo que consigo é ignorá-lo completamente por no máximo três dias. E preciso me viciar em algo ou apelar para os livros, que sempre cumprem sua missão. Esta é só a minha versão sobre a completa inversão de valores pela qual muitos de nós podemos estar passando. Pode ser uma versão, ou melhor, visão distorcida da realidade já que sou parte interessada no assunto. (Aliás, vocês já notaram que todos, quando são parte interessada em algo, fazem de tudo para convencer vocês que aquele caminho que escolheram, por mais absurdo que seja, é o único que existe no mundo?) 
Enfim, chega de justificativas. Se eu quiser que vocês leiam isso até o final preciso ser objetivo. Vamos começar por partes, mas sem a piada do Jack Estripador.
O que parece, frise-se parece, é que passou a ser necessário na vida de alguns que muitos cliquem no “curtir”. Não é a primeira vez que vejo isso, mas estamos virando massa de manobra de nós mesmos. Chega a ser mais importante ser curtido por uma foto tirada na festa do que ter curtido tirar a foto na festa. Não sei se vocês vão me entender. Aliás, eu posso estar querendo somente um curtir com esse texto aqui, mas no fundo não. A ideia é formar opinião, provocar a discussão, que é uma prática enriquecedora, na minha humilde opinião, ou não tão humilde assim. Mas pensem: se fosse só por um curtir eu poderia simplesmente colocar uma foto com uma mensagem engraçada. Só acho que esse nosso vício pode ser educativo e esses argumentos descabidos possam, sei lá, ser úteis. Acho que estamos sofrendo de uma síndrome de pavão, sabe. É aquele bicho que adora aparecer.
Mas a minha versão sobre a inversão de valores vai mais além, porque também sou viciado no Twitter, é... Eu fui percebendo que isso tudo só serve pra nos alienar e me envergonho de enxergar isso só agora que estou já com 27 anos. Lamentavelmente, mas pelo menos estou retirando os tubos. Talvez tudo isso pareça insano no fundo, e não me tratem como um maluco que prega a internet como o demônio, não. Longe disso. Até porque foi por ver um dos assuntos mais comentados do dia no microblog que me surgiu a ideia pra tudo isso aqui que estou escrevendo. Bem, como vamos começar a nos preocupar com questões importantes acerca do desenvolvimento de nosso bairro, cidade, estado, país se o tema mais repercutido na internet continua sendo a novela das oito?
Eu sei que muita gente me detesta porque sou um imbecil com mania de ter opinião sobre todo tipo de assunto. Principalmente aqueles que eu não entendo. Juro que não é para sacanear ninguém, e juro também que estou tentando diminuir drasticamente isso. Eu só tenho uma vontade verdadeira de ajudar as pessoas a formarem opinião, é por isso que dou palestras falando sobre a importância da leitura, é por isso que escrevi um livro onde o último objetivo era ficar rico ou famoso e é por isso que escrevi isso. Eu já usei até a teoria da pegação para incentivar o pessoal a ler, e funcionou e sinto um puta, digo, baita orgulho disso. Pois é. Se você leu isso até aqui, muito obrigado, acredito que não tenha perdido seu tempo. 

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