quarta-feira, 25 de junho de 2014
Nem se...
Nem se tivesse te inventado, como um desses textos escritos esperando que tu existisse, teria acertado a mão tão bem. Não haveria tanto interesse, ou curiosidade, ou qualquer parada além. Nem ficaria só na vontade, rolaria coragem, pra dizer coisas que tenho medo, que talvez seja mais que um simples desejo,
Nem se eu soubesse rimar tudo perfeito, as coisas teriam rolado desse jeito. Nem se tivesse te inventado, como um sonho daqueles mais adoidados, as coisas estariam rolando assim tão rápido, nada invocado. A gente sabe quando tá apaixonado? E tenta entender, tenta transcender e guardar o momento, uma nuance. Mas ele passa, e você nem disfarça que também quer viver esse lance.
Nem que tivesse planejado, o amor não acontece assim, esse sentimento desgraçado. Mas por que você fica rindo, se eu não disse nada engraçado? E que sensação é essa, por que essa vontade de estar aí do teu lado?
E se te conquistar, e parar de sonhar e planejar, e só deixar rolar, talvez aí, eu consiga me encontrar. Mas a culpa é minha que te procurei, talvez eu soubesse ou quisesse, encontrar um alguém. Nem se tivesse te escrito, estaria aqui meio perdido, pensando em ti como num desespero, eu sei que isso é um pouco exagero, mas e daí? Se não for nada disso, eu fico de boa, minha mente é aberta, mas desde que você entrou na minha vida, sinto que ela está completa.
terça-feira, 24 de junho de 2014
Pasta de dente
Ele estava apaixonado. Ela não, mas queria. Desejava sentir aquilo que as amigas diziam de sentir aflição esperando a ligação no dia seguinte. Queria ter até ciúmes e fazer aquelas cenas quando outra garota curtisse a foto dele na rede social. E pensou até em brigar com ele se um dia fosse trocada pelo futebol. Mas não conseguia. Aninha não conseguia ser assim. Porque era apaixonada pela sua vida. E pensou que seria complicado isso de se apaixonar.
Ele estava completamente maluco por ela. Pelo menos foi o que falou naquela tarde, depois que saíram do cinema, em que ela fez piadas sobre o filme enquanto mexia no celular esperando que ele manobrasse o carro. O cara fez uma cena incrível na outra vez que se viram. E prometeu fazer tudo por Aninha. Foi quando ela deu de ombros e pediu.
“Para, velho”.
Foi então que ela explicou que não queria um cara que fizesse tudo por ela. “Que noia, meu, pra que eu quero isso? Olha, eu curto ficar contigo, mas que exagero”, disse, rindo, arrumando o piercing do nariz. Ele tentou protestar, tentou mesmo:
“Você não entende que faço isso porque te amo? Eu jamais te trairia, gata”.
Então, Aninha pediu para ele sentar, ali mesmo no banco da praça. E começou a falar.
“Cara, beleza, você me ama. A gente transou ontem, foi massa. Só relaxa. Você vai me trair, é só aparecer oportunidade. Então, não vem de promessas, não vem de exageros, que tudo isso me cansa. E você me promete tudo, eu não quero nada. Relaxa, cara”.
O rapaz se desespera, acredita que Aninha não quer mais nada. mas justo agora, depois de uma noite de amor. Ou melhora, havia sido uma tarde de amor. Tudo bem, foi menos de uma hora de amor porque o telefone dele tocou e era da empresa, e foi preciso sair correndo. Mas havia sido bom, ele pensava.
“Velho, relaxa. Eu gosto mesmo de você e tô curtindo. Mas não faz tudo, sério. Deixa rolar, assim tá bom não é? Que mania vocês têm de querer saber o futuro, um final feliz. Se você quer final feliz, já pensa em acabar. Poxa, que merda isso! Eu não quero um final feliz, quero um enredo bacana. E se você se ligar, amor é complicado, tem casal que termina porque apertaram a pasta de dente no lugar errado. Eu não consigo nem perder muito tempo pensando nisso. Vamos fazer o seguinte, não faz nada hoje por mim. Só me beija e me leva pra tua casa. E rasga de novo a minha blusa sem querer que nem você fez ontem...”.
Ele estava completamente maluco por ela. Pelo menos foi o que falou naquela tarde, depois que saíram do cinema, em que ela fez piadas sobre o filme enquanto mexia no celular esperando que ele manobrasse o carro. O cara fez uma cena incrível na outra vez que se viram. E prometeu fazer tudo por Aninha. Foi quando ela deu de ombros e pediu.
“Para, velho”.
Foi então que ela explicou que não queria um cara que fizesse tudo por ela. “Que noia, meu, pra que eu quero isso? Olha, eu curto ficar contigo, mas que exagero”, disse, rindo, arrumando o piercing do nariz. Ele tentou protestar, tentou mesmo:
“Você não entende que faço isso porque te amo? Eu jamais te trairia, gata”.
Então, Aninha pediu para ele sentar, ali mesmo no banco da praça. E começou a falar.
“Cara, beleza, você me ama. A gente transou ontem, foi massa. Só relaxa. Você vai me trair, é só aparecer oportunidade. Então, não vem de promessas, não vem de exageros, que tudo isso me cansa. E você me promete tudo, eu não quero nada. Relaxa, cara”.
O rapaz se desespera, acredita que Aninha não quer mais nada. mas justo agora, depois de uma noite de amor. Ou melhora, havia sido uma tarde de amor. Tudo bem, foi menos de uma hora de amor porque o telefone dele tocou e era da empresa, e foi preciso sair correndo. Mas havia sido bom, ele pensava.
“Velho, relaxa. Eu gosto mesmo de você e tô curtindo. Mas não faz tudo, sério. Deixa rolar, assim tá bom não é? Que mania vocês têm de querer saber o futuro, um final feliz. Se você quer final feliz, já pensa em acabar. Poxa, que merda isso! Eu não quero um final feliz, quero um enredo bacana. E se você se ligar, amor é complicado, tem casal que termina porque apertaram a pasta de dente no lugar errado. Eu não consigo nem perder muito tempo pensando nisso. Vamos fazer o seguinte, não faz nada hoje por mim. Só me beija e me leva pra tua casa. E rasga de novo a minha blusa sem querer que nem você fez ontem...”.
domingo, 22 de junho de 2014
Ensinando a conquistar
“Eu não sou como você, cara. Não tenho essa facilidade com as mulheres”. A frase de Carlinhos era de dar pena, cabisbaixo, conversando com o amigo Cadu no pub. Cervejas suando na frente de um, lindas garotas dançando na pista a poucos metros e o uísque nas mãos de Cadu.
O rapaz reclamava de não saber o que dizer para as mulheres, não sabia como não ficar nervoso para se aproximar. Foi quando Cadu tomou um gole que esvaziou seu copo, fez uma carinha feia e levantou-se, pedindo para o amigo apenas observar. Carlinhos ficou ali atento, com a sensação que o amigo iria lhe humilhar.
Aquela sensação tinha explicação. Amigos desde os tempos do colégio e também na faculdade, Cadu era sempre fez o tipo conquistador e poucas vezes não conseguiu a garota que desejava. Tanto que os amigos o usavam como isca quando iam às festas e o atiravam num bolo de garotas. Ele sempre retornava com elas, mas jamais ousaram perguntar o segredo que usava para tal façanha.
Cadu foi direto à pista de dança e logo começou a conversar com as garotas que lá estavam. Carlinhos observava de longe. Logo, uma das meninas estava sorrindo e Cadu mexia no celular. Menos de dois minutos depois, Cadu retorna e apresenta Rafaela ao amigo. E a beija ali, do lado da mesa. “Depois a gente fala mais, Rafa. Vou conversar com meu amigo”, e a garota se despede, sorrindo. “Tá, vendo”, protesta Carlinhos, “é por isso que eu não gosto de sair contigo”, diz, dando risada.
“Calma, cara. Vou te ensinar a conquistar”, falou Cadu. Pediu outro uísque e começou a explicar o que o amigo deveria fazer. “Primeiro, existe uma palavra mágica na arte da conquista que poucos conhecem”, iniciou.
“Então, me diz qual é logo”, insistiu o amigo.
“Oi”, respondeu Cadu.
“O que, como assim?”
“É isso mesmo. Você precisa dizer oi. A maioria dos caras como você que reclama de não conquistar uma garota perde a partida antes mesmo de tentar. É como o treinador do nosso time do colégio. Lembra quando ele disse que precisávamos empatar para ir à final de um campeonato e perdemos o jogo? Pois é. Você não pode entrar num desafio sem mirar a vitória. Com as mulheres é isso. Só algumas poucas gostam de caras tímidos, e isso porque elas acreditam que esses não são cafajestes e jamais vão ser traídas. E o pior é que serão! Então, você precisa demonstrar segurança e saber analisar suas chances. No fundo, não existe um segredo pra conquistar se uma mulher não estiver nenhum pouco a fim de você, então a análise de mercado, como aprendemos na economia, também é importante”.
Carlinhos queria saber mais. “Ok, mas e agora. O que você fez para aquela loiraça vir aqui e te beijar?”.
“Nada demais, falei que ia a beijar porque não havia nenhuma outra mulher que me fizesse desejar isso aqui no pub”. Carlinhos ouviu outros conselhos, mas achou melhor não colocar nada em prática naquela noite. Já Cadu mandou uma mensagem para o celular de Rafaela e passou a noite na casa da garota, que no outro dia de manhã perguntou: “E aquele seu amigo que não saía da mesa? Minha prima estava interessada mandando sinais pra ele, mas o cara não saiu do lugar”.
“Esquece ele, ainda temos uma hora pra ficar aqui”.
O rapaz reclamava de não saber o que dizer para as mulheres, não sabia como não ficar nervoso para se aproximar. Foi quando Cadu tomou um gole que esvaziou seu copo, fez uma carinha feia e levantou-se, pedindo para o amigo apenas observar. Carlinhos ficou ali atento, com a sensação que o amigo iria lhe humilhar.
Aquela sensação tinha explicação. Amigos desde os tempos do colégio e também na faculdade, Cadu era sempre fez o tipo conquistador e poucas vezes não conseguiu a garota que desejava. Tanto que os amigos o usavam como isca quando iam às festas e o atiravam num bolo de garotas. Ele sempre retornava com elas, mas jamais ousaram perguntar o segredo que usava para tal façanha.
Cadu foi direto à pista de dança e logo começou a conversar com as garotas que lá estavam. Carlinhos observava de longe. Logo, uma das meninas estava sorrindo e Cadu mexia no celular. Menos de dois minutos depois, Cadu retorna e apresenta Rafaela ao amigo. E a beija ali, do lado da mesa. “Depois a gente fala mais, Rafa. Vou conversar com meu amigo”, e a garota se despede, sorrindo. “Tá, vendo”, protesta Carlinhos, “é por isso que eu não gosto de sair contigo”, diz, dando risada.
“Calma, cara. Vou te ensinar a conquistar”, falou Cadu. Pediu outro uísque e começou a explicar o que o amigo deveria fazer. “Primeiro, existe uma palavra mágica na arte da conquista que poucos conhecem”, iniciou.
“Então, me diz qual é logo”, insistiu o amigo.
“Oi”, respondeu Cadu.
“O que, como assim?”
“É isso mesmo. Você precisa dizer oi. A maioria dos caras como você que reclama de não conquistar uma garota perde a partida antes mesmo de tentar. É como o treinador do nosso time do colégio. Lembra quando ele disse que precisávamos empatar para ir à final de um campeonato e perdemos o jogo? Pois é. Você não pode entrar num desafio sem mirar a vitória. Com as mulheres é isso. Só algumas poucas gostam de caras tímidos, e isso porque elas acreditam que esses não são cafajestes e jamais vão ser traídas. E o pior é que serão! Então, você precisa demonstrar segurança e saber analisar suas chances. No fundo, não existe um segredo pra conquistar se uma mulher não estiver nenhum pouco a fim de você, então a análise de mercado, como aprendemos na economia, também é importante”.
Carlinhos queria saber mais. “Ok, mas e agora. O que você fez para aquela loiraça vir aqui e te beijar?”.
“Nada demais, falei que ia a beijar porque não havia nenhuma outra mulher que me fizesse desejar isso aqui no pub”. Carlinhos ouviu outros conselhos, mas achou melhor não colocar nada em prática naquela noite. Já Cadu mandou uma mensagem para o celular de Rafaela e passou a noite na casa da garota, que no outro dia de manhã perguntou: “E aquele seu amigo que não saía da mesa? Minha prima estava interessada mandando sinais pra ele, mas o cara não saiu do lugar”.
“Esquece ele, ainda temos uma hora pra ficar aqui”.
quinta-feira, 19 de junho de 2014
Tão bom
E eu mal posso esperar pra te ver de novo. Com aquele vestidinho preto da última festa. tão sensual, tão surreal. E desde que esteja tudo certo, eu nem vou ligar se não te encontrar. Porque nosso lance é só sexual, tão normal, ilegal. E é como se houvesse um tipo de magia, quando os lábios se encontram e os dedos percorrem o corpo, tão errado, nunca apaixonado. E eu mal posso esperar pra não fazer promessas, sei que você não cai nessas. E é tão bom, deixa o som rolar, que ele vai embalar mais uma noite, na madrugada te deixo em casa, e no outro dia você me vê, de manhã, com seu cara do lado. E faz de conta que nem me viu, que nem era amor ou coisa assim, tá tranquilo, o que era aquilo?
E eu mal posso esperar pra te ter de novo, pra fugir do trabalho e te encontrar mais uma vez, sempre com hora marcada pra chegar ao fim, é assim, não tem fim. E desde que você me olhe e não diga nada, nem explique coisa alguma, vai sorrir e se sentir realizada, tão feroz, olha só pra nós, e me diz se precisa ter certo ou errado? Porque é tão bom, foi tão bom.
Rocker girl
Não dá pra amar uma garota que não conhece ou não curte o som da nossa banda predileta. É como se ela não aceitasse nosso melhor amigo, ou se detestasse a nossa coleção de camisetas do time do coração. Porque uma hora, vamos estar naquela sintonia maluca que só a banda provoca e sua garota vai aparecer do nada e abaixar o volume... E daí você não vai discutir porque a ama, ou acha que a ama, mas vai levar outra garota pra cama, ou pra pia da cozinha, só porque ela curte o mesmo som que você. E nessas horas você sabe que está vivendo de novo, começando outra vez. Não dá para não amar a garota que toca o som da sua banda, que fica fazendo air bateria quando sai contigo na noite, e pede uísque em vez daquelas bebidas coloridas que a maioria delas adora. E que retoca o batom na sua frente, só pra provocar porque ela sabe ser rock and roll.
terça-feira, 17 de junho de 2014
Não força
Faz assim, vai devagar, não força a barra e deixa que as coisas rolem ao natural. Sabe essa parada que dizem que as coisas vão tudo dar certo uma hora? É verdade, elas vão se ajeitar e vocês vão dar risadas do início difícil que tiveram, e vão usar isso como uma lembrança bacana sempre que viverem aqueles dias mais românticos. Mas por hora, dá um espaço e entende que ela precisa ficar longe pra sentir você perto.
Não cobra nada, não, que amor não é dívida, nem deve ser pago em parcelas. Não se faz economia de sentimento, mas é bom poupar mágoa e coisas do tipo. Faz assim, esquece aquelas paradinhas que não deram certo, não era o momento e não pensa que perdeu muito tempo da sua vida, não. Na real, tudo isso era preciso pra você entender que precisa ir devagar, sem pressa, nada de fazer promessa ou transformar esse romance numa peça, num drama.
Não cobra nada, não, que amor não é dívida, nem deve ser pago em parcelas. Não se faz economia de sentimento, mas é bom poupar mágoa e coisas do tipo. Faz assim, esquece aquelas paradinhas que não deram certo, não era o momento e não pensa que perdeu muito tempo da sua vida, não. Na real, tudo isso era preciso pra você entender que precisa ir devagar, sem pressa, nada de fazer promessa ou transformar esse romance numa peça, num drama.
domingo, 15 de junho de 2014
E às vezes parece
Senti tanta vontade de chegar quando te vi e dizer umas palavras que acho que até estava bêbado. Notei você me olhando de canto, mas não acreditei e saí dali pra outra pista. E quando tocou um som romântico, quis estar perto, mas sei que você estaria dançando com um otário que não vai te procurar amanhã.
E parece que toda vez que a gente se encontra, eu vou perder meu medo e ter coragem de dizer todo aquele discurso preparado pra roubar um beijo seu. E nem penso no depois, porque é só aquele momento que importa. .
As horas passam e a bebida começa a fazer efeito, devia ter me apresentado e contado uma piada. Tenho certeza que você acharia graça e ficaria esperando outra bobagem. Mas é só tocar um som romântico e ver seu salto alto para perder o equilíbrio.
E parece que toda vez que você me encanta, com seu corpo desenhando a pista de dança, eu vou perder a noção de tempo e você de vista mais uma vez.
Na hora de ir embora, já estou louco o suficiente para oferecer carona e tirar você do frio. E se você aceitar vou pensar que eu estava sonhando. Mas acordar do teu lado me fez saber que estava te amando. E parece que toda vez que você me encontra, alguma coisa especial vai acontecer e meu coração quase para, e é isso que eu queria fazer com o tempo.
E parece que toda vez que a gente se encontra, eu vou perder meu medo e ter coragem de dizer todo aquele discurso preparado pra roubar um beijo seu. E nem penso no depois, porque é só aquele momento que importa. .
As horas passam e a bebida começa a fazer efeito, devia ter me apresentado e contado uma piada. Tenho certeza que você acharia graça e ficaria esperando outra bobagem. Mas é só tocar um som romântico e ver seu salto alto para perder o equilíbrio.
E parece que toda vez que você me encanta, com seu corpo desenhando a pista de dança, eu vou perder a noção de tempo e você de vista mais uma vez.
Na hora de ir embora, já estou louco o suficiente para oferecer carona e tirar você do frio. E se você aceitar vou pensar que eu estava sonhando. Mas acordar do teu lado me fez saber que estava te amando. E parece que toda vez que você me encontra, alguma coisa especial vai acontecer e meu coração quase para, e é isso que eu queria fazer com o tempo.
sábado, 14 de junho de 2014
Um lance qualquer
Legal mesmo é quando ela topa sair com você para comer um xis em qualquer lugar. Sem requinte, nada de sofisticação, porque ela tem interesse é na tua companhia, e nas risadas que vocês vão dar juntos quando ela melecar as mãos com a maionese e você puxar a mão para lamber o mindinho dela.Legal mesmo vai ser quando ela disser que adorou a noite, que quer repetir, porque foi simples e nem precisava de muita pompa mesmo. E você vai pensar que ela é a garota da sua vida, mas pode ser que não seja, mas vai marcar mesmo assim.
Legal vai ser quando vocês se beijarem dentro do carro, antes de se despedir, e não vão querer dar tchau. E vai ficar naquele lance de mais um beijo, e outro beijo, enquanto o clima esquenta. E ela inventa no outro dia uma desculpa pra te ver, e te liga. Não quis esperar, e nem se importa de demonstrar que está a fim de você.
domingo, 8 de junho de 2014
Fim?
Será que aquela vontade de viver tudo hoje fez não se importar mais com o amanhã? Talvez seja por isso que nada mais tem graça, quando já vivemos tudo que tinha. Só ouço o barulho de um violão dedilhado em meio a mais uma noite fria que me leva para o vazio da multidão. A gente não importa mais, a gente não se importa mesmo.
Será que é fim sempre que o dia acaba assim? Essa mania de explorar o êxtase de todas as relações, de todos os segundos caminhando sozinho, com o sol fugindo da gente. A gente fugindo de dias como aquele em que nos conhecemos. Lágrimas que não se explicam, uma busca que não termina, e a gente resistindo a todas as loucuras que nos atormentam.
Será que aquele desejo de pisar mais fundo fez a velocidade ser insuficiente? Será que correr por todos os cantos fez todos eles perderem a graça e não nos encontramos em nenhum? E cada nota musical é uma ferida se abrindo, e a sensação de ser puxado pra baixo continua. Mais um dia assim, a gente não importa mesmo, a gente não se importa mais.
Será que essas vozes dizendo pra parar são reais, dizendo pra deixar pra lá, são conscientes? Ou só mais uma manipulação, como tudo que vivemos nos perguntando se havia sinceridade nas mentiras de amor que ouvimos a vida toda. Nas mentiras que dissemos e que não fariam mal. A gente não faz mal mais, a gente nunca fez bem mesmo. Eles disseram sem nos conhecer que era melhor acabar. Acabamos com eles, mas não como eles.
Será que é fim sempre que o dia acaba assim? Essa mania de explorar o êxtase de todas as relações, de todos os segundos caminhando sozinho, com o sol fugindo da gente. A gente fugindo de dias como aquele em que nos conhecemos. Lágrimas que não se explicam, uma busca que não termina, e a gente resistindo a todas as loucuras que nos atormentam.Será que aquele desejo de pisar mais fundo fez a velocidade ser insuficiente? Será que correr por todos os cantos fez todos eles perderem a graça e não nos encontramos em nenhum? E cada nota musical é uma ferida se abrindo, e a sensação de ser puxado pra baixo continua. Mais um dia assim, a gente não importa mesmo, a gente não se importa mais.
Será que essas vozes dizendo pra parar são reais, dizendo pra deixar pra lá, são conscientes? Ou só mais uma manipulação, como tudo que vivemos nos perguntando se havia sinceridade nas mentiras de amor que ouvimos a vida toda. Nas mentiras que dissemos e que não fariam mal. A gente não faz mal mais, a gente nunca fez bem mesmo. Eles disseram sem nos conhecer que era melhor acabar. Acabamos com eles, mas não como eles.
sábado, 7 de junho de 2014
Apaixonar
Sabe se apaixonar? Sabe alguém que tu consiga conversar, tipo um dia todo... Alguém simples, sem frescura, que ache engraçadas coisas idiotas, que dê risada do nada, e fica só te olhando e começa a rir de novo. Sabe se apaixonar, mas paixão mesmo, aquela coisa de três semanas, eternas três semanas? Se apaixonar sem regras, sem se importar se vai parecer atirado ou carente... Apaixonado como quem quer uma desculpa pra estar do lado, pra estar junto, pra ser um só, não sentir mais nada além de uma sensação de paz, quando vê o sorriso de quem nos completa, dos pés a cabeça, do carinho na rua ao furor na cama, da correria do dia até o agito ou romance da noite. Alguém que confesse também essa paixão, nem precisa palavras, só demonstração. Nem precisa de provas, porque amor não é crime, mas se investigar o coração, vai haver indícios de que queremos amar, porque apaixonar-se é isso tudo, e mais nada. É ser quente no frio, ou alguma coisa assim, um querer cuidar de perto, ser presente, provocar saudade... Sabe se apaixonar? É preciso aprender, todo o dia, e começar de novo.
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