Não foi um jogo fácil, muito
pelo contrário. O Grêmio foi superior, da mesma forma que havia sido na
primeira partida no Equador. Arrastou a LDU, que teve como proposta de jogo
fazer o tempo passar. Os jogadores de vermelho pareciam envergonhados em campo,
não tinham nenhuma ambição ofensiva. A bola pune.

O árbitro apareceu demais no jogo, deixou a partida correr demais - o que poderia ter feito a violência entrar nas quatro linhas. Ainda bem que não, pois estragaria um belo espetáculo.
Dentre todas as afirmações da noite azul, uma é a que dá maiores esperanças ao time de Luxemburgo. Vargas é craque, veloz, liso e com raça. Não tem medo da trombada e conclui muito bem. Mais entrosado, vai incomodar os adversários. Outro nome, que cai nas graças da torcida, é o goleiro Grohe. Entrou na fogueira em Quito, tomou um gol, sem culpa no primeiro lance, e finaliza a partida com uma defesa de pênalti que garante a classificação.
Luxemburgo precisa de material humano e de jogadas com capacidade para furar os bloqueios que terá em um campeonato como a Libertadores, copa mais peleada que qualquer outro torneio.
A vitória veio graças a um chute de rara beleza, no ângulo, sem reação para qualquer goleiro. Essa é uma característica do jogador Elano, experiente e ousado durante toda a noite. Apesar de não ter a velocidade de Vargas, é técnico e fecha espaços no meio. Zé Roberto, que compõe o setor com ele, é um desses jogadores que fazem o futebol valer a pena.
Nem tudo são rosas. Para ser campeão, o Grêmio precisa de grupo. Colocar a gurizada para jogar na Libertadores pode ser arriscado, mas no primeiro teste de fogo, se saíram bem. A vitória dessa noite não passa pela imortalidade, não era um jogo para ela entrar em campo. Mas o Grêmio venceu. Ponto
