segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Namorar é sobreviver


Se apaixonar é realmente lindo. Mais bonito seria se fosse constante. Não existe paixão constante. Existe o amor, que é mais lindo ainda do ponto de vista de cada um. Porque o amor tem seus problemas, seus dramas. Tem o tempo que passa e traz um monte de defeito que a paixão nunca havia mencionado quando a pessoa beijou pela primeira vez. Se apaixonar é fácil, por isso a cultura de pegar geral nunca sai de moda. Sempre existiu! A diferença é que agora as redes sociais divulgam isso com mais força.

Namorar é sobreviver... Porque amar é difícil. Tem muita influência externa, de amigos, “amigos”, amigas e “amigas, se é que vocês me entendem. E tem a influência interna, dos pais que não aceitam o cara porque ele anda mal vestido ou porque a menina não é de família. “Você só vai namorar alguém de sobrenome inglês, filha de um duque ou lorde”, falou alguma mãe em algum lugar. Os pais não dão bola, adoram ver os guris por aí, com seus carros, passando o rodo.

Namorar é sobreviver porque o primeiro campo de batalha é a casa dos pais dela. Namorar é ser um exército de apenas dois soldados, lutando contra uma legião de problemas que tem como único objetivo derrubar o amor. Namorar é por vezes se transformar em uma indústria gigantesca com capacidade para iluminar uma cidade, mas que faz luz somente para reacender a relação. Amar é rastejar atrás de perdão. Quem ama tem orgulho, mas em doses diretamente proporcionais ao sentimento de carinho entre os casais.

Viver “ficando” é uma barbada, até os cachorros vivem assim. Difícil é manter um compromisso, não se irritar com comportamentos que começam a ficar repetitivamente chatos, ou com as brigas que insistem em acontecer quando tudo anda em perfeita sintonia. Namorar é entender que não existe perfeição, e conviver com o que incomoda. Não há relações perfeitas, em lugar nenhum no mundo, exceto entre o Bill Gates e seus milhões, e imagino que ele se irrita muito quando perde alguns centavos. 

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