domingo, 17 de junho de 2012

Ambição tática – Inter x Botafogo


  
A derrota do Internacional para o Botafogo na noite de hoje pode ser explicada pela característica falta de ambição tática. Essa definição, se ainda não existe, explica os inúmeros passes errados e até mesmo a falta de iniciativa vermelha durante toda a partida. O Botafogo iniciou o jogo como se estivesse em casa e fez até mesmo a pressão inicial dos primeiros 15 minutos sobre a equipe de Dorival Júnior.

Os jogadores colorados não encontraram a equipe do Botafogo durante praticamente toda a partida. O treinador, depois da derrota, disse que o time não encaixou e assumiu a culpa. Nobre, mas a culpa não é somente dele, frise-se. Não é porque em diversos lances de bola perdida por erros de passe os jogadores não voltaram correndo para o prato de comida, preferiram ficar desapontados com cara de fome. E tudo estourou na defesa, que pelos lados ficou fragilizada. O Inter não se aplicou na marcação e marcou passo em um jogo em casa.

O Campeonato Brasileiro é longo, não é preciso fazer terra arrasada, mas quem viu o jogo deve ter notado que em nenhum momento a equipe gaúcha pareceu ter ambição tática para vencer a partida. Isso é fundamental para um torneio disputado como esse. É importante manter um padrão, e apesar de alguns resultados ruins, o padrão vinha sendo mantido mesmo com jogadores reservas. Os titulares entraram e houve também a tradicional síndrome da vitória garantida. Isso não pode acontecer. Nós sabemos que temos um bom elenco, com algumas carências, mas não pode faltar entrega dentro de campo. Não faltou, mas até o treinador colorado admitiu o que todos viram no jogo, o adversário se entregou mais.

E os campeonatos são vencidos pelos times que se entregam mais, quando um jogador permanece machucado em campo, com uma bandagem para segurar um corte na cabeça. Um lance no jogo de hoje me mostrou que o Botafogo estava mais motivado. Uma jogada que não valia nada, quando o Inter saía para o contragolpe com o lateral esquerdo Fabrício. O atacante Vítor Júnior parou a jogada e colocou a bola pela lateral. Cerrou os punhos e vibrou. Não era gol, não era defesa de pênalti. Era ambição tática! 

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