domingo, 27 de setembro de 2009

Um drinque no paraíso



Eu conheci uma guria numa festa a semana passada, ela dançava de um jeito totalmente louco, parecia estar sozinha na pista. Ela sorria e olhava para os lados com uma carinha provocativa, isso chama atenção de qualquer cara. Eu vi um bonitão chegando pertinho dela, todo arrumadinho e de cabelo arrepiado – típico playboy - e pensei na hora que ele ia catar a guria. Ele se aproximou do ouvidinho dela, que tinha um piercing lindo, uma rosinha bem pequena, mas não deu certo, pra minha alegria. O mané tomou um toco, dos mais bonitos de se ver (aquele tipo empurrão, sabe?!).



Eu tava perto, falando com uns amigos sobre trabalho (aliás, não acredito que eu tava lembrando disso em plena festa, mas deixa pra lá), e quando vi aquela ceninha, não me segurei e comecei a me finar rindo. Pobre coitado, mas é o que acontece quando o cara se encanta assim com uma deusa. Nossa, ela era uma deusa. Não tava vestida que nem uma patricinha, o lindo era o jeitinho dela sorrir perto das amigas e de brincar com os passinhos de qualquer música internacional.



Ela notou que eu ri da cena e me lançou um olhar. Não qualquer olhar, foi o olhar. Bem daquele jeito, meio de cantinho, saca?! Pois é, aí ela olhou pra baixo, deu uma risadinha e falou algo pra uma amiga. E eu só queria chegar pertinho e falar pra ela que tava adorando aquele jeito dela dançar. Mas fui sequestrado por dois amigos que queriam tomar uma ceva e conversar sobre qualquer coisa que não lembro mais. Me desliguei da linda por uns instantes pra tomar um drinque, tava falando bem faceiro com os caras, dando risada e do meu lado quem aparece?



Não, não era ela. Era uma amiga que eu não via há muito tempo, dei um abração nela de levantar no ar e dar uma rodopiada, maior comédia. O legal foi que ela me disse que conhecia a guria e que ela queria falar comigo. Aí veio aquela insegurança misturada com excitação percorrendo a espinha. Tomei mais um drinque e coragem pra chegar na lindinha (não que precisasse do drinque pra ter coragem, mas rola um charme dizer que tomei o drinque...kkk). Mal cheguei perto da menina, ela se virou rápido e igual um delegado me interrogou: “Posso saber do que tu tava rindo tanto agora há pouco?” Eu disse não, não pode, e convidei ela pra conversar lá na beira do bar, que não tinha tanto barulho. Tomamos um drinque juntos, eu reparava na covinha que ela fazia quando sorria e no jeito de mexer as mãos enquanto falava. E fui me encantando com aquele drinque no paraíso.



É lógico que eu precisava beijar ela, mas não forcei. Pedi o telefone pra ela e falei uma estupidez. Disse que tava um pouco alto e que não queria ficar com ela e nunca mais ver aquelas covinhas na minha frente. Por incrível que pareça, ela gostou. Sorte minha, o drinque estava mesmo ótimo.


sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Dicas pra catar mulher

Atenção, jovenzinhos que ainda passam longas horas no banheiro fazendo a barba (apesar de não terem barba kkkk). Vou fazer um favor pra vocês e facilitar suas vidas patéticas amorosas. Eis adiante umas dicas pra vocês catarem uma mulher sem fazer muito esforço. Seguinte, tudo está no olhar e numa boa história. Ah, mas se for um cara feio, continua na internet que não vai adiantar muita coisa. Ainda mais se for burro e não souber se expressar. Lá vai!

Começa assim: se aproxima dela, deixa de ser covarde. Uma boa história é dizer que foi chifrado, ainda mais se for verdade. Eu e um amigo coreógrado (brinks!) conversamos sobre isso e concordamos que sempre dá certo. Elas ficam com peninha, então inventa uma história legal e coloca uns detalhes interessantes. Se puxa, bundão!

Solidão é tri, ainda mais se tu tá querendo ser galinha. Aproveita pra dizer que acabou de sair duma relação e está à procura de um novo amor. Bem assim, não muda nada na frase se não dá merda. Diz que quer conhecer ela melhor e tal. E ouve o que ela diz, mulher adora isso. Elas se sentem mais importantes.

Seja sensível: tem guria que gosta de cara que canta, escreve poeminha, faz carinho e o escambal. Mas se liga né, vê se não exagera e começa a dar uma de mana. Aí, já era... Uma boa é elogiar alguma coisa nela que tu gosta, mas tem que gostar mesmo, manézão, não adianta falar qualquer coisa da guria sem nem ver. Presta atenção nela e seja sincero. Isso é barbada!

Sem mentiras: não vai cair na bobagem de inventar uma coisa que mentira tem perna curtíssima e vai ser uma baita micagem se ela descobrir... Seja sincero, até se quer ficar com ela só pra dar uns amassos. Mas solta uma frase de efeito, tipo: “Se eu fosse da Polícia te prendia por atentado violento ao amor” (kkkk, péssimo, eu sei!)

Sorria: não é pra virar um idiota e ficar dando risada de tudo, seu molengão. Se trata de bom humor, tem que ser esperto pra saber dizer uma coisa engraçada na hora certa. Fazer ela rir é meio caminho andado. Só não exagera nas piadinhas, senão tu vai ser só um palhaço mesmo.

Seja você mesmo: pra fechar, é isso. Depois que tu conseguir beijar aquela deusa dos teus sonhos, vê se age naturalmente, seja você mesmo e deixa ela conhecer teus defeitos aos pouquinhos. Aí, pronto. Mas se quiser galinhar, mostra todos de uma vez só e despacha a baranga!

O amor da minha vida




Acho que foi entre a infância e a adolescência que comecei a me apaixonar com mais facilidade pelas mulheres. Separado, meu pai vivia aventuras semanalmente e aquele cenário de liberdade e libertinagem era interessante aos meus olhos. Lembro da primeira prostituta que ele levou para casa, era uma loira maravilhosa, cursava Medicina com o dinheiro que obtinha cobrando pra amar os caras. O coroa havia a contratado para acompanhá-lo em uma janta e como voltou embriagado, sequer aproveitou o que de melhor ela tinha. Era extremamente carinhosa, devo confessar, ainda hoje lembro do seu jeito de beijar e de se entregar, como se estivesse pedindo perdão de um pecado terrível.




Era uma menina deliciosa em seus tenros vinte e poucos anos. Ingênuo, imaturo, a primeira mulher por quem me apaixonei era literalmente uma puta. Foi a primeira mulher da minha vida a me trocar por dinheiro, carro e conforto. E eu nem liguei muito pra isso. Foi também a relação mais rápida, algumas horas apenas, mas horas inesquecíveis desde o primeiro segundo, o primeiro toque, o primeiro contato com um lábio, com as pernas... Incrível, mas até hoje recordo quando penso no que vivemos naquela hora e meia. Muitos dias depois, eu sonhei que nos reencontrávamos para trocar juras de amor, imaginava ela dizendo que largaria aquela vida para viver comigo. Coisas típicas de um guri que conheceu o amor pela primeira vez e acabou se apaixonando, como se fosse uma novela, só que o nome dela não era Helena. Eu só a chamava de Bia. Ah, Bia.




A minha sorte foi que na escola já começava a chamar a atenção das colegas pelo jeito misterioso e seguro de me portar. O bom humor também sempre ajudou, embora nada disso tenha compensado a incapacidade de ser um exemplar masculino de beleza. De qualquer forma, tive boas experiências com outras mulheres. A primeira que amei de verdade foi traída inescrupulosamente e me perdoou, ainda que sinceramente, eu não merecesse. Não é nada exemplar beber e pegar a melhor amiga da nossa namorada. E eu fiz isso, veja o quanto sem vergonha eu fui um dia. E fui perdoado. Até hoje não acredito que ela não tenha adornado também a minha cabeça, mas isso não importa. Se ela fez, eu bem que mereci.



O último amor da minha vida tem um sorriso que me faz voltar ao passado e ficar sonhando com um futuro inalcançável. E isso simplesmente coloca um maldito dilema na minha cabeça. O último amor da minha vida tem o dom de me olhar e enxergar o melhor de mim, ela me resgata da solidão e me leva para o paraíso do seu carinho e é por isso que persigo a felicidade dela. A minha maior alegria é ter vivido poucos amores, porque esta quantidade me permitiu viver cada um deles com mais intensidade. E o último amor da minha vida não me questiona, não me pressiona pra saber o que vamos fazer agora... E é por isso que ela será o último amor da minha vida.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Ambientes profissionais

Existe um lugar em que as pessoas são amordaçadas, apesar de culturalmente se pensar que a liberdade de expressão é um direito de todos. Mentira! Duvido que todos sejam absolutamente sinceros em seu trabalho, que já tenham aberto a metralhadora da opinião e divergido com seus chefes. E por que isso não acontece? Porque os empresários tornam seus subordinados verdadeiros escravos em pleno século 21, os submetendo às suas normas e seus devaneios. O funcionário muitas vezes precisa se moldar e acreditar na verdade que os patrões dizem. Os senhores da verdade!

Se eles soubessem na verdade como são criticados, pisoteados e até debochados nos corredores, não andariam sorrindo pelos quatro cantos da empresa. Acreditem, prezados leitores, a cabeça deles é estúpida o bastante pra acreditar que os servidores são como esposas zelosas que ficam esperando o maridão chegar. E na verdade, elas passam o dia todo com o Ricardão falando que seus maridos não valem nada, exigem demais e não as respeitam. Se eles ouvissem seus funcionários, poderiam encontrar maneiras de contornar a crise, que é natural a qualquer relacionamento. Até por que, é mais caro demitir e contratar outro funcionário do que dar um simples aumento. Quem não entende isso é um péssimo administrador.

Bueno, mas a reclamação principal é quanto à repressão à liberdade de expressão. Nos ambientes profissionais, não existe honestidade, respeito ou qualquer tipo de boa relação. O que existe são relacionamentos de máscaras, relações de conveniência para manter empregos, contas e vidas. E isso não acontece somente na iniciativa privada. No serviço público as relações são ainda piores, porque existe a detonação e a perseguição, ainda mais pelas divergências de siglas e ideológicas. Não adianta mais o profissional ser muito bom de debate, porque o debate não é aberto, os chefes estão armados e o pessoal acaba se rendendo. As armas estão prontas para disparar e sempre sobra uma bala perdida para os mais fracos. Adivinha quem vai ser alvejado se abrir a boca pra reclamar?

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Cante, cante, cante...

Tava ouvindo a música do Travis (Sing) e foi exatamente quando decidi escrever este post. Algumas vezes a música me transporta a lugares em que eu gostaria de estar, um paraíso ou algum ponto qualquer do passado que gosto de lembrar. Desta vez, foi como se eu enxergasse o futuro aparecendo nítido, porém misterioso ali na frente. Eu tentei compreender essa mensagem subliminar que a música me passava, como se mandasse definir minha opinião com relação a tantas coisas que atormentam a minha cabeça atualmente.

O refrão dela diz “cante, cante, cante” e foi só isso que deu vontade de fazer na verdade. Obedeci meu cérebro que conduzido pela música obrigou-me a cantar, bem no meio do trabalho, parecendo um louco alucinado com um monte de matérias pra escrever. Acho que essa loucura é o motivo por terem me escolhido pra ser editor de um jornal jovem, embora eu seja introspectivo demais e até tímido para o cargo. Gosto de escrever e poder usar a linguagem da gurizada, motivando eles a fazerem qualquer coisa que dê sentido à sua vida me orgulha.

Neste momento a música que toca é In The End do Linkin Park e a sensação que vem é uma espécie de saudosismo, dos tempos em que eu ficava até tarde na beira do rio, tomando uma cerveja com os amigos. Lembro de cantar as partes em rap dessa música e tentar impressionar as gurias (pena que elas nunca curtiram rap). De qualquer jeito, eu não deixava de cantar o que eu gostava pra agradar ninguém. Aliás, acho que nunca deixei de fazer nada pra agradar os outros, exceto no trabalho (lógico, senão eu vou pra rua).

Agora tá no finzinho da música do Linkin, a parte que ele diz que confiou e que fez de tudo, mas que no final, nada importa mais. E acaba a música, fucei na internet um pouco e olhei pra televisão. Meu time pronto pra entrar em campo e eu trancado no trabalho olhando pro relógio. O Formigão 3 sendo gestado, eu cansado. Que fazer? Vou pra casa! Até logo, galera!

Labirinto antropofágico

O artigo abaixo é de autoria de Cleiton Santos, cachoeirense, jornalista residente em Santa Cruz do Sul há 10 anos. * Ele mantém o título eleitoral em Cachoeira e anulou o voto para prefeito nas últimas eleições por "absoluta falta de opção". Boa leitura


“É cada vez mais evidente que os antropofágicos corredores da Prefeitura estão “engolindo” os prefeitos e assessores”

O já falecido político Pedro Germano, por muitos considerado o último grande prefeito de Cachoeira do Sul, disse que a Prefeitura é um labirito e o chefe do Executivo que não estiver cercado de quem conhece os caminhos, se perde. Acompanhando diariamente pelas páginas “virtuais” do Jornal do Povo, é cada vez mais evidente que os antropofágicos corredores da Prefeitura estão “engolindo” os prefeitos e assessores.

Creio que não é necessário nominá-los, mas desde a década de 70 não se vê alguém assumir a Prefeitura sabendo o que vai fazer. Não há um plano de desenvolvimento e, sequer, de gestão administrativa. Falo de 40 anos. Que empresa sobrevive a 40 anos de erros e falta de capacidade administrativa? Ou melhor, se referindo aos médicos, médiuns e “similares” que se sucedem à frente do Paço Municipal, que paciente caquético sobrevive 40 anos com soro fisiológico e Fontol infantil?

A Prefeitura de Cachoeira do Sul é uma geringonça desgovernada, sem freios, ladeira abaixo. O pior é que acorrentada a ela está a cidade, sua economia e sua gente. Me refiro aos 86 mil remanescentes, que o Censo indica, teimosos, permanecerem à espera de um milagre econômico proporcional a umas 100 Granol. É claro, sonoro, gritante, que não há um plano administrativo para Cachoeira. A impressão que dá é de que o plano central é assumir o Executivo Municipal, subir ao altar do poder e satisfazer egos pessoais, reunir amigos para uma boa mamada na “Barrosa” como se fosse um churrasco na “laje”. Afinal, dizia um slogan da década de 80: “aqui se planta, se cria e se vive”. Mas vive como, cara-pálida? Com que perspectiva?

Depois de alguns meses, os administradores se deparam com o tamanho do monstro, pegam um mata-moscas e tentam afugentá-lo. E apagar incêndios. Muitas vezes chegando ao cúmulo de serem alertados do incêndio pelo jornal. As ações são amadoras, os administradores pecam pelo desconhecimento e as trapalhadas. Mas a turma é animada e o pagode vai rolando... E a laje vai ruindo.

A crise do Fundo de Participação dos Municípios pegou muitos Paços Municipais de calças na mão, sem dúvida. Mas como diria o “filósofo” popular Mano Lima: “É no estouro da tropa que se vê se o índio é bueno”. O que estarrece, preocupa, assusta e intimida é perceber que diante da crise financeira, Cachoeira “Limpa” do Sul vive uma crise de comando. De renovação política e de visão administrativa. É um festival de desculpas esfarrapadas. E a culpa é da crise, do Dnit, da chuva, da seca, dos vândalos, do antecessor, da economia... Engraçado que não mudam nem as moscas, mas os culpados sempre são os outros.

A desculpa de maior destaque que se tem ouvido últimamente (ou lido) é que “a Prefeitura não sabia”. A Prefeitura, o prefeito, os secretários, os prováveis responsáveis por um setor (afinal as criaturas são nomeadas para uma coisa e fazem outra, segundo notícia do JP), nunca sabem de nada. Não sabem dos investimentos do Imec que flutuam em direção a Rio Pardo, não sabem dos investimentos da Roullier (aliás, nem do nome do presidente que esteve com o prefeito), não sabe quanto custa o Enart... E por não saber não há uma contraproposta para nada. Nem sequer uma resposta convincente. O problema não é faltarem R$ 10 mil pro Enart, é dar R$ 100 mil pro Carnaval e faltar para o Enart, a Vigília, a Feira do Livro e muitos outros eventos. O problema não é arrecadar mal em 2009, é nada fazer para que em 2010 se arrecade melhor.
Sinceramente, alguém acredita que a Administração Municipal sabe de alguma coisa?
Qualquer um, capaz de juntar mais de dois neurônios, é capaz de saber de uma coisa: para onde vai a administração municipal e, de arrasto, Cachoeira e os cachoeirenses. Ao buraco. Para os médicos e “similares” que “atrapalhoministram”, acostumados a operar hemorróidas, ver a cidade por este prisma não será nenhuma novidade. Pensando bem, para o cachoeirense, que já está se acostumando, também não.

O pior é que na próxima eleição se a coisa não continuar como está, tende a piorar. Há 40 anos é assim...

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Quando a gente se apaixona



A primeira coisa é aquele friozinho na barriga, aquela vontade maluca de estar abraçado, acariciando um rosto no outro, tocando os lábios de leve como se fosse mergulhar pela primeira vez. Depois, vem aquela sensação maluca de que só existe um pensamento assolando a mente, só aquele carinho contido louco pra ser derramado como uma cachoeira.



A maioria dos homens não pensa assim, ou prefere negar que sinta essas coisas. Mania de parecer machão, bambambam e tal. Não sei por que, aliás, não vejo nada de desabonador em admitir estar se apaixonando, se envolvendo, se encantando tanto que chega a sonhar acordado. A não ser que você não queira que aquela pessoa saiba que você já anda bobo por ela e que ela passe a te ignorar. O amor é complicado, ainda mais quando as pessoas se preocupam demais se estão ou não agradando. A insegurança é natural, de uma parte ou outra, e não serve pra nada além de atrapalhar a continuidade da relação. Porque se a pessoa ficar com o pé atrás, não vai andar nada.



É por isso que desde que amadureci (e parei de galinhar por tudo que é canto. Juro que parei!) aderi à onda da sinceridade. Funciona bem melhor quando tu diz o que está sentindo de verdade, quando tu tem coragem de dizer assim: “porra, eu tô loucou por ti, guria!”. Claro que o palavrão é dispensável, mas se for usado, dá mais realidade ainda, porque mostra o quanto tu não tá se contendo de felicidade que perde até a educação.



O problema da sinceridade é que a maioria das mulheres está acostumada com as mentiras que o macharedo conta pra elas. E como mudar isso? Não vai, não adianta. A sacanagem é que elas preferem ser enganadas (isso mesmo, nem vem teimar!), preferem os cafajos (aquele cara que tá com ela agora e daqui a pouco com outra). Ah, então você decide aí, cara. O que tu prefere? Se apaixonar por uma guria e mostrar pra ela essa verdade ou fingir que se apaixonou por várias e fazer estes ensinamentos funcionarem mais de uma vez. Que tipo de homem tu és?

Uma guerra sem fim



As estatísticas já devem ter mostrado às pessoas que os acidentes de trânsito matam mais do que uma guerra. Só que é inútil, os governantes também sabem que as guerras destroem e trucidam países e nem por isso deixam suas divergências no campo da diplomacia. E lá vão nossos irmãos brigar pelo seu país, defender a bandeira, defender na verdade a posição de seu presidente. Mas não vou fugir para a guerra. O que me incomoda hoje ainda mais é essa guerra do trânsito, que não tem fim e talvez nunca tenha.


O pior de tudo é a irresponsabilidade de uma boa parcela de nossos motoristas, além das tragédias causadas por imperícia, descuido ou falha mecânica. Muitos querem ser pilotos pra se exibir pra alguma mulher, então que vão para as pistas! Essa guerra não vai acabar enquanto alguma medida eficaz não for tomada e os jornais noticiam cada vez mais a morte de jovens que tinham toda vida pela frente. O que resta para a família que esperava seu filho chegar depois de muito tempo sem o ver e encontrá-lo em uma cama de hospital com um fio de esperança de vê-lo vivo? Nada, absolutamente nada. Só a tristeza, o desespero, a incredulidade...


Viajavam de moto, cruzando parte do estado quando um irresponsável simplesmente não olhou para a pista antes de fazer uma manobra e os atirou da moto, ao chocar-se contra o veículo. E se fosse um caminhão, será que ele teria visto? O resultado seria bem diferente. Infelizmente, a vítima namorava minha prima e por isso a indignação é ainda maior. Todo mundo só percebe a raiva do trânsito quando o acidente fere algum parente seu e comigo não está sendo diferente. Mas o que fazer para diminuir isso? A Lei Seca minimizou o problema? Qual a segurança dos nossos veículos, das motos principalmente...


Deve existir uma estatística, mas em um acidente de moto, no mínimo uma fratura vai acontecer. E aí, vão fazer o que? E tem um bando de guri que se acha o super-homem que fica correndo que nem louco nessas ruas, se matando. Perdi a conta de quantas reportagens fiz sobre jovens que perderam a vida no trânsito, mas o que fazer? Será que a solução desses problemas não passa diretamente por um aumento maciço da fiscalização ou diminuição de limites de velocidades? Tenho certeza que um pai preferiria que um filho retornasse para casa com uma multa do que num caixão.

sábado, 19 de setembro de 2009

A manchete que eu gostaria de ter escrito

O dia está virando mais uma página. Hoje foram pouco mais de 14 horas de trabalho ininterrupto, nada de almoço, apenas um lanche no meio da tarde. Ao meu lado, além do mouse, um livro autografado pelo ex-prefeito me dando um conselho para terminar logo minha primeira obra, algumas folhas rascunhadas com entrevistas pouco animadoras de uma sexta-feira nublada e levemente fria. Talvez mais fria para os que não possuem um moletom pra encará-la. Talvez mais ainda para os corações solitários...

De qualquer forma, a semana também foi bastante corrida e não escrevi a manchete que eu gostaria. Queria tanto entender porque o povo prefere ficar com o rabo sentado na frente do computador a levantar uma bandeira e vestir uma camiseta com uma frase do tipo “Fora, Sarney”. Acho que depois da Globo, só eu ainda insisto que esse cara precisa sair do Senado. Será que os brasileiros perderam a esperança? Um brasileiro ganhando um salário mínimo, gastando metade desse dinheiro com impostos que vão parar em paraísos fiscais, não. Um brasileiro com família pra criar jamais perderia a esperança só porque o sistema não faz nada contra os roubos políticos.

Eu devia começar a colocar fotos de bundas e mulheres peitudas ao invés de ficar com essas divagações inúteis por aqui. Enquanto todo mundo prefere festas, bebida e loucuras por aí eu fico nessa preocupação frustrante. Mas deve ser porque não escrevi a manchete que eu gostaria. Talvez a cura para o câncer ou uma onda de doação de órgãos, até a diminuição de crimes no trânsito me animaria por não ter escrito a manchete que eu gostaria.

O melhor é pegar essas coisas e rumar por aí sem destino, vou acelerar um carro pelas ruas da cidade e ver o que há de real por aí um pouco. Ao contrário do que eu imaginava, as músicas não adiantaram de nada pra eu ter mais criatividade do que escrever essa bobagem. Valeu para atualizar esse blog, mas prometo que dias melhores virão. Ainda vou escrever a manchete que estou querendo.

domingo, 13 de setembro de 2009

Berlusconi e as putas





O primeiro-ministro da Itália Silvio Berlusconi poderia se eleger em qualquer lugar. Ainda mais depois desses escândalos que envolvem o nome dele em festinhas com prostitutas de luxo (aliás, interessante as diferentes classes sociais das putas). Simples, uma lição da política que todos irão aprender um dia é que o povo adora o cara que tem fama de pegador. E se ele não tava desviando grana pra fazer festinha com o mulherio, não vejo problema nenhum. Poxa, só porque o cara é primeiro-ministro não pode gostar duma zoninha? Que discriminação.


Se tão ficando nervosinhos com essa analogia, vamos aos fatos. O Collor tinha essa fama, foi eleito presidente, tá certo que derrubaram ele depois. Mas vocês sabem o que ele faz hoje? Pois é. Vou citar só um, mas sou capaz de fazer uma listinha se me pagarem uma viagem lá pras bandas de Brasília. Retorno com uma reportagem esclarecedora, contando como acontecem as festinhas, viabilizadas com grana de diárias, e tudo mais. Insisto em dizer que não é depreciativo aos políticos se divertirem com a prostituição, imaginem que mulher iria acreditar nas promessas e abrir as pernas pra eles sem cobrar um centavo. Como sempre digo, a corrupção só acontece quando há os dois personagens – corruptor e corrompido.


Voltemos ao Berlusconi, o cara tá sendo muito mal assessorado, batendo na mídia e dizendo que é invenção. Deveria aproveitar essa fama, ainda mais na Itália, e fazer justamente o contrário. Falar aos quatro ventos: “Paguei mesmo, valeu a pena, ela até me deu um...”. Tá aí um discurso que eu ia gostar de ouvir, um troço sincero, verdadeiro, honesto e com a cara dos cidadãos comuns que gostam – e até pagam – pela companhia de uma mulher. Pena que é mais raro que um cometa um político fazer um discurso honesto e se faz, não tem chances de se eleger. E pro pessoalzinho que tá louco pra criticar e dar uma moral de cuecas, fiquem frios, porque até pras namoradas de vocês é necessário um investimento pra não se incomodar. Como diz El Diablo, quem gosta de homem é veado. Mulher gosta é de dinheiro.

Vida de gordinho



Todo cara gordinho sofre muito em alguma fase da vida. Normalmente, na adolescência, ele vive os pesadelos mais terríveis por causa daquela graxa gelatinosa que carrega na barriga. Posso falar tranquilamente sobre isso porque já passei e ainda me incomodo com algumas situações. Alguém entende por que o gordinho é sempre ponto de referência? Quer ver, na sala de aula perguntam pelo fulano, é sempre aquele do lado do gordinho. Nunca ouvi ninguém dizer: “Ah, ali, do lado daquele cara magro e absolutamente normal”. Isso é uma sacanagem.


Sem contar que os gordinhos precisam se esforçar três vezes mais que um cara normal pra ganhar uma gatinha, bah o cara tem que se puxar mesmo, usar a inteligência, a lábia e tentar ser engraçado. Gordinho mal humorado só se ferra. Mas há também coisas boas, o mundo está mudando e aceitando melhor esse pessoal que tem nada mais do que um visu alternativo. Sim, porque ser gordo é fugir do padrão natural de beleza. Se bem que não conheço nenhum doido que faça dietas pra ficar gordo que não seja um anêmico. Isso é meio irracional. Voltando a falar dos gordinhos ocupando seu espaço no mundo, um dos melhores exemplos é o Jô Soares, aquele apresentador que na minha opinião é um dos caras mais inteligentes do país. Mas sabem por que tanto conhecimento? Porque ele tem menos tempo pras gatinhas, oras. Imagina se ele fosse um cara bonito, vocês acreditam mesmo que ele seria maluco de assistir oito filmes em um dia como ele já afirmou? Teria que gostar muito de filme...


Outro gordo que está na moda, e bem na moda, é o Ronaldo. Aquele que o playboy narrador Galvão chamava de Ronaldinhooooooooooooooooo! Fábrica de bordões o futebol... Bueno, o Ronaldo mantém aquela barriga típica do gordinho que adora uma cerveja. Pena que ele caiu naquelas de sair com veados. Todo mundo sabe que não existe gordo gay! Por isso, o Ronaldo é um falso gordo na verdade, até cirurgia o homem fez. Bom, deixemos o Ronaldo fazer filhos (ops, gols) e vamos terminar essa lamentação pesada. Eu sou gordo, não tenho problema nenhum com isso, só acho uma sacanagem essa mania que temos de encher o saco de quem é diferente, tem gente que encana de verdade com isso.

Ficando velho

Pois é, um quarto de século e sinto que minha barba finalmente começou a engrossar. Talvez eu tenha realmente atingido a maturidade há algum tempo, mas sinto que os últimos anos estão me fazendo rejuvenescer ao invés de me tornar mais chato, mais resignado. Não tão menos insuportável do que eu gostaria, mas acho que está acabando mais uma fase de recordações, preciso trocar a música da minha vida. O tempo de cantar despreocupadamente parece ter ficado lá pra trás e o futuro vai passando e fico lembrando do início dos anos 2000, quando ainda não tinha esse monte de compromissos e não entendia metade dessas sacanagens que hoje afligem minha cabeça e me fazem parecer ter já 50 anos ao invés destes 25 (falo da política...). Reclamar se tornou um verbo muito mais prazeroso de usar, mas nunca pensei que essa sensação de impotência com relação aos erros do mundo iriam me tornar tão contundente.
O tempo se vai e eu sigo sentindo que ele passou por mim e nem notei. Não culpo ninguém além de mim mesmo pelas coisas que deixei de fazer, mas hoje não parece mais correto agir irresponsavelmente, sair mundo afora atrás de aventura ou rabos de saia. Talvez ainda dê tempo de recuperar os dias perdidos e começar uma nova história, dar início a uma fase empreendedora, conquistar valores diferentes ao invés de simplesmente ficar inflando o ego com ninharias que não enchem o prato de comida. Cheguei aos 25 anos e sinto que sou alguém respeitado e até de certa forma admirado, talvez mais por mim mesmo do que pelos outros. Ao menos nisso, essa idade me mostra uma mudança, porque antigamente eu não merecia nenhum elogio que viesse de mim. Hoje sou mais condescendente com meus pensamentos e até concordo com eles invariavelmente. A convicção que me fez suportar provações que poucos tiveram de passar também me prova que estou indo na rota certa, ainda que ali adiante acabe colidindo. Não interessa, quero mais desses 25... Quero outros 25 melhores que esse. Envelhecer é uma merda boa.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Cagando e andando pra Maya




Eu não assisti o final da novela que milhares, ou seriam milhões, de brasileiros malucos viram hoje à noite pra saber como ia terminar Maya. Putz, nem sei como se escreve isso, mas acho que é assim. Aliás, pra ser bem sincero, bem sincero mesmo, caguei e andei pra essa historinha repetitiva que a Glória Perez escreveu. Deve ser a mesma O Clone, ou o Cone, só com atores e personagens diferentes. Opa, alguns atores devem ser os mesmos. Na verdade, pra mim essa novela só serviu pra disseminar no Brasil a cultura indiana de uma forma estereotipada da pior forma, mostrando os costumes da minoria indiana (burgueses) e espalhar as músicas deles, que não faço ideia nenhuma do que querem dizer.
Eu acho que já posso ir pra Índia, pois parece que o pessoal só fala português lá. Ah, mais uma história de amor, de mocinho e bandido e de enredos que já cansaram a minha paciência há tempos. Mas estou contente, não sou o único maluco nesse mundo que não curte a novela. A 39ª pessoa que perguntei no meu MSN, o Jimi! – do Entertainmentblog (acessa aí http://www.entertainmentblog.blogspot.com/) também não estava vendo. Olha só: “não tô vendo a Maia porque acho que ela seria mais útil na Playboy do que na Índia, porque tive convivência indiana demais no último ano e porque não gosto de ver o Toni Ramos com mais uma nacionalidade. Fico confuso depois que ele foi grego, indiano, mendigo e o raio que o parta...”
É isso aí, o Jimi! tá certíssimo, tem tanta coisa mais importante pra gente se preocupar do que fim da novela. Por exemplo, eu tenho uma teoria muito boa sobre novelas. Basta assistir ao primeiro e ao último capítulo, pronto. Você não perde meio ano com aquelas baboseiras, conhece os personagens e vê um final sem graça, naturalmente em casamento (por que casamento é o fim de tudo?) com o bandido preso (no Brasil, faz me rir!). Bueno, o Jimi! tava estudando ao invés de ver a Maia. Pelo menos foi o que ele disse que ia fazer depois de comer alguma coisa ou alguém que tinha chegado à casa dele às 21h54min.
De qualquer forma, continuei procurando algum assunto interessante na internet, que nem na quarta-feira, quando acabei encontrando uma manchete sem querer (os políticos decidiram que o país vai ter lugar pra mais políticos, que merda hein). Segui indagando as centenas de personalidades do MSN até chegar no Sall (xixa). “eu tava deitado, pensando na vida, enquanto ouvia o álbum Animals, do Pink Floyd,no escuro” (bah, que coisa de emo). Ele tava pensando sobre o que fazer no find, mas não decidiu porra nenhuma. Normal.
O pior de tudo é que todas as gurias normais entre os meus contatos estavam assistindo essa baboseira. Aí eu vejo o poder que essa louca da Globo tem, transformando as pessoas em um bando de zumbis com essas historinhas que fazem o Shakespeare se revirar no túmulo. Reclamo porque acho uma tremenda bobagem ficar pensando em com quem a Maya, Maia, vai ficar enquanto tenho uma vida real pra me preocupar e saber se vou conseguir pagar minhas contas, ganhar um aumento, cuidar da minha história...

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Crise criativa: mulherão ou baranga?


Eu preciso escrever alguma coisa, qualquer coisa. Estou sem ideias, provavelmente por causa de situações pessoais que estão me incomodando ultimamente e pelo acúmulo de trabalho com a editoria do Formigão, o jornal da galera cachoeirense. De qualquer forma, eu preciso escrever alguma coisa pra esse blog, mas não consigo pensar em nada útil ou que não seja desperdício de tempo.
Acabei de revisar as primeiras páginas já prontas da segunda edição do Formigão e guardar meus blocos de entrevista com uns garranchos que às vezes nem eu mesmo entendo. Sobre minha mesa, o celular com hora marcada para tocar para me chamarem a um churrasco qualquer de meio de semana. Normalmente, quarta-feira, como é dia de jogo, mantemos essa tradição. Junto do celular, alguns filmes que peguei pra assistir e me reforçar culturalmente. Sim, amigos, filme também é cultura.
Me desliguei do jogo da Seleção pra olhar umas fotos de gatinhas no Orkut e me detive a pensar numa bobagem: o que será mais complicado, ser uma guria lindinha com o macharedo caindo em cima e enchendo o saco, ou uma baranga detestável que ninguém chega perto? Pois é, então nessa crise criativa pensar nessa questão já mexeu com meu senso crítico. Aliás, ser belo é uma dádiva. Já dizia o poeta meu xará: “as feias que me perdoem, mas beleza é fundamental”. O Vinícius de Moraes tinha toda a razão. Então, logo eu concluo: gurias lindas devem ter uma vida muito boa, daquelas cor-de-rosa. Se forem inteligentes então, bueno... Já a baranga normalmente é muito inteligente porque ela precisa compensar suas más qualidades (me desculpem, mas a mídia criou uma imagem de beleza e algumas meninas não estão nela...). Vida de guria bonita é uma barbada, aposto que se fizerem um levantamento elas recebem os salários mais altos e têm os cargos mais interessantes. Sem contar que a prostituição sempre é uma opção de algumas meninas a uma altura da vida (alguém duvida disso?). Menos das barangas, ou alguém pagaria...
Por isso, cada mulher tem sua beleza, sua individualidade, não vejam estas considerações como desabonatórias ou preconceituosas, machistas ou algo do tipo. São apenas divagações da cabeça dum cara que estava cansado numa noite de quarta-feira esperando o celular tocar... Opa, tocou. Vou lá no churras, parece que tem muita mulher linda!

Meus velhos amigos


Além do meu pai que se foi há dois anos, o que me faz falta nestes dias chatos de crise econômica mundial (e no meu bolso) são os meus velhos amigos. Aqueles camaradas que costumavam acampar do outro lado do Jacuí e comer miojo durante todo um final de semana no balneário. Lembro de uma semana em que juntamos um bom dinheiro e demos para o Seco comprar comida pra passarmos aqueles dias. Meu parceirão torrou o dinheiro em cinco garrafas de bebida e um quilo de arroz e lingüiça. Durou dois dias a comida... Nos viramos pescando pra não morrer de fome. Lembro que no domingo a gente roubava os restos de carne assada que os vizinhos tinham feito. Ah, e um dia antes matamos uma coruja com uma pedrada. Tava deliciosa. Montar barraca e tomar banho de rio, contar piada de madrugada e no outro dia esperar as gurias chegarem e tentar alguma sorte ao som da Legião Urbana. Lembro de ouvir aquele refrão “hoje a noite não tem luar e eu estou sem ela, já não sei onde procurar... Onde está meu amor?”. Ouvíamos música de verdade até tarde da madrugada na beira de uma cancha de bocha, nada dessas bobagens de funk, nem créu. Ah, e no final de semana sempre tinha as gurias pra gente ouvir e ficar de bobeira, sem neuras, sem responsabilidades, sem precisar acordar cedo no outro dia. A preocupação era só o almoço e mesmo isso se arranjava rápido... Isso tudo me faz tanta falta que nem consigo lembrar por que não nos reunimos mais nem na cidade, pra jogar canastra até de manhã ou pra ficar dando voltas de carro pela cidade falando qualquer coisa sobre futebol ou outra coisa qualquer.
Na verdade, eu tento fazer de conta que não são as responsabilidades que foram aparecendo e a necessidade de estudar e trabalhar pra se sustentar que nos afasta. Sei lá, é estupidez pensar que essas coisas vão voltar a acontecer e que vamos agir irresponsavelmente de novo, colocando nossa barraca bem no meio da quadra de vôlei no dia dum campeonatinho só pra incomodar e chamar atenção das gurias. O pior desse saudosismo é saber que essas coisas não vão mais acontecer, que as coisas que nos alegravam antes hoje não passam de palhaçada de guri. Mas isso não é nada negativo, só uma prova de que amadurecemos e estamos tentando vencer nesse mundinho louco. Ah, nesse find, cervejada com os amigos. Quem quiser confirmar, é só ligar, pra gente relembrar os velhos porres.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Mazelas contornáveis do serviço público


Um dos maiores problemas no serviço público tem relação direta com o preenchimento desenfreado de cargos na administração por um bando de incompetentes ligado à política. Existem funções essenciais que deveriam obrigatoriamente ser preenchidas por profissionais capacitados, pró-ativos e com disponibilidade de bem atender população e imprensa, além de manter um bom relacionamento com os demais servidores. No entanto, essa regra não entra na cabecinha furada dos nossos governantes. E aí, o que acaba acontecendo é o natural desgaste político-administrativo.

Não é necessário ser um gênio de análise política pra entender isso, basta observar como as coisas acontecem. Um secretário, ministro, diretor, assessor – principalmente quando ligados à sigla partidária que lá os colocou – deveriam ser cidadãos comprometidos com um bom trabalho, mas na verdade, seu comprometimento é apenas com o salário no final do mês, que não faz jus à sua atuação pífia, na maioria das vezes.

Existe um vício no serviço público que inicia desde o servidor de carreira desmotivado e passa pelo CC que pensa que se fez na vida e decidiu atirar as pernas pra cima da mesa. Esses profissionais são as ervas-daninhas que minam toda uma administração, seja pela sua incompetência no trato com a máquina, inércia ou muitas vezes má vontade em solucionar um problema simples da população como trocar uma lâmpada.

Um bom exemplo é o setor de comunicação, essencial para divulgar as boas obras de um governo, mas também para driblar com diplomacia os dissabores naturais de quatro anos de mandato. Os bons governos se destacam por seu bom relacionamento com a imprensa, seja despejando recursos em publicidade ou mantendo profissionais com boa penetração nestes meios. De qualquer forma, o bom atendimento neste setor sempre gera bons frutos. Um dia, os governos irão entender isso. Até lá, deixemos que sigam apanhando diariamente na mídia e criando uma imagem péssima perante seu eleitorado.

O cara


Até bem pouco tempo eu era aquele cara que invejava a vida dos outros e maldizia a minha própria sorte. Talvez porque tive que batalhar demais pra atingir meus objetivos e ter grana suficiente pra poder comprar o mesmo tênis bacana que os playboys conseguiam com os trocados de seus pais. Isso sempre me incomodou, até criei um certo preconceito com essa camada da alta sociedade, que costuma cuspir na gente lá de cima. Se eles soubessem que a vida é uma roda gigante, não fariam isso. Todos devem aproveitar o seu momento e essa vidinha burguesa pra mim não tem significância, nem conteúdo algum.
Até bem pouco tempo eu era um cara que me dedicava que nem um louco e que se encantou quando viu os resultados que isso ia revertendo na vida. A infelicidade foi ver a pessoa que eu mais amava me abandonar durante essa luta, mas algumas lições como honestidade, trabalho duro e respeito haviam ficado. Ele não resistiu a uma traição covarde, um roubo descarado de um sem vergonha que ainda anda pela cidade arrastando seu orgulho mesquinho. Sou o cara que aprendeu a detestar mentira, traição e falsidade.
Hoje eu sou um cara que tem opinião, que cresceu na adversidade e conquistou um pequeno espaço num também pequeno município, contrariando o que muitos diziam. E sou um cara que não tem mais humildade, nem ingenuidade. Sou o cara que aprendeu a enxergar a maldade e a incorreção no perfil de qualquer pessoa, que sabe detectar uma sacanagem há quilômetros, capaz de descobrir com antecedência quando uma polêmica vai vir à tona. E sou capaz de dar exatamente os traços desses fatos, tornando-os interessantes para pessoas que se preocupam com alguma coisa além de comprar bobagens na rua.
E sou um cara que aprendeu o valor de um amor de verdade e que cresceu muito com isso, que descobriu o quanto é importante ser sincero e acreditar no que sente. Eu sou o cara!

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Câmara parabeniza editor do Formigão


A Câmara de Vereadores aprovou moção de cumprimentos para o repórter do Jornal do Povo Vinícius Severo, editor do Formigão, jornal jovem lançado nesta segunda-feira. A homenagem partiu do vereador Oscar Sartório (PR), que destacou a inovação do Grupo Vieira da Cunha ao produzir um jornal com “a cara dos jovens cachoeirenses que merece o nosso aplauso e homenagem”. A moção foi aprovada por unanimidade.

Apostando na comédia

Isso aí embaixo é uma proposta para uma comédia, que deve virar uma apresentação na cidade daqui uns dias se o Rogério e sua turma se puxarem. Se tu achar engraçado, comenta aí. Essas comédias vão surpreender muita gente!

A vida de um corno feliz

Pois é, eu sou corno. Eu sempre fui o último a saber, ainda que tivesse passado 12 anos casado e tomando chifre da minha amada. Ah, é claro que eu ainda amo ela. Tanto faz se a semana passada ela dormiu com um caminhoneiro na cama nova que tinha comprado pra gente. Ah, agora entendi por que ela pediu pra eu não fazer barulho quando chegasse em casa... Maldita!
Mas tudo bem, porque eu só descobri isso tudo mesmo há uns três anos e ela vem me respeitando mais. Ela já não sai em público com os amantes porque sabe que não gosto muito. No máximo, de noite, quando eu já estou dormindo, depois que ela prepara um leitinho pra mim. E ela nem faz barulho quando chega, porque sabe que eu não gosto muito. A minha tristeza mesmo é que ela podia ter me contado isso desde o início. Quando eu descobri, ela jurou que tinha acontecido só uma vez. Eu acreditei, sabe. Mas depois que vi uns vídeos na internet que meus amigos mostraram fiquei realmente enfurecido. Naquele dia, nem comprei presente pra ela. Aquela bandida. Acho que um dos quatro caras que aparece numa foto com ela até é um colega de trabalho, eu notei pelo sapato, que era a única peça de roupa que ele usava.
O que eu nunca entendi é como ela fazia essas coisas, porque sempre foi uma moça recatada, não gostava de sair. Pelo menos, ela leva esses caras lá em casa, eu morreria se acontecesse algo com ela porque a violência ta muito grande nas ruas.
Eu só fico com raiva dela quando estamos nos amando e ela me chama de Paulão, porque meu nome é Amarildo, mas ela diz que é só uma fantasia, aí eu me acalmo. Até dá para entender. O triste é que ultimamente ela tem trocado meu nome muito quando transamos, uma vez por mês, sem falta. Não consigo lembrar quando ela acertou meu nome... Uma vez ela pediu pra eu colocar uma sacola na cabeça pra fazer uma surpresa e me deixou amarradinho na cama. Eu esperei ela uma hora quase, enquanto ela gemia na sala loucamente. Nossa, aquilo foi muito excitante. Eu lembro de ouvir a voz de um homem também, acho que ela estava imitando pra me deixar mais louco. O estranho é que depois ela me amou rápido, porque disse que estava cansada. Eu entendi, né. Semana passada ela disse que ia fazer uma surpresa, ia viajar pra Serra pra voltar renovada pra mim e seria importante porque eu ia sentir mais saudade. Ela tem razão, não consigo agüentar o tempo passando sem ouvir os risinhos dela na madrugada no banheiro, nunca entendi essa mania. Mas ela ainda não voltou, então fiquei preocupado e resolvi telefonar. Um cara atendeu, bem mal educado. Disse que ela estava ocupada, comendo algo. Aí eu resolvi não incomodar porque eu sei como ela fica quando interrompo algo importante. A coisa mais difícil não é ser corno, é agüentar as piadinhas que o pessoal fica fazendo. Às vezes, parece que todos meus amigos já andaram com ela, pelo jeito que falam... Claro que entristece, mas eu sei que ela me ama porque antes de viajar eu até vi ela chorando, pegando meus cartões de crédito, tadinha.