Não sou popular, em nenhum momento do meu um quarto de século de vida isso aconteceu. No jardim de infância, era o tímido e na escola passei a bagunceiro. Hoje, atuo aqui e nos bastidores das decisões mais importantes e vergonhosas que são tomadas nos cantos do poder em Cachoeira do Sul, a cidade que eu amo (ame você também!). Gosto de me sentir uma personalidade rejeitada e só por isso não faço questão de ser simpático com a nata da sociedade. Até porque sou muito cético quanto à atuação desse pessoal pseudoimportante no crescimento do nosso espaço comum.Esta semana, me senti importante de verdade porque intermediei – dentro das minhas possibilidades – uma grande conquista para esse município. Não pensei duas vezes antes de repassar uma informação valiosa para que a cidade pudesse ser beneficiada com obras de envergadura. Aliás, o maior investimento que será feito na cidade no atual governo. Ainda assim, não quero reconhecimento. Até fazendo jus ao nome deste blog, prefiro continuar atuando assim nos bastidores da realidade. É até uma espécie de lobby, mas do bem. Fazer isso é quase o mesmo que dar um presente a uma criança carente, doar roupas no inverno, essas coisas. Faz bem. A nata só faz festa para conseguir esse tipo de coisa e enche a cara, enquanto os credores batem à sua porta todos os dias. Não quero uma vida de fachada, não quero ser parte da roda social, que gira em torno do umbigo de cada um.
E estranhamente atuar como editor do Formigão, escrevendo matérias para os jovens, me fez pela primeira vez ser pop – ou quase isso. E ainda que eu não aceite e nem queira me tornar referência para ninguém, até pela complexidade das minhas ideias e da minha personalidade, eu sinto que posso fazer pela galera, por essa juventude que por muitos é desacreditada, aquilo que gostaria que tivesse sido feito por mim. Por isso, não posso integrar a alta sociedade, porque acredito sinceramente que escrevendo matérias que causem divergência, que façam essa molecada opinar e se posicionar, eles podem finalmente ser a mudança que sempre se esperou deles. É por isso que tento filtrar alguns assuntos e dar importância a outros de mais importância. Se eu fosse da alta sociedade, escreveria um monte de futilidade apenas para agradar. Mas eu sei que escritores precisam desacomodar, não colorir o mundo com mentiras que rendem dinheiro.
2 comentários:
nouuussa!
isso sim que eh um crítica fundamentada, digamos que um tapa de luva.
ja tens um admirador do seu trabalho Vinicius Severo.
Bom ter suas opiniões e comentários por aqui, amigo de sempre.
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