Não me sinto bem fazendo compras em Cachoeira. Talvez por isso a variedade de peças em meu guarda-roupa seja pequena, vai saber. Por vezes sou obrigado a ir às compras. Meu irmão vai casar neste sábado, tanto que há um planejamento logístico para a viagem e então tive de fazer compras esta semana. Diferente de todas as outras vezes, fui muito bem atendido, pela gerente da Franco Giorgi. Pendurei duas camisas em quatro vezes, que acabarei pagando em duas por um costume próprio, só que isso não interessa.
Não gosto de comprar aqui porque na maioria das vezes sou mal atendido, diferente do que ocorreu na quinta. Detalhe: naquele dia, fui à loja ao meio dia. Só um empreendimento diferenciado para abrir nesse horário. Há vendedores despreparados que não sabem responder a questionamentos simples. Cachoeira tem lojas de dondocas que devem acreditar que são mais importantes que o produto e mais ainda que os clientes. Eu não entendo tecnicamente sobre “como conquistar um cliente”, mas eu sei como eu quero ser atendido. Primeiro, com atenção.
É impressionante registrar que boa parte dos estabelecimentos a gente espera um vendedor por mais de cinco, 10 minutos. Conheço um homem que veio comprar um carro para dar de presente para a mulher. Entrou em duas revendas. Na primeira olhou todos os veículos sem receber nem ao menos um “bom dia”. Na segunda, gastou uns R$ 100 mil e fez a alegria da patroa. Já assisti a uma palestra em que o cara, acho que era do Tevah, dizia que os vendedores deveriam cair do céu. Eu sei que a culpa não é dos vendedores, só que eles poderiam também se esforçar um pouco mais, em vez de apenas reclamar de salário (ninguém nunca está contente com sua remuneração).
Não gosto de fazer compras em Cachoeira porque os empresários não criam uma promoção inovadora, como um dia sem imposto – apenas para dar um exemplo. Os empresários, eis os grandes culpados, deveriam capacitar seus funcionários, e não tentar encontrar em meio aos currículos o mais novo sucesso de vendas da loja. E, claro, deveriam valorizar os profissionais que vendem mais. Quem sabe um concurso na loja, uma viagem de fim de ano com tudo pago para quem somar mais vendas? Fica a sugestão.
Muitos amigos contam que foram mal atendidos por estarem mal vestidos. E isso é uma realidade, já tirei a prova. Certa vez fui procurar um tênis com uma daquelas camisas de banda bem velha, desbotada, eu era adolescente e fui ignorado completamente, como se tivesse uma doença contagiosa. Até imagino que isso não seja exclusividade de Cachoeira. O que não desfaz minha vontade de reclamar.
Agora, um lance mais pessoal. Quando vou fazer compras, não quero que o vendedor finja ser meu amigo, espero que ele seja natural, que mostre o produto, que até insista em outras compras, mas que saiba dosar isso. Só uma reflexão final agora.
Dia desses um amigo com formação na área comentou sobre a estratégia do pós-venda. Parei pra pensar e percebi que nunca recebi na vida uma ligação depois de fazer uma compra, para saber se estava satisfeito com o produto. Mas tenho esperança, ainda sou novo. Quem já passou por isso acaba fiel ao empreendimento, fala bem dele. Quem é bem atendido também. Então por que acontecem convenções e mais convenções e eventos e o atendimento de forma geral não melhora?
domingo, 28 de julho de 2013
segunda-feira, 22 de julho de 2013
O que uma mulher deve fazer?
Nos últimos dias tenho sentido um machista saindo de dentro de mim. Por favor, não sejam imbecis de maliciar a frase, ainda que eu tenha feito isso de propósito apenas para provar uma tese de como a interpretação às vezes é previsível. Sinto que a personalidade machista de tempos atrás tem deixado de existir, basicamente. No fundo eu sempre soube que era feminista porque acho que elas devem ter os mesmos direitos que a gente, e toda aquelas paradas maneiras. Eu sei que muitas mulheres devem pensar que os homens as enxergam apenas como um objeto qualquer. Na verdade, a maioria as vê como um BELO objeto!
Quem começou a ler minhas colunas agora não sabe há quanto tempo escrevo exatamente. A mania iniciou por volta dos 13, 14. Quando comecei a escrever um pouco melhor (e não acho que escreva bem ainda), lembro de diversas vezes postar no blog crônicas sobre as formas como as mulheres deveriam se comportar, se vestir, agir, essas coisas. E eu nunca pensei no quanto estava sendo preconceituoso em relação a elas, vejam só! Ainda tenho alguns preconceitos, entendam que não é assim tão simples deixar a imaturidade de lado.
Esta semana pensei:
“Uma coisa que toda mulher deveria fazer: o que ela quiser”.
Sim. E me perdoem quem acha que falo demais sobre elas, mas nunca senti nenhum tipo de atração, nem interesse pelo universo masculino. Como diz um amigo, se não existissem mulheres no mundo, os homens nem trabalhariam e viveriam pescando e jogando bola.
Como jornalista formado e forjado dentro de uma redação, uma das coisas que mais defendo profissionalmente é a liberdade da imprensa e também de pensamento. E eu seria incoerente demais (como já fui, e ainda sou às vezes) se não pregasse que mulheres devem, sim, fazer o que elas quiserem.
Quer ir pra balada e passar o rodo? Se joga, garota! Quer usar roupas coladinhas e decotes mostrando os seios? Manda ver! (Aliás, por favor). Quer namorar e mesmo assim ter outros lances? Pois, faça, minha querida. Está pensando em usar aquela cinta-liga sensual que viu na vitrine da loja, mas não teve coragem? Pois tenha coragem! Tenho inúmeras amigas que são assim, que agem sem ligar para o julgamento dos outros e eu as admiro por essa autenticidade.
Só tem uma parada que eu não curto, e aqui não é uma crítica às mulheres, mas em geral: não paguem de inocentes. Se você quer ser livre pra fazer o que quiser, seja também autêntico e não fique criando um personagem perfeitinho pra aparecer legal pra sociedade. Sei que isso se torna incoerente diante do que vinha escrevendo antes. Só que eu não sou reto, tenho defeitos e quer saber, dane-se.
É isso, tem uma coisa que toda mulher deve fazer: o que ela quiser, a hora que quiser, como ela desejar e com quem ela pretender.
terça-feira, 16 de julho de 2013
Tell me that u open your eyes
Esse título americanizado aí é o refrão de uma canção de uma banda que não recordo o nome e nem quis procurar no Google pra informar com precisão. Queeeeeeeeeeeeem sabe em alguns instantes eu lembre o nome, ah sim, Snow Patrol (http://www.youtube.com/watch?v=fk1Q9y6VVy0). Pronto!
Mas por que, você pergunta, eu escrevi esse lance ali no espaço sagrado do título??? Simples, meu querido navegante virtual...
Essa era a canção que tocava quando recebi a notícia que mais devastou a minha vida até hoje. Ligaram do hospital pra dizer que ele havia partido, abrindo um buraco desgraçado no meu coração e me afogando em lágrimas que fui chorar só uns 20 dias depois do enterro. Parecia ironia que tocasse na hora que ele faleceu algo que soava “me diz que você abriu seus olhos”. Massssssssssss não é sobre uma parada triste e depressiva que eu pretendia escrever, não!
Quero falar da importância de amigos que têm essa capacidade, de nos abrir os olhos e enxergar os erros que estamos cometendo com nossas vidas. O quanto estamos nos afastando da palavra do Senhor, nãoooooooooooo, mentira, eu não escrevo sobre religião. Hehe. É sobre essa parada de amizade mesmo, e de como a gente se sente autossuficiente na maioria do tempo e não percebe como nosso comportamento é uma (merrrrrrrrrrrrrrdeixa pra lá) para com pessoas que gostamos/amamos.
Então, em verdade vos digo que abri os olhos. E venho tentando ver com mais clareza essas paradas chatas que rolam porque sei lá começaram a rolar. Como é difícil escancarar nossos defeitos. Humanos, aff! Depois de questionar se abrimos os olhos, a música seguia num ritmo tranquilo, sincero, como palavra de amigo, que te aconselha mesmo quando tu tá pisando na bola. É, foi pra ti mesmo que escrevi isso, amigo (a).
Mas por que, você pergunta, eu escrevi esse lance ali no espaço sagrado do título??? Simples, meu querido navegante virtual...
Essa era a canção que tocava quando recebi a notícia que mais devastou a minha vida até hoje. Ligaram do hospital pra dizer que ele havia partido, abrindo um buraco desgraçado no meu coração e me afogando em lágrimas que fui chorar só uns 20 dias depois do enterro. Parecia ironia que tocasse na hora que ele faleceu algo que soava “me diz que você abriu seus olhos”. Massssssssssss não é sobre uma parada triste e depressiva que eu pretendia escrever, não!
Quero falar da importância de amigos que têm essa capacidade, de nos abrir os olhos e enxergar os erros que estamos cometendo com nossas vidas. O quanto estamos nos afastando da palavra do Senhor, nãoooooooooooo, mentira, eu não escrevo sobre religião. Hehe. É sobre essa parada de amizade mesmo, e de como a gente se sente autossuficiente na maioria do tempo e não percebe como nosso comportamento é uma (merrrrrrrrrrrrrrdeixa pra lá) para com pessoas que gostamos/amamos.
Então, em verdade vos digo que abri os olhos. E venho tentando ver com mais clareza essas paradas chatas que rolam porque sei lá começaram a rolar. Como é difícil escancarar nossos defeitos. Humanos, aff! Depois de questionar se abrimos os olhos, a música seguia num ritmo tranquilo, sincero, como palavra de amigo, que te aconselha mesmo quando tu tá pisando na bola. É, foi pra ti mesmo que escrevi isso, amigo (a).
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