segunda-feira, 25 de junho de 2012

Amar é insistir


Quem ama desiste? Não, não e não. Quem ama não corre atrás, está do lado. Amar é insistir quando tudo parece conspirar contra. Quem ama acredita, mas não a ponto de ser enganado. Porque quem ama não engana!

Quem ama não se importa de parecer bobo. Porque bobo é não amar. E não amar é não viver. Quem ama sofre, mas sofre mesmo. Mas se há motivos para sofrer, o amor é o mais aceitável. Amar é aceitar até mesmo defeitos. Discussões e brigas são testes de paciência. Sentir ciúmes é amar com um pé atrás. Confiar é amar de mãos dadas.

Amar é insistir. É não ter medo de enfrentar a distância e a saudade, mas ter a exata noção de que elas incomodam. Insistir no amor é uma prova de resistência. E você pode provar para todo mundo que estava errado e eles, certos. É preciso ter muita coragem para amar. Porque amar é errar, errar, tentar acertar, errar de novo. Até dar certo! Até voar.

Quem ama não finge, e sente dor. Mas passa, até o amor passa. A dor de amor é que demora pra passar, mas também passa. Não existe segredo para amar, mas o mundo do amor é um mistério pra muitos. O amor não dá pistas, ele entrega. Amar é descobrir tesouros debaixo dos lençóis de cetim. 

Quem ama sonha com beijo na chuva, com flores e chocolates. Quem sonha com o amor acorda sorrindo e louco de vontade que fosse tudo real. Quem não ama só passa a vida dormindo e se torna louco porque sua realidade é muito distorcida. Quem ama insiste e não conhece o impossível!

domingo, 17 de junho de 2012

Ambição tática – Inter x Botafogo


  
A derrota do Internacional para o Botafogo na noite de hoje pode ser explicada pela característica falta de ambição tática. Essa definição, se ainda não existe, explica os inúmeros passes errados e até mesmo a falta de iniciativa vermelha durante toda a partida. O Botafogo iniciou o jogo como se estivesse em casa e fez até mesmo a pressão inicial dos primeiros 15 minutos sobre a equipe de Dorival Júnior.

Os jogadores colorados não encontraram a equipe do Botafogo durante praticamente toda a partida. O treinador, depois da derrota, disse que o time não encaixou e assumiu a culpa. Nobre, mas a culpa não é somente dele, frise-se. Não é porque em diversos lances de bola perdida por erros de passe os jogadores não voltaram correndo para o prato de comida, preferiram ficar desapontados com cara de fome. E tudo estourou na defesa, que pelos lados ficou fragilizada. O Inter não se aplicou na marcação e marcou passo em um jogo em casa.

O Campeonato Brasileiro é longo, não é preciso fazer terra arrasada, mas quem viu o jogo deve ter notado que em nenhum momento a equipe gaúcha pareceu ter ambição tática para vencer a partida. Isso é fundamental para um torneio disputado como esse. É importante manter um padrão, e apesar de alguns resultados ruins, o padrão vinha sendo mantido mesmo com jogadores reservas. Os titulares entraram e houve também a tradicional síndrome da vitória garantida. Isso não pode acontecer. Nós sabemos que temos um bom elenco, com algumas carências, mas não pode faltar entrega dentro de campo. Não faltou, mas até o treinador colorado admitiu o que todos viram no jogo, o adversário se entregou mais.

E os campeonatos são vencidos pelos times que se entregam mais, quando um jogador permanece machucado em campo, com uma bandagem para segurar um corte na cabeça. Um lance no jogo de hoje me mostrou que o Botafogo estava mais motivado. Uma jogada que não valia nada, quando o Inter saía para o contragolpe com o lateral esquerdo Fabrício. O atacante Vítor Júnior parou a jogada e colocou a bola pela lateral. Cerrou os punhos e vibrou. Não era gol, não era defesa de pênalti. Era ambição tática! 

sexta-feira, 8 de junho de 2012

Falar sem pensar


Vou começar um exercício novo aqui. Talvez sejam algumas confissões, talvez seja para me ajudar. Bem, um dos meus piores defeitos é falar sem pensar, e é sobre ele que inauguro a série sobre as coisas que preciso mudar e não consigo. 

Não sei se todo defeito precisa ser corrigido, e nunca tive a intenção de ser perfeito. Vejo que muitos acham maneiro falar que não nasceram para agradar ninguém. E por muito tempo eu pensei assim também, talvez ainda pense, enfim. Estou escrevendo sem pensar, mas é só um exercício para mostrar como pode ser frustrante fazer isso.

Uma das minhas características mais comuns é criticar, a tudo, a todos, e quase nunca a mim mesmo, embora eu tenha muitas coisas que eu gostaria de dizer na minha cara. Tipo me agarrar pelo pescoço e dizer assim: “olha aqui, Vinícius...”. É, colocar uma pressão mesmo. Bem, deixa pra lá. O problema é que essa mania de criticar me coloca em situações complicadas, no trabalho, na vida pessoal, amorosa, e até com gente poderosa, ou que acha que é poderosa. Enfim, falar sem pensar é terrível, e talvez seja uma questão de deselegância também. Talvez não. Sei lá... 

Vejam, já estou pensando ao escrever. Não tanto quanto deveria, mas estou. E isso me faz refletir. Não vou apagar nada disso para o texto ser o mais honesto possível, então se tiver erros já sabem por quê! 

Falar sem pensar é de um egoísmo estúpido. Vejam só... Estamos reclamando muito do frio atualmente. De dentro de nossas casas climatizadas, de nossos carros sofisticados, bebendo nossos vinhos importados e até embaixo da nossa pilha de cobertas. Pois dia desses, quando o vento estava assobiando, como se diz, vi um menino de pés descalços próximo ao meu local de trabalho, vestia uma calça de moletom rasgada e uma camiseta. “Não tá com frio, cara?”, perguntei. “Não, tio. Mas a mãe vai me bater, porque eu tava jogando bola com essa roupa novinha”, disse o moleque, passando a mão no cabelo com o corte estilizado igual o do Neymar.
E me senti um imbecil por reclamar do frio, por falar que acordar cedo é um sacrifício. Essas coisas que costumo falar sem pensar... E agora percebi como são importantes essas campanhas do agasalho, quando exercemos uma coisa legal e até socialista de dividir o que temos com quem precisa. Essas campanhas são alguns exemplos de que nosso mundo, embora muitos insistam em teorias da conspiração, ainda não está perdido, e de que tem gente que se preocupa com os outros. E eu acho que também não estou perdido e escrever sobre as asneiras que faço por falar ou postar sem pensar me ajuda a diminuir o prejuízo que isso me causa.