sábado, 22 de dezembro de 2012

Sem garçonetes para se apaixonar

É difícil se apaixonar em Cachoeira do Sul. Vocês já notaram que nossa cidade não possui garçonetes? Pelo menos não muitas atendentes bonitas em barzinhos. Para piorar, quem nos serve a cerveja gelada são homens. Dá para acreditar? Será que as mulheres não se interessam por este emprego ou é um problema do nosso mercado? Só entro no assunto porque acredito que os estabelecimentos teriam maior retorno financeiro se as atendentes fossem lindas garotas (e a cidade está cheia de gurias bonitas desempregadas). Afirmo, estou deixando algumas vezes de curtir a boemia, e olha que a noite cachoeirense está forte, sinal de que a economia vai bem.

Garanto que ao menos eu e meus amigos iríamos gastar mais nos bares se fôssemos atendidos por meninas lindas. “Olá, querida, tudo bem? Pode me trazer mais uma cerveja? Obrigado”. Mais ou menos assim. Depois do oitavo drinque, viria a coragem e pediríamos assim: “Oi, meu benzinho. Que tal me dar o número do seu telefone?”. E elas anotariam na notinha, se já tivéssemos consumido bastante. É claro que nossas companheiras poderiam não gostar disso e provocar um barraco – talvez esse seja um ponto negativo.

Nós homens gostamos de nos apaixonar assim, saindo na noite e curtindo um sorriso. Fico até imaginando uma garçonete, morena, olhos verdes, cabelo preso e ela desfilando pelo barzinho com a minha cerveja nas mãos, unhas perfeitamente decoradas. Ou quem sabe mulata, pode ser loira de olhos azuis, ou ruiva com lindas sardinhas... Eu e meus amigos poderíamos falar de seus atributos físicos e disputar a atenção dela enquanto nos servisse. Fazendo piadinhas sem graça e machistas toda vez que a chamássemos.

Eu não entendo por que os barzinhos de Cachoeira não têm garçonetes. Queremos mulheres já, e bonitas, para nos atender. Mulheres simpáticas, com sorriso nos rostos. Que coloquem homens nos caixas dos mercados e mulheres nos barzinhos, não me importo. E que elas sejam valorizadas, sim! Que o salário seja bom, porque vai dar retorno. Vamos consumir mais, no bom sentido da palavra.

Perdoem-me se pareço um cafajeste, mas alguns homens ainda conservam o romantismo, essa busca pelo flerte indiscriminado, ainda que sejamos comprometidos. Nós não prestamos - como elas insistem em dizer. Talvez elas tenham razão. Só estou defendendo nosso desejo de sermos atendidos por mulheres nos bares, simples assim. E quem sabe, de nos apaixonarmos por uma garçonete, ficar até tarde no barzinho e dar carona para ela no final do expediente. Uns beijos dentro do carro e perguntar para ela mais ou menos assim: “Como quer que te acorde? Te ligo, ou te cutuco?”. 

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