quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Que porcaria é essa de novela?

Uma das coisas que mais detesto é chegar a minha casa todas as noites e disputar o poder com a minha mãe. Sim, porque eu trabalho sempre até tarde da noite e quando finalmente tenho algumas horas de descanso gostaria de assistir à televisão e ter uma das invenções mais sensacionais da humanidade nas mãos, o controle remoto. Mas que porcaria é essa de novela? De segunda a sexta-feira, e até no sábado, quando todo mundo está na rua bebendo cerveja, as mães ficam paradas, ou seria taradas, na frente da televisão vendo uma porcaria de novela.

É claro que muitas meninas vão pensar em criticar esse texto porque amam novela. Claro, mulher adora essas frescuras. Assistir uma merda durante nove, dez meses e depois reclamar do final. Sabe o que dá vontade de dizer na hora que elas reclmam do fim? Sim, mandar para muito além daquele lugar ou então beber qualquer coisa em suas cavidades anais. Porque eu não vou dizer para minha mãe tomar no cu, mas né... Lógico que dá vontade. Até porque novela é tudo igual. Será que eles não têm capacidade de escrever algo melhor do que o mocinho se apaixonando por uma piranha, que se interessa por outro cara e aí fica naquela porra de triângulo amoroso?

Mas o que me incomoda mesmo nestas novelas, principalmente as globais que a mãe gosta de chamar de “minha novela”, é a completa alienação. Vocês já viram os personagens trabalhando nas novelas? Já viram favelas? Tudo bem, até aparece uma vez que outra, mas completamente distorcido da realidade. Em novela, tudo é bonito, lindo, fofo, até parece que é a Capricho que escreve as porras dos roteiros dessas merdas. Nossa é um saco. É por causa de coisas assim que os homens foram obrigados a inventar algo sensacional: o jogo nas quartas-feiras. Ou de que jeito conseguiríamos que este inferno de novela acabasse cedo?

Outra coisa que não entra na minha cabeça. Como você é capaz de ver uma coisa que já sabe o fim, o meio e até o início. Os mocinhos transam, traem e no final ficam juntos e se casam – provando que o matrimônio é mesmo o fim de tudo. Isso quando não decidem influenciar a população pobre a colocar mais filho no mundo. E aí, velho, tu tem que torcer pra não nascer mulher, senão mais uma vez o controle remoto vai ficar dominado por essa tremenda sacanagem. Não adianta, é um círculo, está tudo interligado e quem se ferra é a gente. E quem quiser defender as novelas, comenta aí, que depois do futebol eu leio.

domingo, 21 de novembro de 2010

Geração (des)informada?

Estamos saindo de 2010. Tenho certeza que lá no passado, quando tinha uns 12 anos e assistia ao Chaves no SBT, eu pensava que existiriam carros voadores em meados dos anos 2000. Sou de uma geração que cresceu bebendo Coca-Cola, vivi sempre ouvindo os adultos menosprezando a capacidade dos jovens (isso ainda acontece) e entre os fatos históricos que acompanhei posso destacar a derrubada de um presidente do país, embora na época não tivesse muita noção do quanto isso era grave.

Acho que essa “noção de mundo“ é uma das principais mudanças que a era digital, a era da informação, consegue provocar na cabeça de muitos adolescentes. Nós temos contato com o mundo e a partir de um clique descobrimos tudo que acontece no nosso país, fora dele e se existisse vida em outro planeta, como os malucos de Hollywood insistem em nos convencer, tenho certeza que um site já teria postado a notícia no Twitter. A geração atual não é desinformada como o título dessa coluna provoca. A geração de hoje possui uma arma poderosa em suas mãos, uma janela para o mundo em sua frente e a usa a maior parte do seu dia. E fazem isso enquanto seus pais imploram para que saiam do computador. Mas por que, senhores pais? A informação está ali, o mundo está ali dentro.

Há 12 anos, mais ou menos, eu não acreditei quando os vanguardistas disseram que seria analfabeto no futuro quem não soubesse usar um computador. Hoje, eu estou convicto de que a inclusão digital e o uso correto desta ferramenta podem transformar a sociedade jovem.

E a criação deste portal, uma inovação em Cachoeira do Sul, uma cidade conhecida pela falta de empreendedores, é uma prova disso. O CH Web Shop nasce da iniciativa jovem, e consegue conquistar a atenção do mercado como um todo. Sim, a internet é a galinha dos ovos de ouro e eu acredito que ela é capaz de transformar a realidade da nossa juventude em todos os níveis sociais. Isso vai acontecer com a ajuda de outras forças, com a ação conscientizadora dos pais, com o aprendizado na sala de aula, com a curiosidade de descobrir novidades, com a vontade de expressar ideias e principalmente o desejo de crescer. Hoje, estou na função de editor do único jornal jovem de Cachoeira, e a experiência neste trabalho me fez perceber que a sociedade precisa olhar para os jovens com esperança, sim, e não com olhar de reprovação.


Ah, este texto também pode ser visto no portal CHWebShow www.chwebshop.com.br

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Manual do político burro

Provavelmente, depois de eleito, todo político lê um manual como este, ou outro pior. Os eleitores normalmente se surpreendem com as coisas que eles prometem e não cumprem, com a falta de ações, com o populismo, mas tem tanta atitude imbecil que fica difícil entender a capacidade deles para serem boçais. Isso quando não são corruptos, mas isso me chateia demais para abordar aqui.

No manual do político burro, está escrito que uma das primeiras atitudes a serem feitas após a eleição é não tomar atitude nenhuma. A ideia é revirar o governo atrás de furos do seu antecessor. Depois, ele pode brigar com a imprensa porque não gosta que seus erros administrativos sejam noticiados. Então, ele aproveita o tempo de blindagem natural enquanto as urnas ainda estão quentes.

A próxima estratégia do político burro é se cercar de aproveitadores que na maioria das vezes pouco ou nada fazem. São os chamados terneiros, criaturas que passam sua vida levantando uma bandeira para ter finalmente seu dia ao sol, ou a uma teta. Alguns militantes políticos, não todos, só pensam nisso. No dia em que terão um cargo público para descansar e os políticos burros adoram este tipo de canalha.

Depois, levado por sua falta de inteligência, o político burro não dá continuidade aos bons projetos de governos anteriores, por ciúmes. Ou, se for mais inteligente, ele só muda o nome do projeto, preferencialmente a um termo populista que caia no gosto do povão.

E as estratégias não param por aí. O político burro vai colecionando inimizades com figuras estratégicas de sua sociedade. Na sua frente, o político não tem nada de burro, ele é malandro, bajula, agrada. O problema é que ele não é capaz consegue evitar falar bobagens quando está em grupo.

Como seu brilho não ilumina uma caixa, ele precisa aparecer falando mal dos outros. E sempre tem alguns terneiros por perto para fazer coro ao que o chefe disse. Afinal o patrão pode o despedir a qualquer momento. Mas é claro que de burro mesmo nenhum político tem nada. Ora, eles recebem a grana de otários que nem os criticam quando ele faz merda ou fala a palavra merda. Acho que passou da hora de político eleito ser encarado como estrela e passar a ser cobrado por suas promessas.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

A vida é um jogo de Poker

O velho embaralhava as cartas enquanto falava, demonstrando sua sabedoria e simplicidade ao comparar a complexidade da vida a um jogo de Poker. Ele ajeitava os óculos devagar, distribuía as cartas e fazia sua reflexão. Era algo mais ou menos assim:

“Olha, guri. Se você prestar atenção, a vida é um jogo de Poker, um grande torneio. Todos são jogadores, você vai perceber que alguns tem mais fichas que os outros. Vai se surpreender como os que têm mais recursos esbanjam em jogadas praticamente inúteis, enquanto outros conseguem sobreviver na disputa mesmo estando sempre no limite de suas finanças”.

Ao pegar algumas fichas para apostar, o velho olha para o horizonte e encara o garoto, atento, que tenta aprender a ganhar uma partida daquele novo jogo. “Talvez uma das coisas com que você vai se surpreender é que há diversas formas de vencer na vida, assim como no Poker. Para alguns, basta ter sorte, um lance de sorte, um momento. Pode ser a última carta aberta em cima da mesa, aquela que completa uma sequência e te faz vibrar com as fichas conquistadas”. Lentamente, ele para de falar para preencher o copo com mais uísque, que bebe como se experimentasse o último sabor da vida. Depois de repetir o ritual em um novo gole, ele continua.

“Há ainda os competentes, que sabem analisar sua posição na partida, seus recursos e esperam o momento certo para apostar alto, para sair de seu casulo e buscar o sucesso. Não são franco-atiradores, eles não apostam tudo, não sem conhecer o terreno, sem ver as primeiras cartas do flop serem abertas. Eles esperam um straigh flush, um full house, e garantem a vitória na base da competência, do cálculo, do controle”. Ao tirar uma carta da manga, mostrando um ás, o velho prossegue sua reflexão.

“E existem ainda, garoto, aqueles que roubam e mentem, que se aproveitam da inocência, inércia ou imperícia dos adversários para acumular mundos e fundos. Assim é o Poker, assim é a vida. O seu comportamento também muda como no jogo. Em mãos onde você perde constantemente, o chamado downswing, você precisa parar e refletir. Precisa pensar se está no caminho certo, assim como não pode se empolgar quando acumular vitórias. Você precisa ter o controle do jogo, mas é claro que para isso precisa aprender a lidar com suas emoções. Então, aprenda a jogar, conheça e respeite seus adversários, e quando achar que está tudo perdido, analise seu momento e aposte todas suas fichas, pois enquanto as tiver haverá esperança”.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Meu amigo matou um cara

Quando você vive em uma redação de jornal, crimes, assassinatos, tragédias e corrupção passam a ser parte do seu cotidiano e de certa forma você até se acostuma com isso. E em muitas oportunidades, você é capaz de se tornar até uma pessoa fria para alguns acontecimentos. De qualquer forma, jornalistas também são seres humanos e, claro, têm sentimentos em relação a alguns casos. Nesta semana pela segunda vez vivi a experiência de acompanhar uma tragédia com alguém próximo. Meu amigo matou um cara, de forma até cruel, na traição, como se costuma dizer nos filmes.

Eu recebi a informação quando vinha para o trabalho e a primeira reação foi de incredulidade, até pensei se tratar de uma piada ou mais um caso exagerado. Esse meu amigo, lamentavelmente, estava há muito tempo sofrendo no mundo das drogas. Não poucas vezes falei para mim mesmo da pena que era um cara com enorme talento desperdiçando a sua vida no álcool e no pó. A sociedade (e me incluo na lista) costuma julgá-los como sem vergonhas, vagabundos, do alto de sua idoneidade, correção e preconceito. E não estamos fazendo quase nada para acabar com problemas como esse. Eu não lembro de ter ajudado nenhum dia meu amigo a enfrentar o vício, como outros colegas dele tentaram ao menos. Eu fui omisso, embora não raras vezes ele tenha sido atencioso, prestativo comigo.

Agora, para a sociedade, ele é um assassino, um animal que deve ser retirado do convívio para ser jogado em uma cela e pagar por seu crime. E provavelmente isso seja realmente necessário, embora a cadeia devesse servir para ele se recuperar, ao invés de somente deixar que se acabe ou se torne um criminoso com novas especialidades, porque todos sabem que a prisão é uma escola do crime. Para nosso senso de Justiça, acho que meu amigo deve, sim, pagar por seu ato. Sou do tempo da pedra em que se você erra, tem que pedir desculpas, e se o erro é grande precisa de um corretivo. Não aquela coisa de olho por olho, porque alguém já escreveu que assim o mundo acabará cego.

E estou tirando algumas lições de todo este episódio. Um dia, num acesso de insanidade, você pode jogar a sua vida fora. São segundos de uma decisão que estragam anos, décadas. Fiquei mais convicto ainda do mal que a droga nos causa, a todos nós. Neste caso, são duas famílias e uma imensidão de amigos e uma sociedade chocada, abalada, cheia de opiniões sobre o problema, mas com poucas soluções e menos ações para acabar com problemas dessa envergadura. Mas nós vamos continuar assistindo a isso, porque alguns acham bonito tomar um porre e sair por aí dirigindo, outros não veem problema algum em cheirar um pó e para piorar tem aqueles que estão se lixando se alguém foi assassinado. E do meu amigo, só posso esperar que um dia se recupere e que seja perdoado... Ou ele terá o mesmo destino de sua vítima.

domingo, 7 de novembro de 2010

Homem à moda antiga

Já não existem mais homens como antigamente. O pessoal não gosta mais de correr riscos, e o pior é que nem para ganhar uma gatinha. Sim, hoje a molecada prefere ficar trovando pela internet, preparando o terreno para evitar o fiasco de tomar um toco. Mas parem para pensar comigo, prezados leitores, será que é tão frustrante assim ouvir um não? Se sua resposta é sim, você não é um homem à moda antiga. Mas relaxa, o bom do ser humano é sua capacidade de evoluir e de corrigir suas práticas equivocadas.

O homem à moda antiga não tem medo de atravessar o salão da boate para dizer para uma garota que ficou a noite inteira a secando e que sua vida não terá sentido se não ganhar pelo menos um beijo dela. Sim, o homem de antigamente é exagerado, às vezes suas frases podem até ser uma grande mentira. Mas e daí? O importante - e você pode aprender isso desde já - é que o percentual de aprovação desta estratégia ultrapassa os 90%. Os caras de antigamente também não têm um pingo de vergonha de abordar uma mulher que não sabe sequer o nome. Ele sabe que não tem nada a perder e que, se sua chegada funcionar, só vai ter motivos para comemorar.

O problema do pessoal de hoje é que eles não percebem isso: a chance de se dar bem é enorme. O problema é que ter autoconfiança para fazer isso é complicado. Vamos raciocinar, é bem parecido com pedir emprego. Mesmo que você não tenha as qualidades para a vaga que está tentando, você só vai perder tempo tentando. E a recompensa é um trampo, dinheiro fixo no final de todo mês, ou no caso do romance pelo menos uns sete beijos durante o encontro.

E é por isso que os homens à moda antiga não se importam muito com sua reputação, porque depois que você conquista o primeiro emprego (a primeira gata), você tem bagagem para encarar outras situações e testar novas formas de aproximação.

Para o cara das antigas, não interessa se ele for dispensado por uma menina que ele não esteja completamente apaixonado, até porque isso só vai acontecer mesmo depois que ele a conhecer. Homem que se apaixona sem experimentar é um idiota moderno. Homem precisa chegar, não pode ter medo de tentar, tem que arriscar, tem que se jogar mesmo, se dedicar e dar o recado. É simples, as chances de se dar bem e mal são as mesmas. E se o cara for um pouco inteligente ele vai saber de antemão onde nem adianta tentar. Mas tem que ser inteligente. Se a gata já deu abertura, na maioria das vezes é porque ela está interessada. Mulher não dá moral pra trouxa, mulher não gosta de trouxa. E não confunda abertura com amizade, mas isso nem precisa explicar porque vocês sabem que amigo de mulher é cabeleireiro.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Táticas infalíveis pra catar gatinhas

Atenção, garotos sedentos por novidades no mundo dos relacionamentos! Que tal tirar a carinha da frente do Twitter e começar a se dar bem com a mulherada de vez em quando? Pois então, quem mais poderia ajudar vocês além desse gordo experiente, ex-galinha e sem noção? Qualquer pessoa, né. Enfim, só eu me presto a vir aqui e revelar táticas infalíveis para catar gatinhas, então curte aí.

Importante: todas essas manhas já foram testadas e funcionam, e se não derem certo com você não vou te devolver o tempo que você perdeu lendo esse post, portanto dedique-se a fazer a coisa direito como expliquei. Existem vários caminhos para o sucesso com o mulherio.

O primeiro e mais simples: seja bonito, alto e tenha uma barriga bem definida (jamais em formato de bola de basquete como a minha). Dito isso, se você não tem essa qualidade imprescindível que funciona em 100% das tentativas, não se desespere. Existem truques que são capazes de enrolar a cabecinha delas e fazer com que você tire uma casquinha bem legal.

Você sabia que mulher é superpiedosas. Então, minta para ela dizendo que você foi chifrado, que está arrasado, que pensou em suicídio. E na hora que ela ficar com aquela carinha de choro por sua causa, diga que a única coisa capaz de te salvar seria um beijo dela. E capricha no beijo, porque né.

Se isso não funcionar, aposte na manipulação. Descubra o que falta na vida daquela garota que você quer, e use isso a seu favor. Isso mesmo, saiba desde já que por mais que elas aparentem segurança, no fundo todas têm um problema e na maioria das vezes é falta de atenção. Todo cara pegador sabe e abusa muito disso. Isso é a explicação, inclusive, para o aumento no número de casos de traição entre as mulheres casadas. Elas procuram um cara que dê pelo menos atenção a elas, não somente em cima da cama, sacaram?

Para encerrar, porque o texto está ficando enorme e eu sei que vocês detestam ler, existe uma tática que sempre dá certo com meninas que se acham as poderosas. Trate-as mal. Exatamente. Não há nada que enfureça mais as beldades do que serem ignoradas. Mostre que você no fundo não precisa dela, mas de uma forma sutil. Ela vai comer na sua mão.

Agora, atenção: quando a garota está apaixonada não adianta. Não é culpa sua, mas normalmente, em se tratando de relacionamentos, elas querem sempre o impossível. Então, trate de usar a persuasão e mostre que Missão Impossível é coisa do Tom Cruise e que elas podem ter você sem muito esforço. Afinal, você terminou de ler este texto e já é um pegador graduado. E gurias, se não gostaram do texto comentem aqui, gritem, esperneiem, mas parem de me provar todo dia que estou coberto de razão.