Se apaixonar
é realmente lindo. Mais bonito seria se fosse constante. Não existe paixão
constante. Existe o amor, que é mais lindo ainda do ponto de vista de cada um.
Porque o amor tem seus problemas, seus dramas. Tem o tempo que passa e traz um
monte de defeito que a paixão nunca havia mencionado quando a pessoa beijou
pela primeira vez. Se apaixonar é fácil, por isso a cultura de pegar geral
nunca sai de moda. Sempre existiu! A diferença é que agora as redes sociais
divulgam isso com mais força.
Namorar é
sobreviver... Porque amar é difícil. Tem muita influência externa, de amigos, “amigos”,
amigas e “amigas, se é que vocês me entendem. E tem a influência interna, dos
pais que não aceitam o cara porque ele anda mal vestido ou porque a menina não
é de família. “Você só vai namorar alguém de sobrenome inglês, filha de um
duque ou lorde”, falou alguma mãe em algum lugar. Os pais não dão bola, adoram
ver os guris por aí, com seus carros, passando o rodo.
Namorar é
sobreviver porque o primeiro campo de batalha é a casa dos pais dela. Namorar é
ser um exército de apenas dois soldados, lutando contra uma legião de problemas
que tem como único objetivo derrubar o amor. Namorar é por vezes se transformar
em uma indústria gigantesca com capacidade para iluminar uma cidade, mas que
faz luz somente para reacender a relação. Amar é rastejar atrás de perdão. Quem
ama tem orgulho, mas em doses diretamente proporcionais ao sentimento de
carinho entre os casais.
Viver “ficando”
é uma barbada, até os cachorros vivem assim. Difícil é manter um compromisso,
não se irritar com comportamentos que começam a ficar repetitivamente chatos,
ou com as brigas que insistem em acontecer quando tudo anda em perfeita
sintonia. Namorar é entender que não existe perfeição, e conviver com o que
incomoda. Não há relações perfeitas, em lugar nenhum no mundo, exceto entre o
Bill Gates e seus milhões, e imagino que ele se irrita muito quando perde
alguns centavos.
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